Contexto de Equador

Equador (pronunciado em português europeu: [ekwɐˈdoɾ, ikwɐˈdoɾ]; pronunciado em português brasileiro: [ekwaˈdoʁ]; em castelhano: Ecuador, pronunciado: [ekwaˈðor]), oficialmente República do Equador (em castelhano: República del Ecuador), é uma república democrática representativa localizada na América do Sul limitada a norte pela Colômbia, a leste e sul pelo Peru e a oeste pelo oceano Pacífico. É um dos dois países da região que não têm fronteiras comuns com o Brasil, além do Chile. Além do território continental, o Equador possui também as ilhas Galápagos, a cerca de 1 000 km do território continental, sendo o país mais próximo daquelas il...Ler mais

Equador (pronunciado em português europeu: [ekwɐˈdoɾ, ikwɐˈdoɾ]; pronunciado em português brasileiro: [ekwaˈdoʁ]; em castelhano: Ecuador, pronunciado: [ekwaˈðor]), oficialmente República do Equador (em castelhano: República del Ecuador), é uma república democrática representativa localizada na América do Sul limitada a norte pela Colômbia, a leste e sul pelo Peru e a oeste pelo oceano Pacífico. É um dos dois países da região que não têm fronteiras comuns com o Brasil, além do Chile. Além do território continental, o Equador possui também as ilhas Galápagos, a cerca de 1 000 km do território continental, sendo o país mais próximo daquelas ilhas. Seu território de 256 370 km² é cortado ao meio pela imaginária linha do Equador.

A principal língua falada no país é o espanhol (94% da população). Entre os idiomas oficiais em comunidades nativas estão o quíchua, o shuar e onze outros idiomas. A sua capital é a cidade de São Francisco de Quito, mas comumente conhecida como Quito, que foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO em 1970, por ter o centro histórico mais bem preservado e menos alterado da América Latina. A maior cidade equatoriana, no entanto, é Guayaquil. O centro histórico de Cuenca, a terceira maior cidade do país, foi declarado Patrimônio Mundial em 1999, como um exemplo notável de uma cidade planejada, de estilo espanhol colonial, no interior da América.

O país é o lar de uma grande variedade de espécies endêmicas, muitas delas nas ilhas Galápagos. Esta diversidade de espécies faz do Equador um dos dezessete países megadiversos do mundo, sendo considerado o país de maior biodiversidade do mundo por unidade de área. A nova constituição de 2008 é a primeira no mundo a reconhecer legalmente os direitos da natureza, ou dos ecossistemas.

O Equador é uma república presidencial. Tornou-se independente em 1830, depois de ter feito parte do império colonial espanhol e, por um tempo muito mais curto, da República da Grã-Colômbia. O país tem renda média, com um índice de desenvolvimento humano (IDH) de 0,740 (2022), pontuação considerada elevada pelas Nações Unidas.

Mais sobre Equador

Informação básica
  • Código de chamada +593
  • Domínio da Internet .ec
  • Mains voltage 120V/60Hz
  • Democracy index 6.13
Population, Area & Driving side
  • População 16938986
  • Área 255586
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigo principal: História do Equador
    Período pré-colombiano
     Ver artigo principal: Império Inca
    Ler mais
     Ver artigo principal: História do Equador
    Período pré-colombiano
     Ver artigo principal: Império Inca
     
    Ruínas incas de Ingapirca.

    Durante o período pré-inca, as pessoas viviam em clãs, que formavam grandes tribos, algumas aliadas entre si e que formavam poderosas confederações, como a Confederação de Quito. No entanto, no século XV, os incas tomaram a região, durante uma invasão muito dolorosa e sangrenta para os povos locais. No entanto, após a ocupação de Quito pelos exércitos de Huayna Capac (1593-1595), os incas desenvolveram um extenso centro administrativo e começaram a colonização da região. A era pré-colombiana o Equador pode ser dividida em quatro eras: o período pré-cerâmico, o período de formação, o período de desenvolvimento regional e integração e o da chegada dos incas.

    A expansão da civilização inca em direção ao norte do atual Peru durante o final do século XV encontrou resistência feroz de várias tribos nativas. Por volta de 1500, filho de Tupa, Huayna Capac, superou a resistência dessas populações e incorporou a maior parte do moderno Equador ao Tawantinsuyu, nome pelo qual o império inca era conhecido.[1] A influência desses conquistadores, com sede em Cusco (atual Peru), limitou-se a cerca de meio século, ao menos em algumas partes do Equador. Durante esse período, alguns aspectos da vida regional mantiveram-se inalterados. Crenças religiosas tradicionais, por exemplo, persistiram durante todo o período de domínio inca. Em outras áreas, no entanto, como agricultura, posse da terra e organização social, o Estado inca teve um efeito profundo, apesar de sua duração relativamente curta.[2]

    Colonização espanhola
     Ver artigos principais: Colonização espanhola da América e Real Audiência de Quito
     
    Um dos principais eventos da conquista do Império Inca foi a morte de Atahualpa, o último Imperador Inca em 29 de agosto de 1533.

    Em 1531, com a Guerra Civil Inca, os espanhóis desembarcaram no Equador. Liderados por Francisco Pizarro, os conquistadores viram que o conflito e doenças estavam destruindo o império.[3] Depois de receber reforços em setembro de 1532, Pizarro partiu para o Atahualpa recém vitorioso.

    Ao chegar em Cajamarca, Pizarro enviou representantes liderados por Hernando de Soto, com 15 cavaleiros e um intérprete; pouco depois ele enviou mais de 20 cavaleiros liderados por seu irmão, Hernando Pizarro, como reforços no caso de um ataque inca.[4] Atahualpa temia os homens vestidos com roupas dos pés a cabeça, com longas barbas e cavalos (um animal que os incas não conheciam). Na cidade, Pizzaro montou uma armadilha para os incas e o Massacre de Cajamarca começou. As forças incas eram muito superiores aos espanhóis em quantidade, no entanto, a superioridade espanhola em armas, táticas e o fato do mais confiável general inca estar Cusco levou a uma derrota fácil e a captura do imperador inca.

    Nas primeiras décadas de dominação espanhola a população indígena foi dizimada pelo contágio de doenças às quais os nativos não eram imunes, tempo em que os nativos também foram forçados ao trabalho pelos proprietários de terras espanhóis através do sistema de trabalho de encomienda. Em 1563, a cidade de Quito foi elevada à categoria de distrito administrativo da monarquia espanhola, com a criação da Real Audiência de Quito.

    Independência e primeiros anos
     
    Departamentos da Grã-Colômbia em 1820.
     Ver artigo principal: Grã-Colômbia

    A luta pela independência na Audiência Quito foi parte de um movimento em toda a América Hispânica liderada por crioulos. O ressentimento com os privilégios dos chamados peninsulares (nascidos na Espanha) em relação aos crioulos foi o combustível da revolução contra o domínio colonial. A centelha foi a invasão da Espanha por Napoleão Bonaparte, depois que ele depôs o rei Fernando VII e, em julho de 1808, colocou seu irmão, José Bonaparte, no trono espanhol.[5]

    Em 1822, forças locais se organizaram e derrotaram o exército monarquista se unindo à Grã-Colômbia, república fundada por Simón Bolívar, da qual o Equador só veio a separar-se no dia 13 de maio de 1830. A República do Equador foi um dos três países que emergiram do colapso da Grã-Colômbia em 1830, sendo os outros a Colômbia e a Venezuela.

    O século XIX foi marcado por instabilidades, com rápidos movimentos políticos e institucionais. O conservador Gabriel García Moreno unificou o país nos anos de 1860 com o apoio da Igreja católica. Com o aumento da demanda mundial de cacau, desde o início de 1800, produziu-se uma migração dos altiplanos em direção à fronteira agrícola da costa do Pacífico.

    Século XX

    Entre 1904 e 1942, o Equador perdeu territórios em uma série de conflitos com seus vizinhos. Em 1941, um conflito territorial entre o Equador e o Peru conduziu as partes ao "Protocolo do Rio de Janeiro" homologado em 29 de janeiro de 1942, estabelecendo fronteiras provisórias. O estado de guerra perdurou entre os dois países até 26 de outubro de 1998, quando os presidentes Jamil Mahuad (do Equador) e Alberto Fujimori (do Peru) assinaram o acordo denominado "Ata Brasília", pelo qual o Peru concedeu um quilômetro quadrado de seu território no lugar chamado "Tiwintza", onde 14 soldados do Equador haviam sido sepultados. Ambos os países assinaram ainda tratados de comércio e acordos de navegação pelos quais o Equador tem o direito de navegação irrestrita pelo rio Amazonas.

     
    Reivindicações territoriais do Equador após 1916.
     
    Tropas equatorianas durante a Guerra de Cenepa, em 1996.

    Depois da Segunda Guerra Mundial, a recuperação do mercado agrícola e o crescimento da indústria da banana ajudaram a restabelecer a prosperidade e paz política. De 1948 a 1960, três presidentes, iniciando por Galo Praça Laço, foram eleitos livremente e completaram seus mandatos.

    Num ambiente em que quase toda a América do Sul foi palco de golpes militares, o retorno de políticas populistas provocou inquietações que foram motivo de intervenções militares domésticas nos anos 1960, época em que a descoberta de petróleo atraiu companhias estrangeiras e foi fundada a "Amazônia Equatoriana". Em 1972, um golpe militar derrubou o regime de José María Velasco Ibarra passando a utilizar a riqueza do petróleo e empréstimos estrangeiros para custear um programa de industrialização, reforma agrária, e subsídios para consumidores urbanos.

    Com o desvanecimento de ciclo econômico do petróleo, o Equador voltou a democracia em 1979, sob o primeiro presidente da Constituição equatoriana de 1979, Jaime Roldós Aguilera, candidato de uma grande frente partidária, a "Concentração de Forças Populares" ou "CFP" que obteve expressiva vitória sobre Sixto Durán Ballén do Partido Cristão Social "(PSC)". Depois de uma discordância de liderança com Asaad Bucaram, o líder de então do CFP, Roldós, deixou a coligação para fundar com sua esposa um partido próprio denominado "Mudança e Democracia" levando consigo grande número de partidários. Com isto, o PCD, se tornou o terceiro partido em importância política.

    Em 1981 ocorreu novo episódio de conflito de fronteira com o Peru, na região de Paquisha, com algumas recorrências posteriores. Ao final de 1981 o vice-presidente Osvaldo Hurtado Larrea do partido Democracia Popular "DP" sucedeu o presidente Roldós depois que este morreu num acidente aéreo na selva amazônica. Devido à pressão econômica da guerra sobre o mercado (particularmente do petróleo), o governo de Osvaldo Hurtado enfrentou uma crise econômica crônica em 1982, com crescente inflação, déficits de orçamento com efeitos desvalorizadores da moeda, acúmulo do serviço da dívida e parque industrial não competitivo. Em 1984 as eleições presidenciais foram vencidas por León Febres Cordero Rivadeneira do PSC por estreita margem de votos. Em março de 1987 um terremoto devastador suspendeu a exportação de petróleo piorando assim os problemas econômicos do país. Em 1988 Rodrigo Borja Cevallos, do partido da Esquerda Democrática "ID", elegeu-se presidente. Em 1992, Sixto Durán Ballén ganhou sua terceira concorrência para a presidência da república. As medidas de ajuste macroeconômicos duras que ele impôs eram impopulares, mas obtiveram sucesso mediante iniciativas de modernização do Congresso. O vice-presidente de Durán Ballén, Alberto Dahík, foi o arquiteto das políticas econômicas de administração, mas em 1995, Dahík fugiu o país para evitar processo por corrupção impulsionado pela ferrenha oposição. Uma guerra com o Peru (chamada Guerra de Cenepa, na área do rio com este nome) estourou em janeiro e fevereiro de 1995 em função de atrito sobre as fronteiras estabelecidas em 1942 e foi solucionada pelo Protocolo do Rio. Abdalá Bucaram, do PRE, foi eleito presidente em 1996 com uma plataforma populista prometendo reformas econômicas e sociais e o rompimento do que chamou de poder da oligarquia nacional e foi deposto em 1997 pelo Congresso sob alegação de incompetência mental. Em maio de 1997 a presidência interina de Fabián Alarcón, nomeado pelo congresso, foi endossada por um referendo popular. Durante a presidência de Alarcón, foi escrita a nova Constituição do país (1979) que só entrou em vigor no dia 5 de junho de 1998, depois das eleições presidenciais e de membros do Congresso de 31 de maio de 1988.[carece de fontes?]

    Em 1998, o então prefeito de Quito, Jamil Mahuad do DP, foi eleito por uma estreita margem de votos assumindo o cargo no dia 10 de agosto de 1998, mesmo dia em que a nova Constituição do Equador entrou em vigor. Mahuad concluiu um acordo de paz com o Peru em 26 de outubro de 1998, mas com as crescentes dificuldades econômicas, fiscais e financeiras do país, a sua popularidade foi diminuindo até quando, inesperadamente, substituiu a moeda corrente indígena, o sucre (homenagem póstuma de um herói venezuelano na guerra revolucionária contra a Espanha), obsoleto, pelo dólar norte-americano (política monetária chamada de dolarização). Esta reforma monetária causou grave desassossego nas classes de baixo poder aquisitivo que tentava converter seus sucres em dólar com muita perda no câmbio, enquanto as classes mais abastadas, que já possuíam grandes volumes desta moeda e já faziam negócios com ela, capitalizaram grandes lucros.[carece de fontes?]

    Período contemporâneo
     
    Posse de Rafael Correa em 2007.

    Nas manifestações populares de grupos indígenas de 21 de janeiro de 2000 em Quito, o exército e a polícia se recusaram reprimir os manifestantes e em seguida a Assembleia Nacional Constituinte, num golpe de estado semelhante aos muitos já ocorridos no Equador, instituiu uma junta de tripartite para intervir na administração do país. Oficiais militares graduados declararam seu apoio à intervenção e, durante uma noite de confusão, depois de fracassarem as conversações, o presidente Mahuad foi forçado a fugir do palácio presidencial, encarregando, por decreto, o seu Vice-presidente Gustavo Noboa como responsável pela administração. Na manhã seguinte, Mahuad endossou Noboa como seu sucessor por uma rede nacional de televisão e o triunvirato militar, que efetivamente já dirigia o país, também o endossou. Assim, na reunião de emergência do mesmo dia 22 de janeiro, em Guayaquil, o Congresso do Equador ratificou Noboa como Presidente da República. A política de dolarização ainda permaneceu sob a liderança de Noboa. Embora a dolarização tenha mitigado seus efeitos e iniciado uma ligeira melhoria sobre a economia, o governo de Noboa foi acusado pela manutenção da dolarização e descuido com problemas sociais e outros assuntos importantes da política equatoriana.[carece de fontes?]

    Em 15 de janeiro de 2003, o Coronel aposentado Lucio Gutiérrez, membro da junta militar que subverteu presidente Jamil Mahuad em 2000, assumiu a presidência do Equador com uma plataforma de combate à corrupção. O partido de Gutiérrez, tendo poucos assentos no Congresso, o força a negociar com outros partidos para mudar a legislação, já tendo ensaiado algumas reformas econômicas. Lucio Gutiérrez deixou o poder em 2005 diante da falta de apoio das Forças Armadas e no meio de fortes protestos, o que conduziu a que seu vice-presidente, Alfredo Palacio, assumisse a presidência. Nas eleições seguintes, Rafael Correa foi eleito e assumiu o cargo em 15 de janeiro de 2007. Rafael Correa governou por 10 anos. Em 28 de setembro de 2008 foi adotada uma nova Constituição. Em 24 de maio de 2017, tomou posse como novo presidente o administrador Lenin Moreno Garcez.[carece de fontes?]

    Rudolph, James D. (1991). A Country Study: Ecuador. Washington, D.C.: Library of Congress. ISBN 0844407305. LCCN 91009494  Starn, Degregori, Kirk The Peru Reader: History, Culture, Politics; Quote by Pedro de Cieza de Leon; Published by Duke University Press, 1995 Macquarrie, K. The Last Days of the Incas. P Dippolito. New York: Simon and Schuster, 2007. Hemming, The conquest, pp. 34–35. Rudolph, James D. "Historical Setting". A Country Study: Ecuador (Dennis M. Hanratty, editor). Library of Congress Federal Research Division (1989). This article incorporates text from this source which is in the public domain.
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