O Ladaque (em inglês: Ladakh; em hindi: लद्दाख़; romaniz.:Laddākh; em ladaque: ལ་དྭགས; Wylie: la'dwags; em urdu: لَدّاخ‎) é uma região geográfica e histórica dos Himalaias situada no extremo norte-noroeste do subcontinente indiano que entre o segundo quartel do século XIX e 2019 se considerou parte de Caxemira. À exceção da sua parte nordeste, o Aksai Chin, ocupado pela China durante a guerra sino-indiana de 1962, o seu território faz parte da Índia, tendo feito parte do antigo estado de Jamu e Caxemira até 2019, quando foi constituído como Território da União. Entre o segundo quartel do século XIX e 2019 fez parte de Caxemira. A parte do Ladaque administrada de facto pela Índia tem 86 904 km², de área e é a região menos densamente povoada da Índia[...Ler mais

O Ladaque (em inglês: Ladakh; em hindi: लद्दाख़; romaniz.:Laddākh; em ladaque: ལ་དྭགས; Wylie: la'dwags; em urdu: لَدّاخ‎) é uma região geográfica e histórica dos Himalaias situada no extremo norte-noroeste do subcontinente indiano que entre o segundo quartel do século XIX e 2019 se considerou parte de Caxemira. À exceção da sua parte nordeste, o Aksai Chin, ocupado pela China durante a guerra sino-indiana de 1962, o seu território faz parte da Índia, tendo feito parte do antigo estado de Jamu e Caxemira até 2019, quando foi constituído como Território da União. Entre o segundo quartel do século XIX e 2019 fez parte de Caxemira. A parte do Ladaque administrada de facto pela Índia tem 86 904 km², de área e é a região menos densamente povoada da Índia[carece de fontes?] — em 2011 tinha 274 289 habitantes (densidade: 3,2 hab./km²).

Conhecido como "Pequeno Tibete", o Ladaque é famoso pelas suas paisagens montanhosas e pela sua cultura budista tibetana, embora a parte ocidental seja quase exclusivamente muçulmana. A sua maior e mais importante cidade é Lé.

É uma das regiões habitadas mais altas do mundo — a altitude da maior parte do território é superior a 3 000 metros. É constituída quase exclusivamente por montanhas e alguns planaltos de grande altitude. A parte sob administração indiana estende-se desde o vale de Caxemira a oeste, até ao planalto tibetano (cuja extremidade ocidental entra pelo Ladaque) a leste. A sul, a fronteira com o estado de Himachal Pradexe passa ao longo das vertentes norte dos chamados Grandes Himalaias e a norte é limitada pelas linhas de controlo ou de cessar-fogo (fronteiras disputadas) com a China (LAC, "Linha de Controlo Real") e com o Paquistão (LoC, "Linha de Controlo"). É uma região extremamente isolada — as fronteiras internacionais não só estão encerradas como são palco de frequentes incidentes, quando não de combates, e só há duas estradas que ligam com o resto da Índia: a estrada Serinagar–Lé, a oeste, com 534 km, que entra no Ladaque pelo passo de montanha de Zoji La (3 528 m de altitude), e a estrada Manali–Lé, a sul, com 475 ou 490 km, na qual há vários passos a mais de 4 000 metros e três a mais de 5 000 m. Ambas as estradas geralmente permanecem fechadas entre o outono e a primavera devido à neve.

A grande maioria dos habitantes das zonas norte e leste seguem o budismo tibetano. Na parte ocidental, a religião da maior parte da população é o islão xiita. A quantidade de fiéis dessas duas religiões é sensivelmente a mesma, concentrando-se os budistas no distrito de Lé e no Zanskar e os muçulmanos na parte do distrito de Cargil que não fica no Zanskar. A principal língua é o ladaque (ou bhoti), uma língua aparentada com tibetano, mas é comum, pelo menos entre a população letrada, o domínio do hindi, urdu e do inglês. Além destas, há diversas línguas maternas, como o balti, shina ou o burig, usados no distrito de Cargil e uma série de dialetos. Os habitantes são de etnias tibetanas (mongoloides, predominantes na parte oriental), e indo-arianas, maioritárias na parte ocidental.

No passado, o Ladaque foi um local importante para o comércio entre a Índia, Ásia Central e Tibete devido à sua localização estratégica no cruzamento de diversas rotas comerciais entre aquelas regiões, mas o comércio internacional extinguiu-se no início da década de 1960 devido à China ter fechado as fronteiras com o Tibete e com Xinjian. Desde 1974 que o governo indiano tem vindo a incentivar com sucesso o turismo, que atualmente é uma das principais fontes de receita da região. Devido à sua importância estratégica e às fronteiras disputadas, onde são frequentes os incidentes militares, as forças armadas indianas mantêm uma forte presença na região e têm a seu cargo as principais estradas.

 Ver artigo principal: História do Ladaque
 O "Chamba de Mulbekh", um relevo do Buda Maitreya, provavelmente do século VIII d.C., o monumento de grandes proporções mais antigo do Ladaque

Os primeiros habitantes do Ladaque foram provavelmente dardos[a] (em ladaque: brokpa). Historiadores clássicos como Heródoto e Plínio, o Velho mencionam os dardos como um povo de escavadores de ouro da Ásia Central, o que pode estar relacionado com um vago conhecimento de atividades de garimpo de ouro no Ladaque e no Baltistão. Ptolomeu situa os daradrai nas partes mais a montante do rio Indo e o nome Darada é usado em listas geográficas dos Puranas.[carece de fontes?]

No século I d.C. o Ladaque integrava o Império Cuchana. É provável que no século VII a região fizesse parte do reino de Zhangzhung do Tibete Ocidental, que no século VII se tornou vassalo do Império Tibetano.[carece de fontes?] No início do século VIII o Ladaque estava sob suserania tibetana mas a sua população não era de origem tibetana e era budista, o que não acontecia então com os tibetanos.[1] No mesmo século, o Ladaque esteve envolvido nos conflitos resultantes da expansão tibetana para ocidente e da influência exercida pela China a partir da Ásia Central.[2] Após a queda do Império Tibetano em 842, a suserania tibetana desvaneceu-se rapidamente.

A primeira dinastia tibetana do Ladaque foi fundada no século IX por Nyima-Gon, um representante da antiga casa real tibetana. O reino de Nyima-Gon tinha o seu centro bastante a leste do atual Ladaque. Foi durante essa dinastia que a região foi "tibetizado" e a população de origem étnica tibetana se tornou predominante. O budismo sofreu um revés temporário na região durante o reinado de Lde-dpal-hkhor-btsan (r. ca. 870–900), que promoveu a religião Bön, tendo fundado oito mosteiros e patrocinado a produção em massa de escritos Hbum para espalhar a religião.[3] O quinto rei da dinastia, Lhachen Utpala conquistou Kulu, Mustang (atualmente parte do Nepal) e parte do Baltistão.[4]

Há indícios de que nessa época o comércio internacional era importante. Um autor de Jowzjan (Afeganistão) refere-se ao "Tibete Boloriano" (Bolor = Bolu, Baltistão), cujos habitantes eram sobretudo comerciantes e supõe-se que as cruzes nestorianas (usadas pelos seguidores da Igreja Assíria do Oriente) esculpidas em rochedos são da autoria de mercadores sogdianos cristãos. Há também inscrições em árabe da mesma época, provavelmente também de comerciantes.[carece de fontes?]

No século XVII, devido a uma ruptura das suas relações com o Tibete, o 5.º Dalai Lama invadiu o reino. Com a ajuda de Caxemira, a sua soberania foi restaurada pouco tempo depois, tendo como contrapartida a conversão formal do rei ao islão e a construção de uma mesquita na sua capital, Lé. A Caxemira acabou por invadir o reino, no século XIX, pondo fim à sua independência, provocando deste modo a sua futura integração indireta na Índia britânica.[carece de fontes?]

O território original do reino agora está divido entre a Índia, o Paquistão e a China, que ocupou o Aksai Chin durante a guerra sino-indiana de 1962.[carece de fontes?]


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Rizvi 1996, p. 56. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome gr Francke 1926, p. 92. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome drup
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