Língua occitana

A língua occitana, também denominada occitânica é uma língua românica falada no sul da França (ao sul do rio Loire), Vales Occitanos, Mónaco, e no Vale de Arão, regiões referidas como Occitânia ou País d'Oc. Também é falado na Guarda Piemontesa. A estimativa do número atual de falantes variam consideravelmente segundo as fontes, no entanto parece haver consenso na sua designação como a língua regional mais falada na França.

O occitano surge desde cedo (Baixa Idade Média) como uma língua administrativa e jurídica concorrente ao latim. É conhecida pela sua prolífica literatura a partir do século XII, época na qual os trovadores começaram a contribuir para o seu destaque por todas as cortes europeias. Desde o século XIII é utilizada como língua científica (tratados em medicina, cirurgia, aritmética), e serviu também de língua franca, usada em trocas comerciais internacionais. Neste sentido, também influenciou a língua portuguesa, tendo a chancelaria de D. Afonso IV ou de D. Dinis vulgarizado os dígrafos provençais nh e lh, para além das marcas que terá deixado na toponímia e regionalismos do Alto Tejo e Beira Baixa.

Numa vertente sociolinguística, existem diferentes interpretações no que diz respeito ao glossónimo occitano: por um lado, a existência de línguas de oc estruturalmente próximas; por outro, uma unidade linguística formada pelo conjunto dos dialetos da língua occitana. Independentemente do ponto de vista, todos coincidem em dizer que os diferentes locutores da língua partilham numerosos traços em comum que permitem uma inteligibilidade mútua. As designações das antigas províncias francesas serviram para a atribuição dos diversos nomes das variantes occitanas, se bem que estas não correspondem exatamente com os limites geográficos. Estes e as suas características podem variar entre diferentes autores, mas geralmente incluem o auvernês, vivaro-alpino, gascão, linguadociano, limusino e provençal. A inclusão do catalão e exclusão do gascão também são contestadas.