Contexto de Kosovo

O Kosovo (às vezes escrito Cossovo, Cosovo ou Kossovo) (em sérvio, Косово; em albanês Kosova) é um país de reconhecimento limitado localizado na península dos Bálcãs (no sudeste da Europa), na região da antiga Jugoslávia. Com uma área de 10 887 km², o Kosovo é um país sem litoral, no centro dos Bálcãs, e faz fronteira com o território incontestado da Sérvia ao norte e leste, Macedônia do Norte ao sudeste, Albânia ao sudoeste e Montenegro ao Oeste. Possui paisagens variadas e diversas, além de clima temperado. A maior parte do centro do Kosovo é dominado pelas vastas planícies dos campos de Metóquia e Kosovo. Os Alpes Albaneses e as Montanhas Šar situam-se ao sudoeste e sudeste, respectivamente.

O território kosovar fez parte dos impérios Romano, Bizantino, Búlgaro, Sérvio e Otomano e, no século XX, passou às mãos do Reino da Sérvia, e da Iugoslávia. Após o falhanço das negociações internacionais para atingir um consenso sobre o estado...Ler mais

O Kosovo (às vezes escrito Cossovo, Cosovo ou Kossovo) (em sérvio, Косово; em albanês Kosova) é um país de reconhecimento limitado localizado na península dos Bálcãs (no sudeste da Europa), na região da antiga Jugoslávia. Com uma área de 10 887 km², o Kosovo é um país sem litoral, no centro dos Bálcãs, e faz fronteira com o território incontestado da Sérvia ao norte e leste, Macedônia do Norte ao sudeste, Albânia ao sudoeste e Montenegro ao Oeste. Possui paisagens variadas e diversas, além de clima temperado. A maior parte do centro do Kosovo é dominado pelas vastas planícies dos campos de Metóquia e Kosovo. Os Alpes Albaneses e as Montanhas Šar situam-se ao sudoeste e sudeste, respectivamente.

O território kosovar fez parte dos impérios Romano, Bizantino, Búlgaro, Sérvio e Otomano e, no século XX, passou às mãos do Reino da Sérvia, e da Iugoslávia. Após o falhanço das negociações internacionais para atingir um consenso sobre o estado constitucional aceitável, o governo provisório do Kosovo declarou-se unilateralmente um país independente da Sérvia em 17 de fevereiro de 2008, sob o nome República do Kosovo, sendo reconhecido no dia seguinte pelos Estados Unidos e alguns países europeus, tais como a França, Portugal, Reino Unido e a Alemanha. Porém, o Kosovo ainda é reivindicado pela Sérvia e não recebeu o reconhecimento de outros países como a Rússia, Brasil e Espanha. Até 11 de fevereiro de 2014, o Kosovo tinha recebido 109 reconhecimentos diplomáticos como estado independente, mas alguns países retiraram esses reconhecimentos. Obteve reconhecimento oficial de 96 (49,74%) dos 193 estados-membros das Nações Unidas; 22 (81%) dos 27 estados membros da União Europeia; 0 (0%) dos 5 estados membros do Mercosul; 25 (86%) dos 29 estados membros da OTAN; 0 (0%) dos 6 estados membros da OTSC; 34 (60%) dos 57 estados membros da Organização para a Cooperação Islâmica.

O governo sérvio reivindica o território como parte integral da Sérvia, correspondendo à Província Autônoma de Kosovo e Metóquia (em sérvio, Аутономна покрајина Косово и Метохија, Autonomna pokrajina Kosovo i Metohija, e em albanês Krahina Autonome e Kosovës dhe Metohisë). A maior parte da população do Kosovo é de origem albanesa, com uma minoria sérvia que representa aproximadamente 5% da população kosovar. O primeiro presidente do protetorado foi Fatmir Sejdiu, do partido LDK (Lidhja Demokratike e Kosovës, "Liga Democrática do Kosovo"). O primeiro primeiro-ministro foi Hashim Thaçi.

O Kosovo possui uma economia de renda média baixa e experimentou um sólido crescimento econômico nas últimas décadas pelas instituições financeiras internacionais. O país tem crescido todos os anos desde o início da crise financeira de 2007–2008. O Kosovo é membro do Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Mundial, Conselho de Cooperação Regional e solicitou a adesão à Interpol e o status de observador na Organização para a Cooperação Islâmica.

Mais sobre Kosovo

Informação básica
  • Código de chamada +383
  • Mains voltage 230V/50Hz
Population, Area & Driving side
  • População 1883018
  • Área 10909
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigo principal: História do Kosovo
     
    Grão-Principado da Sérvia sob Estêvão Nemânia
     
    O Despotado Sérvio, 1451-1454

    A região do Kosovo foi anexada pelo Império Romano no primeiro século a.C., e pelo próximo milênio o território...Ler mais

     Ver artigo principal: História do Kosovo
     
    Grão-Principado da Sérvia sob Estêvão Nemânia
     
    O Despotado Sérvio, 1451-1454

    A região do Kosovo foi anexada pelo Império Romano no primeiro século a.C., e pelo próximo milênio o território permaneceu parte do Império Bizantino, cujo domínio começou a erodir a partir das migrações eslávicas para os Balcãs entre os séculos VI e VII d.C.. Nos séculos seguintes, o controle da área alternou entre os bizantinos e o Primeiro Império Búlgaro.

    No século XII o governante sérvio Estêvão Nemânia, considerado o fundador do reino sérvio medieval e da dinastia Nemânica assumiu o controle de parte do território do Kosovo, com seu sucessor, Estêvão I, o Primeiro-coroado, assumindo o controle do resto da região.

    Durante esse período a região de Kosovo se tornou o coração da Sérvia, chegando a contar com a capital do Império Sérvio.[1]

    Embora a Batalha de Kosovo em 1389 seja geralmente considerada o fim da Sérvia medieval, o Despotado Sérvio, sucessor do Império Sérvio e da Sérvia Morávia, sobreviveu por mais 60 anos, mantendo o controle de diferentes extensões da região kosovar até 1455, com o Despotado sendo totalmente conquistado pelos otomanos em 1459.[2]

     
    Kosovo Otomano, 1875-1878
     
    Ocupação do Kosovo, 1941

    Foi parte do Império Otomano entre 1455 e 1912. A região esteve sob a dependência de Escópia tendo constituído uma província separada apenas em 1877.

    Em 1912, apesar de ser uma zona de maioria albanesa, foi integrada à Sérvia e não ao principado da Albânia, criado naquele ano. Ocorreram rebeliões albanesas entre 1878 e 1881 e entre 1918 e 1924. Entre 1941 e 1944 a maior parte da região foi anexada à Albânia, sob ocupação italiana.[3] Após a reintegração à Iugoslávia tornou-se região autónoma, mas integrada à República Socialista da Sérvia.

    Em 1991 declarou a independência, que não foi reconhecida pela comunidade internacional. A tensão entre separatistas de origem albanesa e o governo central da Iugoslávia, liderado pelo presidente nacionalista Slobodan Milosevic aumentou ao longo de 1998. No ano seguinte, um grupo de líderes iugoslavos e da comunidade albanesa em Kosovo e representantes das principais potências mundiais foi formado para negociar um acordo de paz que colocasse fim aos conflitos entre os guerrilheiros do ELK e as forças iugoslavas de Slobodan Milosevic, mas a reunião em fevereiro de 1999, na região no castelo de Rambouillet, na França, fracassou.[4][5][6][7]

    A OTAN atacou a Iugoslávia em 24 de março de 1999,[8][9][10] dando início à Guerra do Kosovo. A Otan atacou alvos iugoslavos, seguiram-se os conflitos entre a guerrilhas albanesa e as forças iugoslavas e se formou um grande número de refugiados.[11]

    Em 3 de junho de 1999, líderes ocidentais e iugoslavos chegaram a um acordo para o fim da guerra.[12] Em 10 de junho, foi assinado o acordo para encerrar o conflito.[13][14]

    O Parlamento sérvio em 27 de dezembro de 2007 votou, por ampla maioria, moção de condenação contra qualquer tentativa de independência do Kosovo. A província tem sido administrada pelas Nações Unidas, através da Missão de Administração Interina, e pela OTAN desde a guerra de 1999 entre os sérvios e albaneses étnicos separatistas.[15]

    Em 17 de fevereiro de 2008, Rússia, China e Sérvia se opõem ao reconhecimento internacional da independência do Estado do Kosovo, que seria declarado definitivamente nesta data junto à ONU. Os Russos sempre se opuseram aos movimentos separatistas do Kosovo. O então presidente russo Vladimir Putin declarou que "o reconhecimento da independência do Kosovo seria ilegal e imoral", pois reacenderiam os conflitos na região dos Bálcãs. O discurso anti-separatista de Putin foi engrossado pelo Ministro de Relações Exteriores da Rússia Serguei Lavrov. Segundo o ministro, "é a primeira vez que se aborda a saída de uma região de dentro de um Estado soberano", o que, segundo ele, poderia acirrar conflitos semelhantes em outras 200 regiões em todo mundo.

    Em contrapartida, o Kremlin sugere a criação do que poderia ser chamado "mapa do caminho", o projeto sugere uma série de autonomias, mas não ocorreria a independência do Kosovo, assim como acontece em Hong Kong. A Rússia sugere supostos interesses comerciais ocidentais com a criação do Estado do Kosovo, denunciando ainda que o envio de uma missão da União Europeia à região não tinha "base legal".[16]

    Mesmo diante da declaração do presidente sérvio de que a Sérvia jamais reconhecerá a independência do Kosovo, o primeiro-ministro kosovar, Hashim Thaçi convocou e realizou uma sessão extraordinária do parlamento, onde os 109 deputados presentes votaram a favor da independência da província. Thaci solicita o envio de uma missão internacional liderada pela União Europeia para substituir a missão da ONU que administra a província desde 1999.[17]

    A oposição de países como Sérvia, Rússia e China ao reconhecimento internacional da província torna-se ainda mais latente, com a possibilidade de conflitos na região. Segundo enviados da BBC, a situação é crítica e beira a um colapso, podendo a qualquer momento estourar um conflito entre a maioria albanesa e os sérvios. No dia 16 de fevereiro de 2008, um dia antes da sessão extraordinária, mil sérvios se reuniram para protestar contra a independência kosovar. O delicado cenário em questão se tornou ainda mais explosivo após o primeiro-ministro Vojislav Kostunica declarar aos sérvios residentes na região do Kosovo que não abandonem suas casas, pois não são obrigados a reconhecer nenhuma forma de declaração independência.[18]

    A Rússia está em negociação com a ONU, pedindo para que ela não reconheça a atual independência, por temer que isso vire um novo estopim de movimentos separatistas e reivindicações unilaterais de regiões que se auto-declararam independentes. A Sérvia, junto aos seus aliados econômicos e étnicos, temem pelas minorias não albanesas na região do Kosovo (principalmente ao norte), por tratados de livre-circulação antes estabelecido pelos Estados do Bálcãs e pela região ser considerada um coração cultural e religioso.

    A União Europeia irá discutir sobre Kosovo durante um encontro dos ministros do exterior dos 27 países-membros do bloco no dia 18 de fevereiro de 2008, em Bruxelas.[19] Países com grupos étnicos minoritários temem, assim como a Rússia, que Kosovo seja um exemplo internacional.

    Independência
     Ver artigo principal: Independência do Kosovo e Reacção internacional à declaração de independência do Kosovo de 2008
    «Kosovo profile». BBC News (em inglês). 12 de abril de 2021. Consultado em 14 de maio de 2022  Federico M. Federici & D. Tessicini, Translators, Interpreters, and Cultural Negotiators: Mediating and Communicating Power from the Middle Ages until the Modern Era (Basingstoke 2014), p. 11. Dusan T. Bataković, Kosovo and Metohija: History and Ideology, Belgrado: Čigoja press, 2007, p. 61 Resolução sobre a situação no Kosovo - Parlamento Europeu, 11 de fevereiro de 1999 «Folha de S.Paulo - Kosovo: Princípio de acordo é firmado - 08/02/99». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2022  «Folha de S.Paulo - Rebeldes de Kosovo insistem em independência e dificultam acordo - 22/02/99». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2022  "Da Federação aos protetorados europeus" Arquivado em 7 de abril de 2008, no Wayback Machine. - Catherine Samary, Le Monde Diplomatique, janeiro de 2006 «NATO & Kosovo: Index Page». www.nato.int. Consultado em 24 de maio de 2021  «Folha de S.Paulo - Otan ataca a Iugoslávia com mísseis; país promete resistir - 25/03/1999». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2022  Otan cumpre ameaça e ataca a Iugoslávia Arquivado em 14 de março de 2012, no Wayback Machine. - JC Online, 25 de março de 1999 «24 de março de 1999 – DW – 24/03/2011». dw.com. Consultado em 22 de novembro de 2022  «Folha de S.Paulo - Iugoslávia recua e aceita acordo de paz para Kosovo - 04/06/1999». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2022  «Folha de S.Paulo - Otan prepara suspensão de bombardeios - 10/06/99». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2022  Acordo militar visa impedir "vácuo de poder" - Folha de S. Paulo, 10 de junho de 1999 «Folha Online - BBC Brasil - Parlamento sérvio vota contra independência do Kosovo - 27/12/2007». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 22 de novembro de 2022  «G1 > Mundo - NOTÍCIAS - Rússia não reconhecerá independência do Kosovo e prevê onda separatista». g1.globo.com. Consultado em 22 de novembro de 2022  Kosovo declara sua independência unilateral da Sérvia - G1, 17 de fevereiro de 2008 «G1 > Mundo - NOTÍCIAS - Líder do Kosovo convoca sessão especial no parlamento». g1.globo.com. Consultado em 22 de novembro de 2022  «Independência – DW – 17/02/2008». dw.com. Consultado em 22 de novembro de 2022 
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