Contexto de Comunidade Valenciana

A Comunidade Valenciana é uma comunidade autónoma espanhola e mediterrânica, situada na costa oriental da Península Ibérica.

Geograficamente, estende-se do Rio Sénia até Pilar de la Horadada, para lá da foz do Rio Segura, com uma fronteira terrestre de 834 km de extensão e uma costa com 644 km de comprimento e que se corresponde em grande parte com os limites do histórico Reino de Valência. As ilhas da Nova Tabarca, Columbretes e outras ilhas menores adjacentes são também de administração valenciana. Possui um exclave, Rincón de Ademuz, rodeado por municípios aragoneses e manchegos. Limita a oeste com Castela-Mancha e Aragão, a sul com Múrcia e a norte com a Catalunha.

A capital administrativa é Valência (797.658 hab.). Juntamente com Alicante (333.408 hab.) e Castelló de la Plana (172.624 hab.) conforma também capital provincial e juntamente com Elche (222.422 hab.) e Torre Velha (105.205 hab.) as cidades mais populosas. As áreas metropolitanas de Valência (1.5...Ler mais

A Comunidade Valenciana é uma comunidade autónoma espanhola e mediterrânica, situada na costa oriental da Península Ibérica.

Geograficamente, estende-se do Rio Sénia até Pilar de la Horadada, para lá da foz do Rio Segura, com uma fronteira terrestre de 834 km de extensão e uma costa com 644 km de comprimento e que se corresponde em grande parte com os limites do histórico Reino de Valência. As ilhas da Nova Tabarca, Columbretes e outras ilhas menores adjacentes são também de administração valenciana. Possui um exclave, Rincón de Ademuz, rodeado por municípios aragoneses e manchegos. Limita a oeste com Castela-Mancha e Aragão, a sul com Múrcia e a norte com a Catalunha.

A capital administrativa é Valência (797.658 hab.). Juntamente com Alicante (333.408 hab.) e Castelló de la Plana (172.624 hab.) conforma também capital provincial e juntamente com Elche (222.422 hab.) e Torre Velha (105.205 hab.) as cidades mais populosas. As áreas metropolitanas de Valência (1.559.084 hab.) e de Alicante-Elche (757.085 hab.) configuram os maiores núcleos de população da Comunidade. Com 23.255 km² e 5.004.844 habitantes, é a oitava maior comunidade de Espanha.

É um território altamente industrializado e com fortes setores turístico e agrícola, o que a afigura como a quarta comunidade autónoma em termos de importância para a economia nacional, gerando 9,6% do PIB espanhol.

As suas origens remontam ao século XIII, com a colonização feudal de catalães e aragoneses pelos reinos de taifas islâmicos de Valência, Alpont, Dénia e parte de Múrcia. Uma vez finalizada a conquista, o rei Jaime I de Aragão Jaime promulga os Foros de Valência em 1261 e estabelece o Reino de Valência, entidade política, jurídica e administrativa com direito próprio fundada em 1239 e vigente até 1707. A independência foral do reino extingue-se em 1707 com os Decretos do Novo Plano promulgados pelo rei Filipe V de Espanha. As primeiras tentativas para recuperar um governo autónomo nos finais do século XIX e inícios do século XX fracassaram graças às diferentes ditaduras então instituídas. Na década de 60 do século XX, a pressão de diversos setores ideológicos para a criação de um governo próprio desemboca na criação do Conselho do País Valenciano em 1978 e mais tarde, em 1982, acaba por se constituir como uma comunidade autónoma espanhola. Segundo o Estatuto de Autonomia, reformado em 2006 e ao amparo do Artigo 2.º da Constituição Espanhola, os seus habitantes, o povo valenciano, compõem uma nacionalidade histórica.

Recebeu diversas denominações ao longo dos tempos. Em finais do século XIX era conhecida como Região Valenciana; a partir de 1960 surge o uso de País Valenciano, e com o Estatuto de Autonomia de 1982 é popularizado o termo Comunidade Valenciana. Igualmente, o uso de Valência é aceite, podendo no entanto criar confusão com a cidade ou província homónimas.

Nas primeiras legislaturas autonómicas sucederam-se três governos socialistas presididos por Joan Lerma, enquanto que após as eleições de 1995, e devido ao Pacto del Pollo ("Pacto do Frango") com a Unió Valenciana, o governo passa para as mãos do Partido Popular, que atinge em todas as eleições subsequentes a maioria absoluta, e tendo à cabeça como presidentes Eduardo Zaplana, José Luis Olivas, Francisco Camps e Alberto Fabra, este depois da demissão do seu antecessor pela sua implicação no caso Gürtel. Desde 2015, o presidente é o socialista Ximo Puig, no cargo graças ao acordo assinado entre Compromís e Podemos (Acord del Botànic).

Mais sobre Comunidade Valenciana

Informação básica
  • Nome nativo País Valencià
Population, Area & Driving side
  • População 5097967
  • Área 23255
Histórico
  • Pré-história e Antiguidade

    Os primeiros vestígios de presença humana em terras valencianas remontam a perto do século XL a.C. (finais do Paleolítico Inferior), os mais antigos dos quais encontrados no jazigo arqueológico de Bolomor (Tavernes de la Valldigna, Valência). No Paleolítico Médio (100.000–35.000 a.C.), o número de sítios arqueológicos aumenta por toda a região, como os das Grutas do Salto (Alcoi), datado de entre 60.000–30.000 a.C. e de onde se recuperaram vestígios do Homem de Neandertal. O Paleolítico Superior e o Mesolítico estão bem representados na região, podendo citar-se como exemplo as as grutas de Parpalló e Malladetes em Gandia para o primeiro período e a gruta da Cozinha (no maciço de Caroig, a sudoeste da província de Valência) para o segundo. O Neolítico chegou às terras da actual Comunidade Valenciana em 5.000 a. C. com o aparecimento da agricultura e da pecuária, o que supôs uma transformação na ocupação e a exploração do território. Em 2.500 a. C. surge a metalurgia, que mostra influências e contatos do sudeste peninsular. O tamanho e a localização dos povoados, agora nas ladeiras das montanhas, reflete uma progressiva complexidade social. O povoado de Cabeço Redondo (cujos habitantes acumularam o chamado tesouro de Vilhena, que representa o maior conjunto de ourivesaria da prehistória na Península Ibérica), data de 1000 a.C..

    ...Ler mais
    Pré-história e Antiguidade

    Os primeiros vestígios de presença humana em terras valencianas remontam a perto do século XL a.C. (finais do Paleolítico Inferior), os mais antigos dos quais encontrados no jazigo arqueológico de Bolomor (Tavernes de la Valldigna, Valência). No Paleolítico Médio (100.000–35.000 a.C.), o número de sítios arqueológicos aumenta por toda a região, como os das Grutas do Salto (Alcoi), datado de entre 60.000–30.000 a.C. e de onde se recuperaram vestígios do Homem de Neandertal. O Paleolítico Superior e o Mesolítico estão bem representados na região, podendo citar-se como exemplo as as grutas de Parpalló e Malladetes em Gandia para o primeiro período e a gruta da Cozinha (no maciço de Caroig, a sudoeste da província de Valência) para o segundo. O Neolítico chegou às terras da actual Comunidade Valenciana em 5.000 a. C. com o aparecimento da agricultura e da pecuária, o que supôs uma transformação na ocupação e a exploração do território. Em 2.500 a. C. surge a metalurgia, que mostra influências e contatos do sudeste peninsular. O tamanho e a localização dos povoados, agora nas ladeiras das montanhas, reflete uma progressiva complexidade social. O povoado de Cabeço Redondo (cujos habitantes acumularam o chamado tesouro de Vilhena, que representa o maior conjunto de ourivesaria da prehistória na Península Ibérica), data de 1000 a.C..

    Na época antiga, a região estava habitada pelos Iberos, que se dividiam por sua vez em diversos grupos: na zona sul os contestanos, no centro os edetanos, e no norte os ilercavões. Graças às relações comerciais marítimas com Fenícios, Gregos, Tartessos e Cartagineses, tornam a região valenciana numa das partes de maior importância da Civilização Ibera[1] cujo esplendor se dá cerca do século V a.C., como assim se reflete na sua produção artística, da qual o exemplo mais importante é a Dama de Elche.[2] Um dos factos mais conhecidos e estudados desta época é o cerco a Arse (hoje Sagunto) por parte do cartaginês Aníbal, que desencadeia a Segunda Guerra Púnica, decidindo assim o destino do Mediterrâneo. Depois da vitória romana na guerra (202 a. C.), todo o litoral valenciano acabou submetido à autoridade de Roma. Durante os sete séculos de domínio romano, os Iberos foram-se integrando paulatinamente na nova organização política, económica e social e cultural, adotando como língua o latim. No entanto, ainda se encontram importantes manifestações artísticas próprias, como a cerâmica pintada com motivos figurativos ou narrativos, até ao século I d.C..

    Também os gregos chegaram à Península Ibérica e estabeleceram várias colónias; entre as mais importantes da Comunidade encontra-se Hēmeroskópeion (situada perto do Cabo Vermelho).

    Guerreiro de Mogente, datado do século V ou IV a.C.]] 

    Guerreiro de Mogente, datado do século V ou IV a.C.]]

    A Dama de Elche, escultura ibera em pedra calcária, datada do V ou IV a.C.]] 

    A Dama de Elche, escultura ibera em pedra calcária, datada do V ou IV a.C.]]

    Idade Média Época visigoda e bizantina
     
    O Império Bizantino no reinado de Justiniano

    Após a queda do Império Romano, entre os séculos VI e VIII, grande parte do território esteve sob o controlo do Reino Visigodo de Toledo, enquanto que o território compreendido entre Dénia e Cartágena foi controlado primeiro pelo Império Bizantino (integrado na Província de Espânia até à sua expulsão da Península em 620), depois pelo Reino de Tudemir (provavelmente a partir de 713), com centro em Oriola. No entanto, existem poucas provas de tais presenças.

    Ocupação muçulmana
     
    Reinos Taifas na Península em 1037

    Apesar dos estudos insuficientes sobre esta época, considerada uma das mais obscuras fases da história valenciana, é geralmente reconhecida a importância da sua influência cultural e linguística na cultura valenciana atual, convertendo Xarq al-Andalus num dos locais mais cultos da Europa.[3]

    As forças do Califado Omíada entraram na Península em 711 e derrotaram os visigodos rapidamente na Batalha de Guadalete. O pacto de Abdalazize ibne Amir, filho do chefe das forças omíadas, com Teodomiro em 713 reconhece a autoridade deste sobre a zona sob a condição de aceitar a soberania do Omíadas e o pagamento de tributos. Desde então, e até 779, dá-se uma da mais importantes fases da região, agora um território cristão autónomo inserido no domínio de Alandalus. É naquele ano que a cidade de Valência se revolta e acaba destruída por Abderramão I. A partir daí o fluxo de novos colonizadores árabes e berberes, juntamente com a cada vez maior conversão de católicos ao islão permite ao Emirado de Córdova um maior controlo do território. Ainda assim, até ao século X a maioria da população valenciana manteve-se cristã.

    Em 1065, Fernando I de Castela atacou a cidade de Valência, retirando-se sem a ter conseguido conquistar. A Taifa de Valência foi incorporada seguidamente pela de Toledo, até que, com ajuda castelhana, recuperou a independência em 1076. Em 1085, após a conquista de Toledo pelos cristãos e a morte do rei da Taifa de Valência, foi elevado ao trono desta Alcadir, antigo rei da Taifa de Toledo, com a ajuda militar de Afonso VI de Leão e Castela.

    No meio desta situação atribulada, Rodrigo Díaz de Vivar (El Cid Campeador), um lutador mercenário castelhano desterrado pelo rei Alfonso VI de Castela, realizou tributos às taifas de Albarracim e Alpont, e dedicou-se à proteção de Alcadir (aliado dos cristãos) dos ataques da Taifa de Saragoça e de revoltas populares. No entanto, depois de uma revolta pró-almorávida em Valência, Alcadir foi assassinado, o que levou El Cid a conquistar a cidade em junho de 1094. Depois de sua morte em 1099, os almorávidas tomaram controlo de toda a Comunidade em 1102, apesar da resistência imposta pela população local cristã estabelecidos com a ajuda da Coroa de Aragão e do exército d'El Cid. Em meados do século XII, foram deslocados pelos almóadas.

    Do ponto de vista económico, do País Valenciano foram, até ao século XI, rurais, sem centros urbanos importantes. Foi a partir do califado e, sobretudo, dos primeiros reinos de taifas, que apareceram os sistemas de rega da região, como a Horta de Valência, a Vega Baixa del Segura ou as hortas de Elche e Alicante. A procura por produtos de luxo pela classe dominante nesses reinos impulsionou a atividade artesanal e o comércio, sendo Játiva o local onde se estabeleceu a primeira fábrica de papel em todo o Ocidente.

    Conquista cristã
     
    Fases da conquista cristã em território valenciano

    A mais remota e direta origem daquilo que é hoje o País Valenciano está vinculada à fundação do Reino de Valência, de caráter feudal: em 1233, Jaime I dá início à conquista dos territórios marcados pelos três séculos de domínio sarraceno: os reinos taifas de Balansīa, Dénia e Múrcia, e estrutura o novo território como um reino autónomo dentro da Coroa de Aragão. Em 1238, a cidade de Valencia é conquistada por Jaime I com ajuda de tropas da Ordem de Calatrava, e foi realizada uma partilha das terras, como testemunhado no Llibre del Repartiment. Em 1251 criaram-se os Foros de Valencia (els Furs), que anos mais tarde se alargaram ao resto do reino. As partes centro e sul da província de Alicante, conquistadas pela Coroa de Castela em 1244–1248, passaram definitivamente a fazer parte do Reino de Valência em 1304 de acordo com o estabelecido na Sentença de Torrelhas[4] e seguido da violação do disposto no Tratado de Almizra, segundo o qual os territórios a sul da linha Biar-Busot estavam reservados à Coroa de Castela.

    O reino, na sua época foral, estava organizado em duas governações: Valência e Ultra Saxonam ("Além-Jijona", com estatuto foral diferenciado, capital em Oriola e, posteriormente, Alicante), esta última formada pelos territórios cedidos por Castela em 1304. Por sua vez, a governação de Valência estava dividida administrativamente em três lugar-tenências: Valência, Dellà Uixò ("Além-Uxó", com capital em Castelló) e Dellà Xúquer ("Além-Júcar", em Játiva).

    Com os Foros de Valência, o recém fundado reino foi dotado de uma série de instituições políticas próprias, a Deputação Geral do Reino de Valência, conquanto sob domínio real da Coroa Aragonesa. Quanto à população, embora ainda houvesse presença mudéjar (ou tagarina), inicialmente maioritária, o território seria repovoado por cristãos sobretudo de origem catalã e aragonesa. Seriam estes a reestruturar a economia e a organizar o território em redor das povoações com representação nas Cortes Valencianas.[5] O processo de povoamento do Reino de Valência foi um processo longo que não terminaria até o século XVII, depois da expulsão dos mouriscos. A população do Reino de Valência era, desde o início, de origem diversa (catalães, aragoneses, navarros, italianos) mas eram predominantes os catalães (que chegavam a dobrar em população quando comparados com os aragoneses) e com a expulsão dos mouriscos deu-se um fortalecimento do fator catalanofalante.[6][7] Tanto no conjunto da Coroa de Aragão como no Reino de Valência estes representavam cerca de 80% da população.[8]

    A expansão mediterrânica da Coroa de Aragão no século XV originou um período de prestígio económico, social, e cultural alcunhado de século de ouro valenciano, que culminou em 1479 na união com Castela sob o reinado dos Reis Católicos.

    Pendão da Conquista, conservado no Arquivo Histórico Municipal de Valência. 

    Pendão da Conquista, conservado no Arquivo Histórico Municipal de Valência.

    Placa comemorativa que assinala o local da torre onde foi içado o Pendão da Conquista a 9 de outubro de 1238. 

    Placa comemorativa que assinala o local da torre onde foi içado o Pendão da Conquista a 9 de outubro de 1238.

    Idade moderna

    A chegada ao poder de Carlos I de Espanha em 1518 deu lugar a conflitos sociais importantes. As revoltas das Germanias dos grémios e agricultores valencianos, entre 1519 e 1521, veem os artesãos e camponeses iniciar uma guerra civil contra a nobreza e a aristocracia, composta por vários vicerreis e tenentes. Os nobres, apoiados pela aristocracia castelhana, saem vitoriosos do conflito. O descobrimento da América deu também lugar à deslocação do comércio mundial em direção ao Atlântico, provocando uma diminuição da importância do reino, enquanto que os ataques dos piratas berberes ameaçavam constantemente a costa. A expulsão dos mouriscos em 1609 afectou de forma particular o reino, que veio a perder 170,000 habitantes — um terço da sua população.

    A partir de 1680 deu-se uma revitalização da economia. No entanto, esta foi travada pela Guerra da Sucessão Espanhola que enfrentou Filipe V com o arquiduque Carlos da Áustria. O Reino pronunciou-se maioritariamente a favor do pretendente austríaco (à excepção das zonas de Alicante, Jijona, Banyeres e Vilhena — ainda castelhana), e consequentemente foi palco de numerosas operações militares. Finalmente, após a Batalha de Almansa em 1707, Filipe V desmantela as estruturas do reino através da derrogação dos seus foros pelos Decretos do Novo Plano, integrando-as no mesmo modelo do Reino de Castela, como veio a acontecer com os restantes territórios da Coroa de Aragão. Valência passa a fazer parte do Reino de Espanha, e é dividida em treze governações ou corregimentos (Morelha, Peníscola, Castelló, Valência, Alzira, Cofrentes, Játiva, Montesa, Dénia, Alcoi, Jijona, Alicante e Oriola) e forçada a adaptar-se aos costumes e culturas castelhanas.[9] Mais tarde, no século XVII, o país manteve um crescimento económico modesto mas consistente, principalmente agrícola, aumentando-se a superfície de regadio (através da canalização das águas fluviais e a dragagem de pantanais), arando-se zonas pouco produtivas e com a terraplenagem das encostas das montanhas.

    Idade contemporânea
     
    Bombardeamento da estação do Norte e do bairro de Russafa em Valência. Durante a campanha do levante os bombardeamentos contra a cidade aumentaram consideravelmente.

    A Guerra da Independência Espanhola frente aos franceses foi prejudicial para a economia valenciana, apesar de o ser menos do que noutras regiões espanholas. Na Primeira Guerra Carlista, as zonas de Castelló, do Maestrat e de Morelha foram um dos principais baluartes dos guerrilheiros carlistas, guiados pelo general Cabrera.

    Em 1833, com a nova organização territorial liberal, a região é dividida nas três províncias atuais, juntamente com os condados de Vilhena e Requena-Utiel. No decorrer do século, o País Valenciano amplia as suas áreas agrícolas, sobretudo relacionadas com o cultivo das vinhas, arroz, das laranjas e da amêndoa. A Revolução Industrial foi, como no resto de Espanha, lenta e atrasada, mas Sagunto estabelece-se como um grande centro portuário e siderúrgico, que se unem às indústrias têxteis de Alcoi e à aparição de pequenas empresas ao longo do país que permitiram um arranque industrial em finais do século XIX.

    No franquismo, surge um novo setor económico que supera o agrícola quanto ao nível de receitas: o turismo. No princípio do século XX, a sociedade valenciana reivindica o estabelecimento de um governo próprio e, após uma primeira tentativa levada a cabo na Segunda República Espanhola e de um período de totalitarismo de 1939 a 1975, goza finalmente de autonomia em 1977 durante a Transição Espanhola. Na segunda metade do século, o turismo passa a ocupar o lugar da agricultura em termos de rendimentos económicos. O Estatuto de 1982 recupera o governo próprio, a Generalidade Valenciana,[10] que garante a administração do território atual.

    Na década de 2010, surgem vozes que alegam a criação de uma discriminação financeira em relação à partilha de recursos entre comunidades levada a cabo pelo Estado espanhol.[11]

    Ortells, Vicent (1997). La ciutat preindustrial valenciana (em catalão). [S.l.]: Universitat Jaume I. 33 páginas. ISBN 8480210869  Blázquez Martínez, José María (1983). Primitivas religiones ibéricas (em espanhol). [S.l.]: Ediciones Cristiandad. pp. 116–187. ISBN 9788470573330. Consultado em 30 de setembro de 2014  Martínez, Francesc A.; Laguna, Antonio (2007). La Gran Historia de la Comunitat Valenciana. Col: La Gran Historia de la Comunitat Valenciana. I. «De nómadas a ciudadanos». Valência: Editorial Prensa Valenciana, S.A. ISBN 978-84-87502-90-3  de Pina, Rui (1912). Chronica d'El-Rei D. Diniz. Col: Bibliotheca de Clássicos Portuguezes. I. Lisboa: Escriptorio. pp. 73–74  Simó Santonja, Vicent Lluïs (1997). Les Corts Valencianes. Valência: Corts Valencianes  «Reconquista y repoblación del territorio del Reino de Valencia»  Historia-del-derecho.es Enrique Gacto Fernández, Juan Antonio Alejandre García, José María García Marín: Manual básico de Historia del Derecho, Laxes, 1997. Guinot Rodríguez, Enric (1999). Els fundadors del Regne de València. Valência: Tres i Quatre. ISBN 9788475025919  «Derogación de los fueros de Aragón y Valencia; y su reduccion á las leyes y gobierno de Castilla». Novisima recopilación de las Leyes de España (em espanhol). [S.l.: s.n.] 1805. Consultado em 15 de fevereiro de 2017  Bodoque Arribas, Anselm (2011). La política lingüística dels governs valencians (1983-2008) (em catalão). [S.l.]: Universitat de València. 33 páginas. ISBN 8437083699. Consultado em 15 de fevereiro de 2017  Barbería, José Luís (2 de maio de 2015). «La ilusión del atajo a la prosperidad». Madrid. El País (em espanhol). Consultado em 15 de fevereiro de 2017 
    Leia menos

Livro de frases

Olá
Hola
Mundo
Món
Olá Mundo
Hola món
obrigada
Gràcies
Adeus
Adéu
Sim
Não
No
Como você está?
Com estàs?
Tudo bem, obrigado
Bé gràcies
Quanto isso custa?
Quant costa?
Zero
Zero
Um
Un

Onde você pode dormir perto Comunidade Valenciana ?

Booking.com
489.347 visitas no total, 9.196 Pontos de interesse, 404 Destinos, 174 visitas hoje.