Contexto de Catalunha

Catalunha (em catalão: Catalunya, em occitano: Catalonha, em castelhano: Cataluña) é uma comunidade autônoma da Espanha localizada na extremidade leste da Península Ibérica. É designada como uma nacionalidade pelo seu Estatuto de Autonomia. A Catalunha é composta por quatro províncias: Barcelona, ​​Girona, Lérida e Tarragona. A capital e a maior cidade é Barcelona, ​​o segundo município mais povoado de Espanha e a quinta área urbana mais populosa da União Europeia. A Catalunha compreende a maior parte do território do antigo Principado da Catalunha (com exceção de Rossilhão, agora parte dos Pireneus Orientais da França). Tem fronteiras com a França e Andorra ao norte, o Mar Mediterrâneo a leste e as comunidades autônomas espanholas de Aragão a oeste e Valência ao sul. As línguas oficiais são o catalão, o espanhol e o occitano aranês.

No final do século VIII, vários ...Ler mais

Catalunha (em catalão: Catalunya, em occitano: Catalonha, em castelhano: Cataluña) é uma comunidade autônoma da Espanha localizada na extremidade leste da Península Ibérica. É designada como uma nacionalidade pelo seu Estatuto de Autonomia. A Catalunha é composta por quatro províncias: Barcelona, ​​Girona, Lérida e Tarragona. A capital e a maior cidade é Barcelona, ​​o segundo município mais povoado de Espanha e a quinta área urbana mais populosa da União Europeia. A Catalunha compreende a maior parte do território do antigo Principado da Catalunha (com exceção de Rossilhão, agora parte dos Pireneus Orientais da França). Tem fronteiras com a França e Andorra ao norte, o Mar Mediterrâneo a leste e as comunidades autônomas espanholas de Aragão a oeste e Valência ao sul. As línguas oficiais são o catalão, o espanhol e o occitano aranês.

No final do século VIII, vários condados nos Pireneus orientais foram estabelecidos pelo Reino Franco como uma barreira defensiva contra as invasões muçulmanas. No século X, o Condado de Barcelona tornou-se progressivamente independente. Em 1137, Barcelona e o Reino de Aragão foram dinasticamente unidos sob a denominação de Coroa de Aragão. Dentro da Coroa, os condados catalães adotaram uma entidade política comum, o Principado da Catalunha, desenvolvendo seu próprio sistema institucional, como Cortes, Generalidade e constituições, tornando-se a base para o comércio e expansionismo da Coroa no Mediterrâneo. No final da Idade Média, a literatura catalã floresceu. Em 1469, o rei de Aragão e a rainha de Castela se casaram e governaram seus reinos juntos, mantendo todos as suas instituições e legislações distintas.

Durante a Guerra Franco-Espanhola (1635-1659), a Catalunha se revoltou (1640-1652) contra uma grande e pesada presença do exército real em seu território, tornando-se brevemente uma república sob proteção francesa, até que o exército espanhol reconquistasse a área. Nos termos do Tratado dos Pireneus, em 1659, a Coroa Espanhola cedeu as partes do norte da Catalunha, principalmente o Rossilhão, para a França. Durante a Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1714), a Coroa de Aragão partiu contra o Bourbon Felipe V da Espanha, após a derrota catalã em 11 de setembro de 1714, Filipe impôs uma administração unificadora em toda a Espanha, promulgando os Decretos de Nueva Planta que, como nos outros reinos da Coroa, suprimiram as instituições e direitos catalães. Isso levou ao eclipse do catalão como língua de governo e literatura, substituído pelo espanhol.

No século XIX, a Catalunha foi severamente afetada pelas Guerras Napoleónicas e Carlistas. Na segunda metade do século, experimentou uma significativa industrialização. À medida que a riqueza da expansão industrial crescia, houve um renascimento cultural juntamente com o nacionalismo incipiente, enquanto vários movimentos operários apareceram. Com o estabelecimento da Segunda República Espanhola (1931-1939), a Generalidade da Catalunha foi restaurada como um governo autónomo. Contudo, após a Guerra Civil Espanhola, a ditadura franquista decretou medidas repressivas, aboliu as instituições catalãs e proibiu novamente o uso da língua catalã. Depois de uma autarquia, do final dos anos 1950 ao início dos anos 1970 passou por um rápido crescimento económico, o que tornou Barcelona uma das maiores áreas metropolitanas industriais europeias e a Catalunha em um importante destino turístico internacional. Com a redemocratização espanhola (1975-1982), a Catalunha havia recuperado um alto grau de autonomia e resta uma das comunidades mais prósperas da Espanha. Em 2017, o seu estatuto constitucional voltou a ser objeto de disputa após um referendo de autodeterminação culminar em uma declaração unilateral de independência feita pelo Parlamento Catalão, sem reconhecimento internacional. O Senado da Espanha aprovou a instituição do artigo 155 da Constituição e suspendeu a autonomia da comunidade até à realização de novas eleições locais em dezembro.

Mais sobre Catalunha

Informação básica
  • Nome nativo Catalunya
  • Domínio da Internet .cat
  • Speed limit 120
  • Mains voltage 230V/50Hz
Population, Area & Driving side
  • População 7747709
  • Área 31895
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigo principal: História da Catalunha
    Pré-história
     
    Arco romano de Berà, em Tarragona

    O primeiro povoamento do território data da época do Paleolítico Médio. Os vestígios mais antigos encontrados correspondem à mandíbula de um pré-Neandertal encontrada em Banyoles, com 25 mil anos....Ler mais

     Ver artigo principal: História da Catalunha
    Pré-história
     
    Arco romano de Berà, em Tarragona

    O primeiro povoamento do território data da época do Paleolítico Médio. Os vestígios mais antigos encontrados correspondem à mandíbula de um pré-Neandertal encontrada em Banyoles, com 25 mil anos. Existem amostras de pinturas rupestres em Ulldecona, e megalíticos médios espalhados por toda a Catalunha. Os mais destacados são o da Cova d'en Daina, Creu d'en Cobertella o na Costa dels Garrics.

    Durante a Idade do Bronze, a cultura dos campos de incineração, uma prática vinda da Europa Central, assim como a aparição do bronze permitem o desenvolvimento dos primeiros povos, ofícios, uma certa organização hierárquica e, sobretudo, uma primeira amostra de povoamento urbanizado. Exemplo disso a grande quantidade de objetos e outros elementos encontrados no Llavorsí (Pallars Sobirà) e no Barranc de Gàfols (no Baix Ebre).

    Idade Antiga

    A colonização na idade antiga deu-se em duas etapas. A primeira etapa deu-se com o início da colonização pelos Gregos e Cartagineses. A segunda etapa corresponde a romanização da Catalunha iniciada em 218 a.C. O início da presença romana na Catalunha começa com a Segunda Guerra Púnica. O atual território catalão foi primeiro englobado na província chamada Hispânia Citerior, para formar parte desde o ano de 27 a.C. a Tarraconense, cuja capital foi Tarraco (atual Tarragona). Com a crise do século III que afetou o Império Romano, a Catalunha foi afetada gravemente com destruição e abandono das vilas romanas.

    Idade Média
     Ver artigo principal: História da Catalunha
     
    Cortes Catalãs, século XV

    No século V com a invasão dos povos germânicos, os Visigodos instalaram-se em Tarraconense e em 475 o rei visigodo Eurico formou o Reino Visigodo de Tolosa. Os Visigodos dominaram a região até ao século VIII. Em 711, os Árabes iniciam a conquista da Península Ibérica, algumas batalhas tomaram conta de região principalmente em Tarragona. No último quarto do século VIII veio a reacção dos carolíngios, que conseguiram o domínio das actuais cidades de Girona e Barcelona. No final do século IX, Carlos II (ou Carlos, "o Calvo") nomeou Vifredo, o Veloso Conde de Barcelona e Gerunda. Antes de morrer, marca um precedente, designando aos seus três filhos as terras a herdar. Somente no século seguinte houve independência em relação ao poder carolíngio.

    O Condado de Barcelona corresponde ao território governado pelos Condes de Barcelona entre os séculos IX e XVIII, como uma entidade política na Catalunha. No século XI desenvolveu-se uma Catalunha feudal. Com o casamento do conde Raimundo Berengário IV de Barcelona com Petronila de Aragão (do Reino de Aragão) formou-se como confederação a Coroa de Aragão, de que Raimundo se torna Príncipe-Regente, mantendo ambos, reino e condado (mais tarde como o Principado da Catalunha), suas próprias instituições administrativas. O filho da união de Raimundo Berengário IV de Barcelona com Petronila de Aragão, Afonso II de Aragão, foi o primeiro rei da dinastia da Casa de Barcelona no trono da Coroa de Aragão. A expansão da Coroa, teve início com a conquista das cidades de Lérida, Tortosa, Reino de Maiorca (nas Ilhas Baleares), Reino de Valência (que permaneceu com corte própria), Coroa da Sicília, Minorca (nas Ilhas Baleares) e Sardenha (ilha italiana).

    Ao mesmo tempo, o Principado da Catalunha desenvolveu um complexo sistema institucional e político baseado no conceito de pacto entre os estamentos do reino e o rei. As leis tinham que ser aprovadas nas Cortes Catalãs (Corts Catalanes), um dos primeiros órgãos parlamentares da Europa que proibiu o poder real de criar legislação unilateralmente (desde 1283).[1] Em 1359, as Cortes estabeleceram a Generalidade (Generalitat), consolidando o sistema constitucional catalão. Até às primeiras décadas do século XIV, a coroa teve o seu apogeu, que começou a mudar com o surgimento de catástrofes naturais, crises demográficas, recessão da economia catalã, o surgimento de tensões sociais e crise sucessora (o Rei Martin I não deixou sucessor nomeado). Em 1443, após a conquista do Reino de Nápoles a crise se agravou.

    Foi nessa altura, em 1463, que surge o D. Pedro de Coimbra, Condestável de Portugal, para obter a sua coroa, No entanto, acaba por morrer passado apenas três anos ainda sem consensualizar essa sua posição.

    Idade Moderna
     Ver artigo principal: Guerra dos Segadores

    Em 1469, o Rei Fernando II de Aragão, da Casa de Trastâmara, casou-se com Isabel I de Castela o que conduziu a uma união dos dois reinos e a formação da Monarquia Católica. A Catalunha passa a ser um principado periférico dentro da confederação hispânica que com os descobrimentos e casamentos reais consegue dominar a Europa. Cada reino tinha as suas próprias leis, moedas, cortes ou línguas.

     
    Corpus de Sang, um dos eventos iniciais da Guerra dos Segadores

    Nos séculos XVI e XVII, a Catalunha viveu um período de decadência. Em 1640 a obrigação de alojar tropas castelhanas, o abuso dos militares e as consequências derivadas da guerra provocam grande enojo entre a população catalã. Em 7 de junho do mesmo ano, durante a festividade do Corpo de Deus, um ceifeiro (em catalão “segador”) é morto, o que a sua vez leva à morte do Conde de Santa Coloma, a maior autoridade da monarquia na Catalunha nessa altura. Os catalães envolveram-se num conflito, a Guerra dos Segadores, de 1640 até 1652, contra a presença de tropas de Castela em território catalão, durante a guerra dos trinta anos, o que acarretou a posterior incorporação do Rossilhão no reino francês.

    Durante a Guerra de Sucessão Espanhola (1701 – 1713/1715), a Catalunha apoiou o pretendente austríaco (tal como Inglaterra, os Países Baixos e Portugal), assinando-se em 1713 a paz com o Tratado de Utrecht, deixando os catalães abandonados ao seu destino. Apesar de conseguirem resistir e inclusive vencer as tropas borbónicas, tal como na Batalha de Talamanca, o avanço do exército real continua. O cerco de Barcelona culminou com a Batalha de 11 de Setembro de 1714. Apesar do heróico combate, acabou quase completamente com a oposição catalã, que se rendeu às tropas do pretendente francês a 18 de Setembro no último castelo a cair, o de Cardona. O novo rei, Filipe V de Espanha (conhecido como Filipe de Anjou, era neto do rei francês Luís XIV), proclamou o Decreto da Nova Planta. Com este Decreto, o principado, assim como todos os outros que apoiaram ao arquiduque Carlos de Áustria, deixou de ter um governo próprio (as Cortes, a Generalidade, o Consell de Cent (Conselho de Cento) e restantes instituições de autogoverno catalãs foram abolidas).

    Idade Contemporânea
     
    Proclamação da Primeira República Espanhola, em Barcelona (1873)

    No século XIX foi severamente afetada pelas guerras napoleónicas e carlistas. Ao longo do século XIX a Catalunha representa a força industrial da Espanha, é a primeira a introduzir a industrialização através do vapor em primeiro lugar. O têxtil representa a força da indústria catalã do século XIX. Também o comércio com as nações americanas contribuir a revolução alimentaria, industrial, dos transportes e tecnológica. O capital estrangeiro investe na Catalunha e isso introduz a siderurgia, além de outros novos elementos característicos da Revolução Industrial. Os primeiros bancos conseguem grande impulso durante a chamada Febre do Ouro até à quebra dos mercados de 1866. O proletariado começou, por tanto, inicialmente na Catalunha e tomou a cidade de Barcelona, como centro das manifestações.

    Em 1873 é proclamada a Primeira República Espanhola e destituída a monarquia. Durante a curta vida da república (1873-1874) duas propostas de Estado serão debatidas em Madrid. A primeira delas vê a Espanha como uma única nação, a segunda, apoiada pela Catalunha, pretende um Estado federado. Francesc Pi i Margall, catalão, é proclamado Presidente. O golpe de estado monárquico acontecerá em 1874. Nos finais do século XIX nasceu o movimento chamado em catalão "Renaixença", que foi o início das reivindicações do catalanismo político. Os primeiros representantes do catalanismo político foi Valentí Almirall (republicano federal), Enric Prat de la Riba e Francesc Cambó (da Liga Regionalista).

    Em 1914, formou-se a Mancomunitat (união administrativa das províncias de Lérida, Barcelona, Tarragona e Girona), primeiro organismo administrativo de Catalunha reconhecido pelo Estado Espanhol desde a Guerra de Sucessão Espanhola. Seu projeto de modernização incluiu a construção de infraestrutura, escolas, bibliotecas e actualização da língua catalã. Foi dissolvida pela ditadura de Primo de Rivera no ano de 1923.

     
    Bombardeio de Barcelona em março de 1938 pelas tropas fascistas italianas de Mussolini, apoiando a incursão franquista. A cidade foi acossada aereamente várias vezes durante 1937 e 1938.[2]

    Com a proclamação da II República Espanhola, em 1931, reconheceu-se a autonomia da Catalunha, não obstante se ter chegado a proclamar unilateralmente a República Catalã, mas a proclamação não foi bem aceita pelo governo de Espanha, embora fosse uma proclamação federalista. Depois de prolongadas negociações aprovou-se o seu Estatuto no ano de 1932, aprovado com 99% dos votos por referendum. O novo estatuto dava oficialidade à língua catalã, restabelecia o autogoverno da Catalunha e designava a Catalunha como uma região autónoma, tendo sido eleito Presidente da Generalidade Francesc Macià (da Esquerda Republicana da Catalunha).

    Com a derrota dos Republicanos na Guerra Civil (1936-1939), a Catalunha perdeu novamente a sua autonomia, todas as instituições de autogoverno catalãs foram banidas, e sofreu uma importante e pesada repressão cultural e linguística (com a abolição e proibição do uso do catalão), por parte do Estado Nacionalista Espanhol, totalitário e de inspiração fascista. Em 1940 o presidente catalão, Lluís Companys, foi fuzilado pelo regime fascista espanhol.

    Os anos após a guerra foram extremamente duros. A Catalunha, como muitas outras partes da Espanha, havia sido devastada pela guerra. A recuperação dos danos de guerra foi lenta. Durante os anos 60 houve um crescimento espetacular da indústria e do turismo na Catalunha. Em 1977, com a morte do ditador Francisco Franco (1975) e o fim da ditadura, foi a primeira comunidade a recuperar outra vez a sua autonomia, restaurando a Generalidade (exilada desde o fim da Guerra Civil em 1939) e adoptando um novo Estatuto de Autonomia em 1979. Em 1992, Barcelona organizou os Jogos Olímpicos de Verão.

    Atualmente a Generalidade da Catalunha conta com delegações no estrangeiro e tem diversas competências exclusivas como segurança, saúde, cultura e educação. O novo Estatuto de Autonomia da Catalunha, aprovado após um referendo em 2006, foi contestado por importantes setores da sociedade espanhola, especialmente pelo conservador Partido Popular, que enviou a lei ao Tribunal Constitucional de Espanha. Em 2010, o Tribunal declarou não válidos alguns dos artigos que estabeleceram um sistema autónomo catalão de Justiça, melhores aspectos do financiamento, uma nova divisão territorial, o estatuto da língua catalã ou a declaração simbólica da Catalunha como nação, entre outros. Esta decisão foi severamente contestada por grandes setores da sociedade catalã, que aumentou as exigências da autodeterminação.

    «Las Cortes Catalanas y la primera Generalidad medieval (s. XIII–XIV)». Consultado em 21 de janeiro de 2013. Cópia arquivada em 19 de outubro de 2010  «Barcelona sufre los bombardeos más devastadores de su historia». La Vanguardia 
    Leia menos

Livro de frases

Olá
Hola
Mundo
Món
Olá Mundo
Hola món
obrigada
Gràcies
Adeus
Adéu
Sim
Não
No
Como você está?
Com estàs?
Tudo bem, obrigado
Bé gràcies
Quanto isso custa?
Quant costa?
Zero
Zero
Um
Un

Onde você pode dormir perto Catalunha ?

Booking.com
489.983 visitas no total, 9.198 Pontos de interesse, 404 Destinos, 32 visitas hoje.