Contexto de Gibraltar

Gibraltar (pronúncia em português europeu: [ʒibɾaɫˈtaɾ]; pronúncia em português brasileiro [ʒibɾawˈtaʁ]; pronúncia em inglês: [dʒɨˈbrɔːltər]; pronúncia em castelhano: [xi.βɾal'taɾ]; pronúncia em llanito[hi.βɾaɾ'ta(:), hi'βɾaɾ.ta(:)]) é um território ultramarino britânico localizado no extremo sul da Península Ibérica. Corresponde a uma pequena península, com uma estreita fronteira terrestre a norte, é limitado, dos outros lados, pelo mar Mediterrâneo, estreito de Gibraltar e baía de Gibraltar, já no Atlântico. A Espanha...Ler mais

Gibraltar (pronúncia em português europeu: [ʒibɾaɫˈtaɾ]; pronúncia em português brasileiro [ʒibɾawˈtaʁ]; pronúncia em inglês: [dʒɨˈbrɔːltər]; pronúncia em castelhano: [xi.βɾal'taɾ]; pronúncia em llanito[hi.βɾaɾ'ta(:), hi'βɾaɾ.ta(:)]) é um território ultramarino britânico localizado no extremo sul da Península Ibérica. Corresponde a uma pequena península, com uma estreita fronteira terrestre a norte, é limitado, dos outros lados, pelo mar Mediterrâneo, estreito de Gibraltar e baía de Gibraltar, já no Atlântico. A Espanha mantém a reivindicação sobre o Rochedo, o que é totalmente rejeitado pela população gibraltina.

O nome Gibraltar tem origem na no topónimo árabe jabal al-Tariq (ﺨﺒﻝﻄﺭﻕ) que significa "montanha de Tárique". A montanha, um promontório militarmente estratégico na entrada do mar Mediterrâneo, guarnece o estreito oceânico que separa a África do continente europeu. O nome é uma homenagem ao general berbere Tárique que em 711 aí desembarcou, iniciando a conquista do Reino Visigótico.

Antes foi chamado pelos fenícios de Calpe, uma das Colunas de Hércules. Popularmente, Gibraltar é chamada de "Gib" ou "The Rock" (o Rochedo).

Mais sobre Gibraltar

Informação básica
  • Código de chamada +350
  • Domínio da Internet .gi
  • Mains voltage 240V/50Hz
Population, Area & Driving side
  • População 34003
  • Área 6
  • Lado de condução right
Histórico
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    Gibraltar: pista do aeroporto, estádio Vitória e zona da fronteira
     
    Derrota das baterias flutuantes por John Singleton Copley - clímax do Grande Cerco de Gibraltar em 1782. Eliot está montado no cavalo branco.

    A região de Gibraltar tem seus primeiros sinais de ocupação humana datados entre 128 e 34 mil anos antes de Cristo, inclusive com a presença dos extintos neandertais. Ao longo da história, outros povos habitaram o local: cartagineses, romanos, vândalos, muçulmanos e espanhóis. Em 1462, as tropas comandadas por Juan Alonso Pérez de Guzmán, duque de Medina Sidónia, ao serviço da Coroa de Castela, expulsaram os muçulmanos e ocuparam de forma relativamente fácil a zona, de modo definitivo.[1] Atualmente, o brasão e a bandeira evocam o antigo reino de Castela.[2]

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    Gibraltar: pista do aeroporto, estádio Vitória e zona da fronteira
     
    Derrota das baterias flutuantes por John Singleton Copley - clímax do Grande Cerco de Gibraltar em 1782. Eliot está montado no cavalo branco.

    A região de Gibraltar tem seus primeiros sinais de ocupação humana datados entre 128 e 34 mil anos antes de Cristo, inclusive com a presença dos extintos neandertais. Ao longo da história, outros povos habitaram o local: cartagineses, romanos, vândalos, muçulmanos e espanhóis. Em 1462, as tropas comandadas por Juan Alonso Pérez de Guzmán, duque de Medina Sidónia, ao serviço da Coroa de Castela, expulsaram os muçulmanos e ocuparam de forma relativamente fácil a zona, de modo definitivo.[1] Atualmente, o brasão e a bandeira evocam o antigo reino de Castela.[2]

    Uma força anglo-neerlandesa liderada por Sir George Rooke apoderou-se de Gibraltar em 1704. Para a história ficaram episódios heróicos como a que levou a batizar uma das praias como "Baía dos Catalães" (Catalan Bay) devido ao facto de ter desembarcado na mesma a 4 de agosto de 1704 um batalhão de 300 a 350 soldados da Catalunha que combateram lado a lado com as tropas anglo-holandesas contra as forças borbónicas de Filipe V.[3][4] Quando o Conde de Toulouse Luís Alexandre de Bourbon tentou a reconquista do território, os soldados catalães foram muito bem sucedidos na sua missão de defendê-la e evitar a reconquista borbónica, o que levou a baía a ser conhecida pelo nome atual.[5]

    O território acabou por ser cedido à Grã-Bretanha pela Espanha no Tratado de Utrecht em 1713, como parte do pagamento da Guerra da Sucessão Espanhola. Nesse tratado, Espanha cedeu à Inglaterra "… a total propriedade da cidade e castelo de Gibraltar, junto com o porto, fortificações e fortes (…) para sempre, sem qualquer exceção ou impedimento".[6]

    Apesar de tudo, o tratado de cessão estipula que nenhum comércio por terra entre Gibraltar e a Espanha deve ocorrer, exceto para provisões em caso de emergência se Gibraltar não conseguir ser abastecida por mar. Uma condição especial nesse tratado é que "nenhuma permissão deve ser dada sob qualquer pretexto, tanto a judeus quanto a mouros, para morarem ou terem residência na dita cidade de Gibraltar". Ambas restrições foram rapidamente ignoradas, sendo que por muitos anos tanto judeus quanto árabes moraram pacificamente em Gibraltar, e em 1882 foi criada a Câmara de Comércio de Gibraltar.[7] O final do artigo X do Tratado indica que se à Coroa britânica "lhe parecer conveniente dar, vender ou dispor, de qualquer modo, a propriedade da dita Cidade de Gibraltar, foi acordado e concordado por este Tratado, que se dará a Coroa de Espanha a primeira ação antes que outros para a redimir".[8]

    Em junho de 1779 as forças combinadas de Espanha e França montaram um cerco a Gibraltar após a assinatura do terceiro Pacto de Família com o fim de contrariarem a suposta superioridade britânica, enfraquecer o seu poderio no Mediterrâneo, e reconquistar Minorca. Sob o comando do general George Eliott estavam cinco mil soldados que se opuseram ao cerco formado por terra e mar. Este foi levantado apenas a 7 de fevereiro de 1783, sem que tivessem as forças franco-espanholas tomado Gibraltar, o que foi tomado no Reino Unido como uma grande vitória militar. Eliott foi tornado cavaleiro e agraciado com o novíssimo título de Barão Heathfield de Gibraltar.[9]

    Durante a ditadura fascista de Francisco Franco, apesar de terem sido levadas a cabo negociações com o Alemanha Nazi para uma possível invasão, as fronteiras do "rochedo" mantiveram-se encerradas, e durante a Segunda Guerra Mundial albergaram as tropas da Força H da Marinha Real Britânica, bem como o quartel-general do General Dwight D. Eisenhower.[10]

    No início dos anos 1960, o governo espanhol levantou a "questão de Gibraltar" perante a Comissão de Descolonização das Nações Unidas e a Assembleia Geral aprovou as resoluções 2 231, de 1966 e 2 353, de 1967, que pediam o início das conversações entre Espanha e Reino Unido para por fim a situação colonial de Gibraltar, salvaguardando os interesses do povo de Gibraltar. Em resposta a estas resoluções, as autoridades de Gibraltar apelaram o direito à autodeterminação e o Reino Unido organizou um referendo em 1967 para os gibraltinos, em que 99,64% dos eleitores manifestaram a sua vontade de permanecer sob soberania britânica, o que também foi interpretado adicionalmente como uma rejeição ao regime franquista.[11]

    A abertura da fronteira e o intercâmbio de bens voltou a ser possível em dezembro de 1982.[12] Mais recentemente, num segundo referendo que ocorreu em novembro de 2002, 99% dos votantes rejeitaram qualquer proposta de partilha de soberania entre o Reino Unido e Espanha. No entanto, os gibraltinos têm procurado um status mais avançado e um relacionamento com o Reino Unido que reflita o presente nível de autogoverno. Uma nova constituição para o território foi aprovada por uma maioria de 60% em 2006.[13]

    Em julho de 2009 o ministro dos Negócios Estrangeiros de Madrid, Miguel Ángel Moratinos (PSOE), fez uma visita histórica a Gibraltar, pela primeira vez em 300 anos um ministro espanhol visitou o "rochedo", e levou a cabo negociações sobre diversas matérias, não deixando, contudo, de reclamar a soberania de Espanha, apesar das ruas estarem engalanadas pelos moradores com bandeiras britânicas e gibraltinas.[14]

    Díaz Rodríguez, Enrique (1992). «Participación e iniciativas de la Ciudad de Tarifa en la conquista del Estrecho». Aljaranda - Revista de estudios Tarifeños. Consultado em 26 de fevereiro de 2020  «O Rochedo da Discórdia». São Paulo: Editora Abril. Aventuras na História (123): 6-7. 2013  «Los 300 catalanes que conquistaron Gibraltar para los ingleses». El Español (em espanhol). 31 de dezembro de 2016. Consultado em 30 de julho de 2020  Mundo, Lorena Arroyo y Pablo Esparza BBC. «Diez cosas que quizás no sabía de Gibraltar». BBC News Mundo (em espanhol). Consultado em 30 de julho de 2020  Salvadó, Joaquim Albareda i (2010). La Guerra de Sucesión de España (1700-1714) (em espanhol). [S.l.]: Grupo Planeta (GBS)  Choi, Charles (2006). «Gibraltar». MSNBC. Consultado em 8 de janeiro de 2010  «Gibraltar Chamber of Commerce». Gibraltar Chamber of Commerce (em inglês). Consultado em 6 de fevereiro de 2019  «Artículo X del Tratado de Utrecht por el que España pierde Gibraltar | Nacional | Nacional - Abc.es». ABC (em espanhol). Consultado em 6 de fevereiro de 2019  «Fim do Grande Cerco de Gibraltar». Fim do Grande Cerco de Gibraltar. Consultado em 6 de fevereiro de 2019  «Operation Felix: Franco and Hitler Play Cat and Mouse». warfarehistorynetwork.com. Consultado em 6 de fevereiro de 2019  Montegriffo, Mark (1 de setembro de 2017). «50 YEARS LATER - The day we denied Franco». The Gibraltar Magazine (em inglês). Consultado em 6 de fevereiro de 2019  Internet, Unidad Editorial. «La apertura de la frontera con Gibraltar celebra su 30 cumpleaños». www.elmundo.es (em espanhol). Consultado em 6 de fevereiro de 2019  Proclamation of the Constitution Order by the Governor of Gibraltar «Gibraltar recibe a Moratinos con banderas británicas | España | elmundo.es». www.elmundo.es. Consultado em 6 de fevereiro de 2019 
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