Contexto de Bangladesh

Bangladesh, também Bangladexe ou Bangladeche (em bengali: বাংলাদেশ; etimologicamente: Nação Bengali), oficialmente República Popular do Bangladesh (em bengali: গণপ্রজাতন্ত্রী বাংলাদেশ; romaniz.: Gônôprôjatôntri Bangladesh), é um país asiático, rodeado quase por inteiro pela Índia, exceto a sudeste, onde tem uma pequena fronteira terrestre com Myanmar, e ao sul, onde tem litoral no golfo de Bengala. O país está listado entre as economias do grupo "Próximos Onze". A capital do país é Daca. O nordeste da Índia tem fronteiras com o Bangladesh em três lados. Muitos dos aspectos físicos e culturais do Bangladesh são partilhados com Bengala Ocidental, um estado da Índia vizinho ao Bangladesh. Na verdade, o Bangladesh e Bengala Ocidental formam uma região da Ásia conhecida como Bengala. Bangladesh era antigamente conhecido pelo nome de Bengala Oriental. O a...Ler mais

Bangladesh, também Bangladexe ou Bangladeche (em bengali: বাংলাদেশ; etimologicamente: Nação Bengali), oficialmente República Popular do Bangladesh (em bengali: গণপ্রজাতন্ত্রী বাংলাদেশ; romaniz.: Gônôprôjatôntri Bangladesh), é um país asiático, rodeado quase por inteiro pela Índia, exceto a sudeste, onde tem uma pequena fronteira terrestre com Myanmar, e ao sul, onde tem litoral no golfo de Bengala. O país está listado entre as economias do grupo "Próximos Onze". A capital do país é Daca. O nordeste da Índia tem fronteiras com o Bangladesh em três lados. Muitos dos aspectos físicos e culturais do Bangladesh são partilhados com Bengala Ocidental, um estado da Índia vizinho ao Bangladesh. Na verdade, o Bangladesh e Bengala Ocidental formam uma região da Ásia conhecida como Bengala. Bangladesh era antigamente conhecido pelo nome de Bengala Oriental. O atual nome Bangladesh significa "nação bengali" ou "nação de Bengala". Existe vida vegetal em abundância no clima quente e úmido da região. A maior parte do país é composta por planícies baixas, fertilizadas pelas enchentes dos rios e cursos d'água que as cruzam. Os rios, durante a época das cheias, depositam solo fértil ao longo de suas margens. Mas muitas dessas enchentes também causam grande destruição nos vilarejos rurais.

O Bangladesh é o oitavo país do mundo em número de habitantes, com cerca de 150 milhões de habitantes em 2012. O rápido crescimento populacional do país trouxe um sério problema de superpopulação. O território do país é um pouco maior do que o estado brasileiro do Amapá, mas o número de habitantes é, aproximadamente, 220 vezes maior. Os habitantes locais são chamados bengaleses ou bengalis, que representam 98% da população total de Bangladesh. Cerca de 85% dos habitantes são muçulmanos (o que torna Bangladesh no terceiro maior país de maioria muçulmana,), sendo a quase totalidade do restante composta de hindus. A constituição declara Bangladesh um estado secular, ao mesmo tempo que estabelece o islã como religião oficial. Como uma potência média na política mundial, Bangladesh é uma democracia parlamentar unitária e uma república constitucional que segue o sistema Westminster de governança. O país está dividido em oito divisões administrativas e 64 distritos.[carece de fontes?]

A região atualmente conhecida por Bangladesh foi governada, em diversos períodos da sua história, por hindus, muçulmanos e budistas. Tornou-se parte do Império Britânico, quando o Reino Unido, em 1858, assumiu o controle da Índia. Os sangrentos conflitos entre hindus e muçulmanos provocaram a divisão da Índia em duas nações — isso em 1947, quando a Índia se tornou independente. O Paquistão — formado pelo Paquistão Ocidental e Paquistão Oriental — foi criado a partir das regiões nordeste e noroeste da Índia. A maioria da população nas duas áreas é composta de muçulmanos. Bangladesh conquistou sua independência do Paquistão em 1971, depois da guerra civil de nove meses entre o Paquistão Ocidental e o Paquistão Oriental. De 1947 a 1971, a região que hoje é Bangladesh foi o Paquistão Oriental. Mais da metade da população do Paquistão morava lá.

Há muito tempo a região é caracterizada por uma grande pobreza. A maioria dos habitantes é composta de agricultores pobres, que se esforçam para tirar seu sustento de pequenos lotes de terra. Muitos dos trabalhadores das cidades ganham apenas alguns centavos por dia. Cerca de 52,1% da população com mais de 15 anos não sabem ler nem escrever. Atualmente, apesar de Bangladesh continuar enfrentando muitos desafios, incluindo os efeitos adversos das mudança climática, pobreza, analfabetismo, corrupção, autoritarismo, abusos dos direitos humanos e os desafios da crise de refugiados ruaingas, o país é uma das economias emergentes e líderes de crescimento do mundo. Outrora um centro histórico do comércio de tecidos de musseline, Bangladesh é hoje um dos maiores exportadores de roupas modernas do mundo. A economia de Bangladesh é a 39ª maior do mundo em PIB nominal, e a 29ª maior por PPP. A percentagem da população urbana de Bangladesh é inferior à da maioria das nações do sul da Ásia Somente cerca de 18% da população, vive nas cidades. Apesar disso, Daca, a capital e maior cidade do país, é considerada uma das maiores cidades do mundo (em termos de população), tendo mais de sete milhões de habitantes residindo dentro de seus limites e mais de cinco milhões nas cidades e povoados periféricos.

Mais sobre Bangladesh

Informação básica
  • Código de chamada +880
  • Domínio da Internet .bd
  • Mains voltage 220V/50Hz
  • Democracy index 5.99
Population, Area & Driving side
  • População 169356251
  • Área 147570
  • Lado de condução left
Histórico
  • Antiguidade e chegada do islão
     Ver artigos principais: Bengala, Mahajanapadas, Império Máuria, Reino de Mágada, Império Gupta, Império Pala, Sultanato de Déli, Império Mogol e Nababo de Bengala
     
    Ruínas do Somapura Mahavihara em Naogaon

    Vestígios de civilizações na grande região de Bengala remontam a quatro mil anos, quando a área foi colonizada por dravidianos, indo-áricos,...Ler mais

    Antiguidade e chegada do islão
     Ver artigos principais: Bengala, Mahajanapadas, Império Máuria, Reino de Mágada, Império Gupta, Império Pala, Sultanato de Déli, Império Mogol e Nababo de Bengala
     
    Ruínas do Somapura Mahavihara em Naogaon

    Vestígios de civilizações na grande região de Bengala remontam a quatro mil anos, quando a área foi colonizada por dravidianos, indo-áricos, tibeto-birmaneses e austro-asiáticos. A origem exata da palavra Bangla ou Bengal não é clara, embora acredita-se seja derivada de Bang/Vanga, a tribo de língua dravidiana que se instalou na região por volta do ano 1 000 a.C. Sob o domínio islâmico, a área passou a ser conhecida no mundo muçulmano em persa como Bangalah.[1][2]

    O islão foi introduzido na região de Bengala durante o século VII por comerciantes e missionários árabes muçulmanos sufistas, sendo que a conquista muçulmana subsequente de Bengala no século XII para o enraizamento do islã em toda a região.[3] Bakhtiar Khilji, um general turcomano, derrotou Lakshman Sen da dinastia Sena e conquistou grandes partes da área no ano 1204.[carece de fontes?]

    A região então passou a ser governada pelo Sultanato de Bengala e pela Confederação Baro-Bhuiyan pelos próximos cem anos. Por volta do século XV, o Império Mogol passou a controlar Bengala e Daca se tornou um importante centro provincial de administração mogol. A região foi provavelmente a parte mais rica do subcontinente indiano até o século XVI.[carece de fontes?]

    Colonização europeia
     Ver artigo principal: Índia britânica
     
    A Batalha de Plassey (1757) estabeleceu o domínio britânico na região[4]

    De 1517 em diante, os comerciantes portugueses de Goa foram percorrendo o caminho marítimo para Bengala. Apenas em 1537 eles foram autorizados a instalar postos comerciais em Chatigão. Em 1577, o imperador mogol Akbar permitiu que os portugueses construíssem assentamentos permanentes e igrejas em Bengala.[5]

    A influência dos comerciantes europeus cresceu até a Companhia Britânica das Índias Orientais conquistar o controle de Bengala após a Batalha de Plassey, em 1757.[6] A sangrenta Rebelião Indiana de 1857 resultou em uma transferência de autoridade para a coroa com o vice-rei britânico executando a administração local.[7] Durante o domínio colonial, houve várias crises de fome na Ásia Meridional, incluindo a Fome de 1943 em Bengala, que foi induzida pela guerra de 1943 e que custou 3 milhões de vidas.[8]

    Após a fundação da Índia Britânica, Bengala ainda estava sob a forte influência da cultura britânica, como na arquitetura e na arte. O movimento de independência da Índia ainda estava em andamento no esforço para derrubar o Império Britânico e muitos bengalis contribuíram para esse esforço. Ao mesmo tempo que os conflitos entre islâmicos e hindus ocorriam, entre 1905 e 1911, foi feita uma tentativa frustrada de dividir a província de Bengala em dois Estados.[9]

    Paquistão Oriental
     Ver artigos principais: Partição da Índia, Paquistão Oriental e Guerra de Independência de Bangladesh
     
    Sheikh Mujibur Rahman, o líder fundador do país

    Após o colapso do domínio britânico na região em 1947, Bengala foi dividida em áreas religiosas, sendo a parte ocidental anexada pela Índia recém-independente e a parte oriental (de maioria muçulmana) unida ao Paquistão como uma província chamada Bengala Oriental (mais tarde renomeada Paquistão Oriental), com a cidade de Daca como sua capital.[10]

    Apesar do peso econômico e demográfico do oriente, o governo e os militares paquistaneses eram amplamente dominados pelas elites do Paquistão Ocidental. O Movimento pela Língua Bengali, em 1952, foi o primeiro sinal de atrito entre as duas regiões que formavam o Paquistão.[11] A insatisfação com o governo central sobre questões econômicas e culturais continuaram a subir durante a década seguinte, durante a qual a Liga Awami surgiu como a voz política da população bengali. Manifestações por autonomia aumentaram na década de 1960 e, em 1966, seu presidente, o Sheikh Mujibur Rahman (Mujib), foi preso; ele foi lançado em 1969 depois de uma revolta popular sem precedentes. Em 1970, um ciclone devastou a costa do Paquistão Oriental e matou até meio milhão de pessoas,[12] sendo que a resposta do governo central foi vista como insuficiente. A raiva da população bengali foi agravada quando Mujibur Rahman, cujo partido, a Liga Awami havia conquistado a maioria parlamentar nas eleições de 1970, foi impedido de assumir a chefia do governo.[13]

    O presidente Yahya Khan e os militares então lançaram[14] um ataque militar sustentado no Paquistão Oriental, quando prenderam Mujibur Rahman na madrugada de 26 de março de 1971. Os métodos de Yahya foram extremamente sangrentos e a violência da guerra resultou em muitas mortes de civis.[15] Os principais alvos de Yahya eram intelectuais e hindus, sendo que cerca de um milhão de refugiados fugiram para a vizinha Índia.[16] As estimativas dos massacrados em toda a guerra de independência variam entre 30 mil e 3 milhões de pessoas.[17] Mujibur Rahman foi finalmente solto em 8 de janeiro de 1972, como resultado da intervenção direta dos Estados Unidos.[18]

    James Heitzman and Robert L. Worden, ed. (1989). «Early History, 1000 B.C.-A.D. 1202». Bangladesh: A country study. [S.l.]: Library of Congress. ISBN 82-90584-08-3. OCLC 15653912  Bharadwaj, G (2003). «The Ancient Period». In: Majumdar, RC. History of Bengal. [S.l.]: B.R. Publishing Corp  Eaton, R (1996). The Rise of Islam and the Bengal Frontier. [S.l.]: University of California Press. ISBN 0-520-20507-3. OCLC 26634922  Sat D. Sharma, India Marching: Reflections from a Nationalistic Perspective, page 140, iUniverse, 2012, ISBN 978-1-4759-1422-1 D'Costa, Jerome (1986). Bangladeshey Catholic Mondoli (The Catholic Church in Bangladesh). [S.l.]: Dhaka: Pratibeshi Prakashani  Baxter Baxter, pp. 30–32 Sen, Amartya (1973). Poverty and Famines. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 0-19-828463-2. OCLC 10362534  Baxter, pp. 39–40 Collins, L; D Lapierre (1986). Freedom at Midnight, Ed. 18. [S.l.]: Vikas Publishers, New Delhi. ISBN 0-7069-2770-2  Baxter, pp. 62–63 Bangladesh cyclone of 1991. Britannica Online Encyclopedia. Baxter, pp. 78–79 Salik, Siddiq (1978). Witness to Surrender. [S.l.]: Oxford University Press. ISBN 0-19-577264-4  Rummel, Rudolph J., "Statistics of Democide: Genocide and Mass Murder Since 1900", ISBN 3-8258-4010-7, Capítulo 8, tabela 8.1. LaPorte, R (1972). «Pakistan in 1971: The Disintegration of a Nation». Asian Survey. 12 (2): 97–108. doi:10.1525/as.1972.12.2.01p0190a  Rummel, Rudolph J., "Statistics of Democide: Genocide and Mass Murder Since 1900", ISBN 3-8258-4010-7, Chapter 8, Table 8.2 Pakistan Genocide in Bangladesh Estimates, Sources, and Calculations. Sheikh Mujibur Rehman release and events on 8 January 1972. Pakblog.net (janeiro de 2012). Acessado em 26 de junho de 2012.
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