Contexto de Butão

Butão (em butanês: འབྲུག་ཡུལ་; romaniz.: Dru Ü, pronúncia: [ʈʂɦu yː], lit. "Terra do Dragão"), oficialmente Reino do Butão (འབྲུག་རྒྱལ་ཁབ་ Druk Gyal Khap), é um país interior localizado no sul da Ásia, no extremo leste dos Himalaias. Faz fronteira a norte com a China e para o sul, leste e oeste pela Índia. Mais a oeste, está separado do Nepal pelo estado indiano de Siquim, enquanto mais ao sul está separado de Bangladesh pelos estados indianos de Assam e Bengala Ocidental. A capital e maior cidade do Butão é Thimbu.

O Butão existia como uma manta de retalhos de pequenos feudos em guerra até o início do século XVII, quando o lama e líder militar Shabdrung Ngawang Namgyal, fugindo da perseguição religiosa no Tibete, unificou a áre...Ler mais

Butão (em butanês: འབྲུག་ཡུལ་; romaniz.: Dru Ü, pronúncia: [ʈʂɦu yː], lit. "Terra do Dragão"), oficialmente Reino do Butão (འབྲུག་རྒྱལ་ཁབ་ Druk Gyal Khap), é um país interior localizado no sul da Ásia, no extremo leste dos Himalaias. Faz fronteira a norte com a China e para o sul, leste e oeste pela Índia. Mais a oeste, está separado do Nepal pelo estado indiano de Siquim, enquanto mais ao sul está separado de Bangladesh pelos estados indianos de Assam e Bengala Ocidental. A capital e maior cidade do Butão é Thimbu.

O Butão existia como uma manta de retalhos de pequenos feudos em guerra até o início do século XVII, quando o lama e líder militar Shabdrung Ngawang Namgyal, fugindo da perseguição religiosa no Tibete, unificou a área cultivada e uma identidade distinta butanesa. Mais tarde, no início do século XX, o Butão entrou em contato com o Império Britânico e manteve fortes relações bilaterais com a Índia sobre a sua independência. Em 2006, baseado em uma pesquisa global, a revista BusinessWeek avaliou o Butão o país mais feliz na Ásia e o oitavo país mais feliz do mundo.

A paisagem do Butão varia de planícies subtropicais no sul às alturas sub-alpinas no norte dos Himalaias, onde alguns picos excedem a altitude de 7 000 metros. Em 1997 a área total foi relatada como cerca de 46 500 km² e de 38 394 km² em 2002. A religião oficial é o budismo vajrayana e é seguida pela grande maioria da população, estimada 802 163 em 2017. O hinduísmo é a segunda maior religião.

Em 2008, o Butão fez a transição da monarquia absoluta para a monarquia constitucional e realizou a sua primeira eleição geral. Além de ser um membro da Organização das Nações Unidas, Butão é um membro da Associação Sul-Asiática para a Cooperação Regional (SAARC) e organizou em abril de 2010 o XVI congresso da SAARC.

Mais sobre Butão

Informação básica
  • Código de chamada +975
  • Domínio da Internet .bt
  • Mains voltage 230V/50Hz
  • Democracy index 5.71
Population, Area & Driving side
  • População 807610
  • Área 38394
  • Lado de condução left
Histórico
  • A tradição situa o início da sua história no século VII, quando o rei tibetano Songtsen Gampo construiu os primeiros templos budistas nos vales de Paro e de Bumthang. No século VIII, é introduzido o budismo tântrico pelo Guru Rimpoché, "O Mestre Precioso", considerado o segundo Buda na hierarquia tibetana e butanesa.

    Os séculos IX e X são de grande turbulência política no Tibete e muitos aristocratas vieram instalar-se nos vales do Butão onde estabeleceram o seu poder feudal.

    Nos séculos seguintes, a atividade religiosa começa a adquirir grande vulto e são fundadas várias seitas religiosas, dotadas de poder temporal por serem protegidas por facções da aristocracia. No Butão estabeleceram-se dois ramos, embora antagônicos, da seita Kagyupa. A sua coexistência será interrompida pelo príncipe tibetano Ngawang Namgyel que, fugido do Tibete, no século XVII unifica o Butão com o apoio da seita Drukpa, tornando-se no primeiro Shabdrung do Butão, "aquele a cujos pés todos se prostram". Ele mandaria construir as mais importantes fortalezas do país que tinham como função suster as múltiplas invasões mongóis e tibetanas. O relato da época foi feito por Estêvão Cacella, o primeiro europeu a entrar no Butão. Este missionário jesuíta português, que viajou através dos Himalaias em 1626, encontrou-se com o Shabdrung Ngawang Namgyel e no fim de uma estadia de quase oito meses escreveu uma longa carta do Mosteiro Chagri relatando as suas viagens. Este é o único relato deste Shabdrung que resta.[1] A partir do seu reinado estabeleceu-se um sistema político e religioso que vigoraria até 1907, em que o poder é administrado por duas entidades, uma temporal e outra religiosa, sob a supervisão do Shabdrung.

    Desde sempre que o Butão só mantinha relações com os seus vizinhos na esfera cultural do Tibete (Tibete, Ladaque e Siquim) e com o reino de Cooch Behar na sua fronteira sul. Com a presença dos ingleses na Índia, no século XIX, e após alguns conflitos relacionados com direitos de comércio, dá-se a guerra de Duar em que o Butão perdeu uma faixa de terra fértil ao longo da sua fronteira sul. Ao mesmo tempo, o sistema político vigente enfraquecia por a influência dos governadores regionais se tornar cada vez mais poderosa. O país corria o risco de se dividir novamente em feudos.

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    A tradição situa o início da sua história no século VII, quando o rei tibetano Songtsen Gampo construiu os primeiros templos budistas nos vales de Paro e de Bumthang. No século VIII, é introduzido o budismo tântrico pelo Guru Rimpoché, "O Mestre Precioso", considerado o segundo Buda na hierarquia tibetana e butanesa.

    Os séculos IX e X são de grande turbulência política no Tibete e muitos aristocratas vieram instalar-se nos vales do Butão onde estabeleceram o seu poder feudal.

    Nos séculos seguintes, a atividade religiosa começa a adquirir grande vulto e são fundadas várias seitas religiosas, dotadas de poder temporal por serem protegidas por facções da aristocracia. No Butão estabeleceram-se dois ramos, embora antagônicos, da seita Kagyupa. A sua coexistência será interrompida pelo príncipe tibetano Ngawang Namgyel que, fugido do Tibete, no século XVII unifica o Butão com o apoio da seita Drukpa, tornando-se no primeiro Shabdrung do Butão, "aquele a cujos pés todos se prostram". Ele mandaria construir as mais importantes fortalezas do país que tinham como função suster as múltiplas invasões mongóis e tibetanas. O relato da época foi feito por Estêvão Cacella, o primeiro europeu a entrar no Butão. Este missionário jesuíta português, que viajou através dos Himalaias em 1626, encontrou-se com o Shabdrung Ngawang Namgyel e no fim de uma estadia de quase oito meses escreveu uma longa carta do Mosteiro Chagri relatando as suas viagens. Este é o único relato deste Shabdrung que resta.[1] A partir do seu reinado estabeleceu-se um sistema político e religioso que vigoraria até 1907, em que o poder é administrado por duas entidades, uma temporal e outra religiosa, sob a supervisão do Shabdrung.

    Desde sempre que o Butão só mantinha relações com os seus vizinhos na esfera cultural do Tibete (Tibete, Ladaque e Siquim) e com o reino de Cooch Behar na sua fronteira sul. Com a presença dos ingleses na Índia, no século XIX, e após alguns conflitos relacionados com direitos de comércio, dá-se a guerra de Duar em que o Butão perdeu uma faixa de terra fértil ao longo da sua fronteira sul. Ao mesmo tempo, o sistema político vigente enfraquecia por a influência dos governadores regionais se tornar cada vez mais poderosa. O país corria o risco de se dividir novamente em feudos.

    Um desses governadores, o "Penlop" de Tongsa, Ugyen Wangchuck, que já controlava o Butão central e oriental, conseguiria dominar os seus opositores de Thimbu e, assim, implantar a sua influência sobre todo o país. Em 1907 seria coroado rei do Butão, após consultas ao clero, à aristocracia e ao povo, e com a aliança dos ingleses. Foi assim criada a monarquia hereditária que hoje vigora.

    Estêvão Cacella - página em Bhutannica.org
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