Vila Adriana (em latim: Villa Hadriana) é um antigo complexo palaciano construído, no século II, para o Imperador Adriano. Situado na cidade de Tivoli, a uma trintena de quilómetros de Roma, figura entre os mais ricos conjuntos monumentais da Antiguidade. A vila, actualmente em ruínas, está repartida sobre uma superfície de 120 hectares, dos quais 40 estão visíveis.

Segundo a História Augusta atribuída a Élio Esparciano, Adriano "adornou edifícios admiráveis na sua vila de Tibur: veem-se os nomes das mais célebres províncias e lugares, tais como o Liceu, a Academia, o Pritaneu, o Canopo, o Pórtico Pintado, o vale de Tempe. Não querendo omitir nada, fez mesmo representar a residência das sombras". Deduz-se geralmente desta citação que a vila evoca na sua arquitectura as obras e os lugares que Adriano viu através das numerosas viagens que fez pelo Império Romano.

 Busto de Adriano, museu arqueológico de Veneza.

Amante de arte, Adriano era um apaixonado pela arquitectura, tendo desenhado, ele próprio, edifícios (manifestou mesmo uma predilecção particular pelos edifícios com cúpula). Também deu prova de um cuidado particular par escolher o lugar da nova residência imperial que decidiu construir desviada de Roma: selecionou um planalto situado sobre os declives dos montes Tiburtinos, situados a 17 milhas romanas a partir da Porta Esquilina (cerca de 28 km.). A zona compreendia numerosas pedreiras (travertino, pozolana e tufo) para alimentar os trabalhos; era provida de água por quatro aquedutos, elemento crucial para as termas romanas e para as fontes. O planalto já estava ocupado por uma vila da época republicana, construída no tempo de Sula e ampliada sob Júlio César, a qual pertencia à família da esposa de Adriano, Sabina, e seria integrada no Palácio Imperial.[1]

Depois do estudo do sistema de canalizações e dos esgotos, é possível que o complexo tenha sido concebido na sua globalidade desde o início, apesar da impressão de livre improvisação provocada pela distribuição assimétrica e disseminada das construções.

O conjunto foi construído em duas ou três fases muito ativas, de 118 a 121, de 125 a 128 e de 134 a 138, entrecortados por períodos de trabalhos menos sustentados, como testemunham os tijolos que contêm as datas consulares, encontrados no meio dos edifícios.[1] Depois da morte de Adriano, os seus sucessores continuaram, sem dúvida, a deslocar-se a Tivoli, como testemunham os planeamentos do século III, embora de seguida a vila tenha sido progressivamente abandonada e caído no esquecimento durante a Idade Média.

A partir do Renascimento, o humanista Flavio Biondo foi o primeiro a pôr um nome sobre as ruínas. A vila passou a ser frequentada por artistas como Piranesi, arquitectos como Sangalo ou Borromini e amantes de antiguidades que a pilharam das suas obras artísticas e dos seus elementos arquitectónicos. Entre o século XVI e o século XIX, a vila foi explorada e as centenas de obras descobertas partiram para enriquecer as coleções privadas e os grandes museus da Europa.[1]

Em 1870, o domínio regressou à posse do governo italiano que procedeu a escavações e restauros: estes revelaram a espantosa arquitectura dos seus edifícios, e por vezes mesmo estuques e mosaicos.

As escavações metódicas foram efetuadas com técnicas modernas, principalmente cerca de 1950 no "Teatro Marítimo" e no "Canopo", e no final da década de 1970 na "piazza d’Oro". No entanto a maior parte do lugar permanece por explorar.

A Vila Adriana foi incluída, em 1999, na Lista do Património Mundial da UNESCO.

a b c Henri Stierlin, Hadrien et l’architecure romaine
Fotografias por:
Carole Raddato from FRANKFURT, Germany - CC BY-SA 2.0
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