Picos de Europa

( Picos da Europa )

Os Picos da Europa são uma formação montanhosa situada no norte da Espanha, que constitui a parte central da cordilheira Cantábrica. Embora não seja muito extensa, a sua proximidade do mar faz com que seja pródigo em acidentes geográficos de grande interesse. A área é um parque nacional desde 1918, que é o mais antigo e o mais visitado da Espanha, a seguir ao Parque Nacional do Teide, em Tenerife. Em 2003 a área do parque foi declarada uma reserva da biosfera e desde 2017 que duas áreas de floresta do parque estão incluídas no sítio do Património Mundial da UNESCO "Florestas primárias e antigas de faias dos Cárpatos e de outras regiões da Europa".

É uma formação calcária, com 674 km² de área, que se estende pelas comunidades autónomas das Astúrias, Cantábria e Castela e Leão, com vários cumes com mais de 2 500 metros de altitude, perto da costa do mar Cantábrico (as zonas mais setentrionais distam apenas 15 km da costa). Apesar de geograficamente fazerem parte da cordil...Ler mais

Os Picos da Europa são uma formação montanhosa situada no norte da Espanha, que constitui a parte central da cordilheira Cantábrica. Embora não seja muito extensa, a sua proximidade do mar faz com que seja pródigo em acidentes geográficos de grande interesse. A área é um parque nacional desde 1918, que é o mais antigo e o mais visitado da Espanha, a seguir ao Parque Nacional do Teide, em Tenerife. Em 2003 a área do parque foi declarada uma reserva da biosfera e desde 2017 que duas áreas de floresta do parque estão incluídas no sítio do Património Mundial da UNESCO "Florestas primárias e antigas de faias dos Cárpatos e de outras regiões da Europa".

É uma formação calcária, com 674 km² de área, que se estende pelas comunidades autónomas das Astúrias, Cantábria e Castela e Leão, com vários cumes com mais de 2 500 metros de altitude, perto da costa do mar Cantábrico (as zonas mais setentrionais distam apenas 15 km da costa). Apesar de geograficamente fazerem parte da cordilheira Cantábrica, os Picos da Europa são considerados uma unidade independente devido a serem de formação mais recente.[carece de fontes?] Estão divididos em três maciços: o ocidental ou Cornión, o central ou dos Urrieles e o oriental ou de Ándara.

Os Picos da Europa são a terceira cordilheira mais alta da Península Ibérica, a seguir à Serra Nevada e aos Pirenéus. As montanhas mais altas encontram-se no maciço dos Urrieles, conhecido por ser o mais agreste do três, pois 14 dos seus cumes ultrapassam os 2 600 m de altitude. O Torre Cerredo é o mais alto, com 2 650 m. Outra montanha que se destaca e que é famosa é o Naranjo de Bulnes [es] (em asturiano: Picu Urriellu), cuja primeira escalada, ocorrida em 1904, se considera como o marco que assinala o início do alpinismo espanhol. Essa primeira ascensão foi realizada por Pedro Pidal [es], marquês de Villaviciosa e o seu companheiro de escalada e guia Gregorio Pérez Demaría (o cainejo), um pastor natural da aldeia montanhesa de Caín, do município de Posada de Valdeón.

No maciço ocidental, ou Cornión, assim chamado devido à sua silhueta ter a forma de um corno quando se avista desde oeste, destaca-se o cume da Torre Santa [es] (também conhecida como Peña Santa de León), cuja altitude de 2 596 m supera em 110 m o cume seguinte do maciço, a Torre de Santa Maria [es] (também conhecida como Peña Santa de Enol). Devido a estas montanhas, o maciço ocidental é também conhecido como Peñas Santas.

O maciço oriental, também chamado de Ándara por nele se situar o circo com esse nome, é o mais modesto, tanto em termos de altitudes como em termos de verticalidade. O seu cume mais alto é a Morra de Lechugales [es], com 2 444 m.

 Túmulo de Pelágio, o primeiro rei das Astúrias (r. 718–737), em Covadonga

Os indícios mais antigos de povoamento dos Picos da Europa datam do Neolítico, quando já havia animais domesticados. As populações dessa época viviam nos vales e sazonalmente deslocavam-se para as pastagens altas, onde os seus animais tinham alimento abundante. Entre os séculos II e I a.C. os celtas chegaram à região. Os celtas tinham propensão para divinizar os fenómenos e elementos naturais e o principal deus dos que viviam nos Picos era o Mons Vindius ou Monte Branco, uma alusão aos penhascos esbranquiçados dos maciços central e ocidental. Os dois povos celtas que habitaram a cordilheira na Antiguidade, os ástures e os cântabros, tinham fama de invencíveis na guerra e para só se submeteram a Roma após décadas de confrontos, nos quais chegou a envolvido Júlio César. Os territórios dos ástures e os cântabros só passaram para a posse dos romanos após as Guerras Cantábricas (29 19 a.C.).[1]

Quando a Península Ibérica foi invadida em 711–713 por forças do Califado Omíada, as montanhas foram novamente cruciais para a defesa dos ástures e a primeira vitória de cristãos sobre os muçulmanos ocorreu em 722 em Covadonga, marcando o início da Reconquista. Nessa batalha, um reduzido exército comandado por um nobre asturiano, Pelágio. Ao longo da Idade Média ganham importância as igrejas e mosteiros e são fundadas aldeias e são construídos caminhos. Os habitantes viviam da caça e da pecuária. A fauna selvagem era de tal forma abundante que há registo de que no século XVI os homens de Abamia, no concelho de Cangas de Onís, iam à missa armados com lanças. O isolamento geográfico ajudou a manter as paisagens e as tradições sem alterações até à atualidade.[1]

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