تدمر

( Palmira )

Palmira (em aramaico: ܬܕܡܘܪܬܐ‎; romaniz.:Tedmurtā; em árabe: تدمر‎; romaniz.:Tadmor) foi uma antiga cidade semita, situada num oásis perto da atual cidade de Tadmor, na província de Homs, no centro da Síria, 215 km a nordeste da capital síria, Damasco. Fundada durante o Neolítico, a cidade foi documentada pela primeira vez no início do segundo milénio a.C. como uma paragem de caravanas que atravessavam o deserto Sírio. A cidade aparece nos anais dos reis assírios e é possível que seja mencionada na Bíblia hebraica. Foi incorporada no Império Selêucida (séculos IV a.C.I d.C.) e posteriormente no Império Romano, sob o qual prosperou.

A localização estratégica da cidade, aproximadamente a meio caminho entre o mar Mediterrâneo e o rio Eufrates, fez dela ...Ler mais

Palmira (em aramaico: ܬܕܡܘܪܬܐ‎; romaniz.:Tedmurtā; em árabe: تدمر‎; romaniz.:Tadmor) foi uma antiga cidade semita, situada num oásis perto da atual cidade de Tadmor, na província de Homs, no centro da Síria, 215 km a nordeste da capital síria, Damasco. Fundada durante o Neolítico, a cidade foi documentada pela primeira vez no início do segundo milénio a.C. como uma paragem de caravanas que atravessavam o deserto Sírio. A cidade aparece nos anais dos reis assírios e é possível que seja mencionada na Bíblia hebraica. Foi incorporada no Império Selêucida (séculos IV a.C.I d.C.) e posteriormente no Império Romano, sob o qual prosperou.

A localização estratégica da cidade, aproximadamente a meio caminho entre o mar Mediterrâneo e o rio Eufrates, fez dela num ponto de paragem obrigatório para muitas das caravanas que percorriam importantes rotas comerciais, nomeadamente a Rota da Seda. A riqueza da cidade possibilitou a edificação de estruturas monumentais. No século III a.C., Palmira era uma metrópole próspera e um centro regional, com um exército suficientemente poderoso para derrotar o Império Sassânida em 260, durante o reinado de Odenato, que foi assassinado em 267. Odenato foi sucedido pelos seus jovens filhos, sob a regência da rainha Zenóbia, que começou a invadir as províncias romanas orientais em 270. Os governantes palmirenos adotaram títulos imperiais em 271. O imperador Aureliano (r. 270–275) derrotou a cidade em 272 e destruiu-a em 273, na sequência de uma segunda rebelião fracassada. Palmira foi um centro de menor importância durante os períodos bizantino, Ortodoxo, omíada, abássida e mameluco e os seus vassalos. Os Timúridas destruíram-na em 1440 e a partir ficou reduzida a uma pequena aldeia, que pertenceu ao Império Otomano até 1918, depois ao Reino da Síria e ao Mandato Francês da Síria. O local da antiga cidade foi definitivamente abandonado em 1932, quando os últimos habitantes foram transferidos para a nova aldeia de Tadmur. As escavações sistemáticas e em larga escala das ruínas foram iniciadas em 1929. Em maio de 2015, Palmira ficou sob o controlo do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que destruiu vários monumentos da antiga cidade.

Etnicamente, os palmirenos eram essencialmente uma mistura de arameus, amoritas e árabes, existindo também uma minoria de judeus. A estrutura social da cidade era tribal e os habitantes falavam palmirena (um dialeto aramaico) e grego. Ambas as línguas foram substituídas pelo árabe depois da conquista árabe em 634. A cultura de Palmira, influenciada pelas culturas greco-romana e persa, produziu arte e arquitetura originais. Os habitantes adoravam divindades locais e deuses mesopotâmicos e árabes. Converteram-se ao cristianismo durante o século IV e depois ao islão durante a segunda metade do primeiro milénio. A organização política palmirena foi influenciada pelo modelo grego da cidade-estado. A cidade era governada por um senado, o qual era responsável pelas obras públicas e forças armadas. Após tornar-se uma colónia romana, Palmira adotou instituições romanas antes de adotar um sistema monárquico em 260. Os palmirenos, conhecidos como mercadores, estabeleceram colónias ao longo da Rota da Seda e operaram em grande parte do Império Romano.

As escavações no sítio arqueológico de Palmira revelaram evidências de um povoado neolítico perto de Efca,[1] onde foram encontrados alguns utensílios de pedra datados de 7 500 a.C. Estudos acústicos no tel abaixo do Templo de Bel indicam vestígios de atividade de culto que remontam a 2 300 a.C.[2][3][4]

Período primitivo

Palmira aparece nos registos históricos durante a Idade do Bronze, c.2 000 a.C., quando Puzuristar, o Tadmoreano negociou um contrato com a colónia assíria de Cultepe, na Capadócia.[5][6] Foi depois mencionada nas tábuas de Mari[nt 1] como uma paragem para caravanas de comércio e tribos nómadas, como os suteanos.[7] O rei Samsiadade I da Assíria passou pela área a caminho do Mediterrâneo, no início do século XVIII a.C.,[8] quando Palmira era o ponto mais oriental do Reino de Catna.[9]

 A nascente Efca, que secou em 1994[10]

A cidade é mencionada numa tábua do século XIII a.C. descoberta em Emar, onde estão registados os nomes de duas testemunhas "tadmoreanas". No início do século XI a.C., o rei assírio Tiglate-Pileser I registou a sua vitória sobre os "arameus de Tadmar".[7]

A Bíblia hebraica (Segundo Livro das Crónicas 8:4) descreve Tadmor como uma cidade do deserto construída (ou fortificada) pelo rei Salomão de Israel.[11] O Talmude também menciona a cidade no Yevamot 17a-b.[12] Flávio Josefo fala na cidade usando o seu nome grego "Palmira", atribuindo a sua fundação a Salomão, no Livro VIII das Antiguidades Judaicas.[13] Tradições islâmicas posteriores atribuem a fundação da cidade ao génio (jinn) de Salomão.[14] A associação de Palmira a Salomão pode ser uma confusão com "Tadmor" e a cidade fundada por Salomão na Judeia que aparece com o nome de "Tamar" no Livro dos Reis (9:18). A descrição bíblica de Tadmor e dos seus edifícios não é compatível com os achados arqueológicos em Palmira, que era um pequeno povoado durante o reino de Salomão no século X a.C.[15]

Períodos helenístico e romano  Templo de Baal-Shamin

Durante o período helenístico Palmira esteve sob o domínio dos Selêucidas entre 312 e 64 a.C.[16] e tornou-se uma cidade próspera.[15] Em 217 a.C., um força militar palmirena comandada por Zabdibel[nt 2] juntou-se ao exército do rei Antíoco III na batalha de Ráfia.[18] Em meados da era helenística Palmira, que até aí ocupava a margem sul do uádi Alcubur, começou a expandir-se para a margem norte.[19] No final do século II a.C., os túmulos de torre do Vale Palmireno dos Túmulos e os templos da cidade, nomeadamente os de Baal-Shamin, Alat e o templo helenístico, começaram a ser construídos.[15][18][20]

Em 64 a.C., a República Romana anexou o Império Selêucida e o general romano Pompeu estabeleceu a província romana da Síria. Palmira manteve-se independente,[18] com relações comerciais com Roma e a Pártia, mas não pertencendo a nenhuma destas potências.[21] A inscrição mais antiga em palmireno data de cerca de 44 a.C.;[22] Palmira era ainda um xarifado menor, que abastecia de água as caravanas que ocasionalmente usavam a rota do deserto em que a cidade se situava.[23] Não obstante, segundo Apiano, Palmira era suficientemente rica para que Marco António enviasse uma força militar para a conquistar em 41 a.C. Os palmirenos retiraram para terras partas, a leste do Eufrates,[21] que prepararam para defender.[22]

Região autónoma do Império Romano  Santuário principal do Templo de Bel Arco monumental na parte central da Grande Colunata, a rua principal da cidade

Palmira tornou-se parte do Império Romano quando foi anexada e começou a pagar tributo, durante o início do reinado de Tibério, ca. 14 d.C.[18][24][nt 3] Os romanos incluíram Palmira na província da Síria[24] e definiram os limites dos territórios controlados pela cidade, que incluíam numerosas aldeias.[25] Foi encontrada uma marca de fronteira colocada por Silano, governador da província da Síria entre 13 e 17 d.C., 75 km a nordeste da cidade, em Khirbet el-Bilaas.[26] Cerca de 90 km a sudoeste, foi encontrada uma marca fronteiriça no Palácio do Parque de Caça Ocidental e a fronteira oriental estendia-se até ao vale do Eufrates.[27] A ligação ao mundo romano trouxe grande prosperidade à cidade, que teve um estatuto privilegiado, mantendo grande parte da sua autonomia[18] e incorporando ao seu governo as instituições típicas das cidades-estado gregas.[nt 4]

O texto em palmireno mais antigo atestando a presença romana na cidade data de 18 d.C., quando o general romano Germânico tentou estabelecer relações amistosas com a Pártia. Ele enviou o palmireno Alexandre a Mesena um reino vassalo parta.[29][nt 5] Depois disso, a X Legião Fratense (Legio X Fretensis) chegou a Palmira.[31][nt 6] A autoridade romana durante o século I foi mínima, embora os cobradores de impostos fossem residentes[33] e tivesse sido construída uma estrada entre Palmira e Sura no ano 75.[34][nt 7] Os romanos usaram soldados palmirenos,[35] mas ao contrário do que era comum nas típicas cidades romanas, não há registo de magistrados ou prefeitos locais.[34] Durante o século I a atividade de construção foi intensa; as primeiras fortificações muralhadas[31] e o Templo de Bel (terminado e consagrado em 32 d.C.) datam dessa altura.[36] Durante esse século passou de um entreposto de caravanas do deserto para um centro de comércio de primeira importância[23][nt 8] e os mercadores palmirenos estabeleceram colónias nos centros de comércio em redor da cidade.[29]

O comércio de Palmira atingiu o seu auge durante o século II,[38] impulsionado por dois fatores. O primeiro foi uma rota comercial[39] protegida por guarnições nos pontos principais, entre as quais a guarnição de Dura Europo, estabelecida em 117.[40] O segundo fator foi a anexação em 106 de Petra, a capital nabateia, que contribuiu decisivamente para que o controlo do comércio das rotas comerciais provenientes da península Arábica passasse dos nabateus para os palmirenos.[18][nt 9]

 A scaenae frons (cenário) do Teatro romano de Palmira

Em 129, Palmira foi visitada pelo imperador Adriano (r. 117–138), que a batizou Palmira Adriana e lhe concedeu o estatuto de cidade livre (civitas libera).[42][43] Adriano promoveu o helenismo em todo o império e o modelo usado em Palmira à sua expansão urbana foi o das cidades gregas. Isso conduziu a novos empreendimentos, que incluíram o teatro, a Grande Colunata e o templo de Nabu.[44] A autoridade romana em Palmira foi reforçada em 167, quando a I Ala dos Trácios Hercúleos (Ala I Thracum Herculiana) foi instalada na cidade como guarnição.[45]

Na década de 190 Palmira foi incluída na província da Fenícia, recém-criada pelos imperadores da dinastia severa.[46] No final do século II, a cidade iniciou a transição de uma cidade-estado de tipo grego para uma monarquia[47] e o desenvolvimento urbano diminuiu. A ascensão ao trono imperial romano da dinastia severa (193–235) teve um papel determinante nessa transição política em Palmira.[48] A nova dinastia trouxe benefícios à cidade,[49] que passou a ter a I Coorte Flávia dos Calcedónios (Cohors I Flavia Chalcidenorum) como guarnição em 206.[50] As milícias palmirenas tiveram um papel importante na proteção das fronteiras romanas na Síria Oriental.[51] Caracala deu à cidade o estatuto de colónia romana entre 213 e 216, substituindo muitas instituições gregas por romanas.[47] As guerras romano-partas promovidas pelos Severos, entre 194 e 217, influenciaram a segurança regional e afetaram negativamente o comércio de Palmira.[49][52] As caravanas começaram a ser assaltadas por bandidos em 199, o que levou a que a presença militar na cidade fosse reforçada.[49] A cidade empenhou mais energia na defesa do Oriente romano do que no comércio e a sua importância cresceu,[51] tendo recebido uma visita do imperador Alexandre Severo pouco antes deste morrer em 235.[49]

Reino de Palmira  Busto que alguns académicos pensam ser de Odenato. A coroa de louros sugere um governante de estilo romano.[53]

A ascensão do Império Sassânida na Pérsia implicou graves consequências negativas ao comércio de Palmira. Os Sassânidas desmantelaram as colónias palmirenas nos seus territórios[54] e deram início a uma guerra com o Império Romano.[55] Numa inscrição datada de 252, Odenato é mencionado num documento com o título de exarco (senhor) de Palmira.[56][57] O enfraquecimento do Império Romano e o perigo constante representado pelos persas foram provavelmente as razões que levaram o conselho de Palmira a eleger um líder para a cidade que fosse o comandante de um exército poderoso.[58] Quando Odenato contactou o xá Sapor I (r. 240–270), o seu pedido para garantir os interesses de Palmira na Pérsia foi recusado. O líder palmireno combateu Sapor depois da derrota dos romanos em 260 na Batalha de Edessa, que terminou com a captura do imperador Valeriano (r. 253–268).[59]

Guerras Persas

Odenato reuniu então um exército de palmirenos, camponeses e o que restava dos soldados romanos na região, com o objetivo de combater Sapor.[59] Segundo a História Augusta, Odenato autoproclamou-se rei antes dos combates.[60] Os palmirenos obtiveram uma vitória decisiva perto das margens do Eufrates em 260, forçando os persas a retirar. A seguir a essa batalha, um dos oficiais de Valeriano, Macriano Maior (r. 259–261), os seus filhos Quieto e Macriano (r. 260–261) e o prefeito Balista rebelaram-se contra o filho de Valeriano, Galiano (r. 253–268), usurpando o poder imperial na Síria. Em 261, Odenato marchou contra os usurpadores, derrotando e matando Quieto e Balista.[61] Como recompensa, Galiano concedeu-lhe o título de Imperator Totius Orientis ("Governador do Oriente"),[62] ficando com o governo da Síria, Mesopotâmia, Arábia e as regiões orientais da Anatólia como representante imperial.[63][64] Em 262 Odenato empreendeu outra campanha contra Sapor,[65] durante a qual retomou a Mesopotâmia romana (nomeadamente as importantes cidades de Nísibis e Carras), saqueou a cidade judaica de Neardeia.[66] [nt 10] e cercou a capital persa, Ctesifonte.[67] A seguir a estes sucessos militares, o palmireno assumiu o título de "Rei de Reis".[68][nt 11]

 Último Olhar Sobre Palmira da Rainha Zenóbia; pintura de 1888 da autoria de Herbert Schmalz. A esposa e sucessora de facto de Odenato inspirou numerosas obras artísticas pelo menos desde o século XVII, nomeadamente óperas, pinturas, esculturas e obras literárias

Depois de derrotar um exército persa em 263 ou 264, Odenato coroou o seu filho Heranes I como co-Rei de Reis perto de Antioquia[71] e depois cercou Ctesifonte pela segunda vez, em 264.[67][72] Apesar de não ter tomado a capital persa, Odenato expulsou os persas de todos os territórios que estes tinham conquistado desde que Sapor tinha iniciado a guerra em 252 com o cerco de Nísibis.[72] Um ataque persa a Palmira foi repelido[73] e em 266 Odenato infligiu outra derrota aos seus persas perto de Ctesifonte.[61] O monarca palmireno e o seu filho Heranes acabaram assassinados quando regressavam de uma campanha no norte que tinha como objetivo repelir os ataques dos godos na Ásia Menor, realizada em 267.[61] Segundo a História Augusta e João Zonaras, Odenato foi morto por um primo (Zonaras fala em sobrinho) chamado Meónio (em latim: Maeonius) na História.[74] Segundo esta obra, Meónio foi proclamado imperador por um breve período antes de ser julgado e executado pela viúva de Odenato, Zenóbia.[74][75][76] No entanto, não há quaisquer inscrições ou evidências de outro tipo relativas ao reinado de Meónio, pelo que ele deve ter sido morto imediatamente depois de ter assassinado Odenato.[77][78]

Odenato foi sucedido pelos seus filhos Vabalato, que tinha 10 anos quando o pai morreu.[79] A mãe destes, Zenóbia, foi a governante de facto e Vabalato manteve-se na sua sombra enquanto ela consolidou o seu poder.[80] Galiano enviou o seu prefeito Heracliano para comandar as operações militares contra os persas, mas este foi marginalizado por Zenóbia e voltou para o Ocidente.[72] A rainha foi cuidadosa em não provocar Roma, reclamando para ela e para o filho os títulos do marido, ao mesmo tempo que garantia a segurança das fronteiras com a Pérsia e pacificava os tanuquitas em Auranita.[80]

Zenóbia fortificou várias localidades no Eufrates para proteger as fronteiras com a Pérsia, nomeadamente as cidadelas de Halabia e Zalabia.[81] Existem provas circunstanciais de confrontos com os Sassânidas: provavelmente em 269, Vabalato tomou o título de "Pérsico Máximo" (em latim: Persicus Maximus; lit. "grande vitorioso na Pérsia"), o que pode estar ligado a uma batalha da qual não se conhecem registos contra uma tentativa do exército persa para retomar o controlo do norte da Mesopotâmia.[82][83]

Império de Palmira
 Ver artigo principal: Império de Palmira
 O Império de Palmira em 271[84][85][86]

Zenóbia iniciou a sua carreira militar na primavera de 270, durante o reinado do imperador Cláudio II (r. 268–270). A pretexto de atacar os tanuquitas, anexou a Arábia romana[87] e em outubro do mesmo ano invadiu o Egito,[88][89] uma campanha que terminou vitoriosamente com a proclamação de Zenóbia como rainha do Egito.[90] No ano seguinte, Palmira invadiu a Anatólia, chegando até Ancira, o que marcou o auge da sua expansão.[84] Essas conquistas, por sua vez, foram levadas a cabo mantendo a aparência de subordinação a Roma.[91]

A rainha cunhou moedas em nome de Aureliano (r. 270–275), sucessor de Cláudio,[nt 12] com Vabalato representado como rei. Devido ao facto de Aureliano estar ocupado a repelir as insurgências na Europa, autorizou a cunhagem de moeda em Palmira e concedeu títulos imperiais.[93] No final de 271, Vabalato e a sua mãe assumiram os títulos de Augusto (imperador) e Augusta.[91][nt 13] No ano seguinte, Aureliano cruzou o Bósforo e avançou rapidamente através da Anatólia em direção aos territórios de Palmira.[97] Segundo um registo histórico, o general Probo retomou o Egito a Zenóbia[98][nt 14] e Aureliano entrou em Isso e dirigiu-se a Antioquia, onde derrotou Zenóbia na Batalha de Imas.[99] A rainha palmirena foi depois derrotada na Batalha de Emesa e refugiou-se nessa cidade antes de voltar apressadamente à sua capital. [100] Quando os romanos cercaram Palmira, recusou render-se pessoalmente[84] e fugiu para leste para pedir ajuda aos persas, mas foi presa. A cidade capitulou pouco depois.[101][102]

Períodos romano tardio e bizantino  Campo de Diocleciano, castro na parte ocidental da cidade que foi a base da I Legião dos Ilírios

Aureliano poupou a cidade e estacionou lá uma guarnição de 600 arqueiros, comandada por Sandário, para manter a paz.[103] Em 273, Palmira revoltou-se sob a liderança de Septímio Apseu,[96] que proclamou Augusto Septímio Antíoco, filho de Zenóbia.[104] Aureliano marchou novamente sobre Palmira, arrasando-a completamente[105] e despojando os monumentos mais valiosos para decorar o seu Templo de Sol Invicto em Roma. Os edifícios da cidade foram demolidos, os residentes foram massacrados e o Templo de Bel foi pilhado.[101]

Palmira ficou reduzida a uma aldeia sem território. Aureliano mandou depois reparar o Templo de Bel e a I Legião dos Ilírios (Legio I Illyricorum) foi estacionada na cidade. Pouco antes de 303, foi construído o Campo de Diocleciano, um castro na parte ocidental da cidade. Ocupando uma área de quatro hectares, o acampamento foi a base da I Legião dos Ilírios,[106] que garantia a defesa das rotas comerciais em volta da cidade.[107]

Palmira tornou-se uma cidade cristã nas décadas seguintes à destruição por Aureliano.[108] No final de 527, o imperador Justiniano (r. 527–565) ordenou que fosse fortificada e que as suas igrejas e edifícios públicos fossem restaurados, para proteger o império dos raides do rei lacmida Alamúndaro III (r. 505–554).[109]

Califado árabe
 Ver também: Conquista muçulmana da Síria

Palmira foi anexada pelo Califado Ortodoxo depois de ter sido tomada em 634 pelo general muçulmano Calide ibne Ualide, que conquistou a cidade depois de uma marcha de 18 dias através do deserto Sírio desde a Mesopotâmia.[110] Nesse tempo Palmira limitava-se ao Campo de Diocleciano[111] e passou a fazer parte da província de Homs.[112]

Período omíada e início do período abássida  Parte do teto do Templo de Bel; parte deste templo foi usado como mesquita durante o período omíada

Palmira passou por um período de alguma prosperidade enquanto esteve sob o Califado Omíada[113] e a sua população aumentou. Os Omíadas usaram parte do Templo de Bel como mesquita e como a cidade era uma paragem chave na rota comercial entre o Oriente e o Ocidente construíram um grande soco (mercado).[114] Durante esse período, Palmira foi um reduto da tribo dos calbitas.[115] Depois de ter perdido a guerra civil no califado entre Maruane II e Ibraim ibne Ualide, o contendedor omíada apoiante do segundo, Solimão ibne Hixame, procurou refúgio junto dos calbitas em Palmira, mas acabaria por aliar-se a Maruane em 744. Palmira continuou a opor-se a Maruane até à rendição do líder dos calbitas, Alabraxe Alcalbi, em 745.[116] Nesse mesmo ano Maruane mandou demolir as muralhas de Palmira.[111][117]

Em 750, uma revolta contra o novo Califado Abássida estalou por toda a Síria, liderada por Majza ibne Alcautar e o pretendente omíada Abu Maomé Sufiani.[118] As tribos de Palmira apoiaram os rebeldes. Depois de ser derrotado, Abu Maomé procurou refúgio na cidade, que aguentou os ataques dos Abássidas tempo suficiente para ele fugir.[119] Nos últimos anos do século IX, os irmãos Iáia e Huceine, melhor conhecidos respectivamente por seus pseudónimos Saíbe Anaca ("mestre da camela") e Saíbe Axama ("homem com a marca"), lideraram os carmatas do deserto da Síria e utilizaram Palmira como base de operações, onde coordenaram os seus ataques contra os domínios abássidas e tulúnidas na Síria ao lado da tribos dos calbitas. Conseguiram alcançar algumas vitórias, mas foram sucessivamente derrotados, primeiro em 902 em frente de Damasco, onde Iáia faleceu quando cercava a cidade, então sob controle do governador Tugueje ibne Jufe, e finalmente em 903, na batalha de Hama, na qual Huceine foi derrotado.[120][121][122]

Descentralização

O poder abássida definhou durante o século X, quando o império se desintegrou e foi dividido entre vários vassalos.[123] Apesar disso, a maior parte dos novos governantes reconhecia o califa como o seu soberano nominal, uma situação que se manteve até à destruição do Califado Abássida pelos mongóis em 1258.[124]

 Castelo de Facradim (Qalʿat ibn Maʿn), construído pelo emir aiúbida de Homs Almujaide (Xircu II; r. 1186–1240) e renovado na década de 1630 por Facradim

Em 955, Ceife Adaulá, o emir hamadânida de Alepo, derrotou nómadas perto de Palmira[125] e construiu uma casbá (fortaleza) para responder aos ataques dos imperadores bizantinos Nicéforo II Focas (r. 963–969) e João I Tzimisces (r. 969–976).[126] Após o colapso dos Hamadânidas no início do século XI, Palmira foi controlada pela dinastia mirdássida que lhes sucedeu no Emirado de Alepo.[127] Em 1068 e 1089, a cidade foi devastada por terramotos.[111][128] Na segunda metade do século XI, o controlo da cidade passou dos Mirdássidas para Calafe, da tribo Malaibe, cuja capital era Homs.[129] A partir da década de 1070, a Síria foi controlada pelo Império Seljúcida,[130] cujo sultão Maleque Xá I expulsou os Malaibe e prendeu Calafe em 1090. As terras de Calafe foram entregues ao irmão de Maleque Xá, Tutuxe I,[131] que se tornou independente depois da morte do irmão em 1092 e estabeleceu um ramo da dinastia seljúcida na Síria.[132]

Durante o início do século XII, Palmira foi governada por Toguetequim, o atabegue búrida de Damasco, que nomeou um sobrinho seu como governador. Este foi morto por rebeldes e o atabegue retomou a cidade em 1126. Palmira foi então dada ao neto de Toguetequim, Xiabadim Mamude,[133] que foi substituído pelo governador Iúçufe ibne Firuz quando Xiabadim Mamude regressou a Damasco para suceder ao seu pai Buri Taje Almoluque.[134] Os Búridas transformaram o Templo de Bel numa cidadela em 1132 e fortificaram a cidade,[135][136] que entregaram três anos depois ao clã Bim Caraja em troca de Homs.[136]

Em meados do século XII, Palmira foi anexada pelo atabegue zênguida Noradine[137] e passou a fazer parte da província de Homs.[138] Esta foi dada como feudo ao general Aiúbida Xircu em 1167 e confiscada depois da sua morte dois anos depois.[139][140] Homs foi anexada pelo sultanato aiúbida em 1174[141] e no ano seguinte Saladino entregou-a (com Palmira incluída) como feudo ao seu primo Maomé ibne Xircu.[142] Depois da morte de Saladino em 1193, o Império Aiúbida foi dividido e Palmira foi dada ao filho de Maomé ibne Xircu, Almujaide (Xircu II ou Shirkoh II), que construiu o castelo de Palmira, conhecido como Castelo de Facradim Almaani (Qalʿat ibn Maʿn), ca. 1230.[143][144] Cinco anos antes, em 1225, o geógrafo sírio Iacute de Hama escreveu que os residentes da cidade viviam "num castelo rodeado por uma muralha de pedra".[145]

Período mameluco

Palmira foi usada como refúgio pelo neto de Almujaide, Axerafe Muça, que se aliou com o Ilcanato mongol, então governado por Hulagu Cã, e fugiu depois da derrota dos mongóis frente aos Mamelucos em 1260, na Batalha de Aim Jalute. Axerafe pediu depois perdão a Qutuz, sultão mameluco do Cairo. O perdão foi concedido e Axerafe tornou-se vassalo dos Mamelucos.[146] Axerafe Muça morreu em 1263 sem deixar herdeiros, pelo que o Emirado de Homs passou a ser governado diretamente pelos Mamelucos.[147]

Principado Alfadle  Hortas de Palmira

O clã Alfadle, um ramo da tribo Banu Tai, declarou a sua lealdade aos Mamelucos[148][149] e em 1284 o príncipe Muana ibne Issa do clã Alfadle foi nomeado senhor de Palmira pelo sultão Calavuno. Em 1293, Muana foi preso pelo sultão Axerafe Calil, tendo sido libertado dois anos depois pelo sultão Quitebuga, que também lhe restaurou os títulos. Muana declarou-se depois leal a Oljaitu do Ilcanato, em 1312. O sultão mameluco Anácer Maomé destituiu-o e substituiu-o pelo seu irmão Alfadle.[148] Muana foi perdoado e recuperou o cargo em 1317, mas em 1320 ele e a sua tribo foram expulsos devido a ter continuado a relacionar-se com o Ilcanato. Foi substituído pelo líder tribal Maomé ibne Abi Becre.[150][151]

Em 1330, Muana foi novamente perdoado e recuperou o governo de Palmira. Manteve-se leal a Nácer até morrer três anos depois, tendo sido sucedido pelo filho.[152] O historiador árabe Alumari (1300–1384) descreveu Palmira como tendo «vastas hortas, comércio florescente e monumentos bizarros».[153] A família Alfadle protegeu as rotas comerciais e as aldeias dos raides de beduínos,[154] mas eles próprios assaltaram outras cidades e combateram entre si. Os Mamelucos intervieram militarmente várias vezes, depondo, prendendo ou expulsando os líderes Alfadle.[152]

Em 1400, Palmira foi atacada por Tamerlão,[155] que roubou 200 mil ovelhas e destruiu a cidade.[156][157] O príncipe Alfadle Noçáir escapou à batalha contra Tamerlão e mais tarde combateu contra Jacam, emir de Alepo. Noçáir foi capturado, levado para Alepo e executado em 1406 o que, segundo o jurista e teólogo egípcio ibne Hajar de Ascalão (1372–1449), pôs fim ao poder do clã Alfadle.[158]

Período otomano e seguintes

A Síria foi integrada no Império Otomano em 1516[159] e Palmira passou a fazer parte do Eialete de Damasco, como centro do sanjaque de Saliana.[160][nt 15] Durante o período otomano, Palmira era uma pequena aldeia que ocupava o pátio do Templo de Bel.[161] Depois de 1568, os otomanos nomearam o príncipe libanês Ali ibne Muça Harfuxe, do clã Harfuxe, como governador do sanjaque de Palmira,[162] que foi destituído em 1584 por traição.[163]

 Rua da aldeia de Tadmor na primeira ou segunda década dos século XX

Em 1630, Palmira ficou sob a autoridade de outro príncipe libanês, Facradim II,[164] que renovou o castelo de Xircu II,[165] que passou a ser conhecido como Castelo de Facradim Almaani (Qalʿat Ibn Maʿn).[144] Fakhr-al-Din caiu em desgraça junto dos otomanos em 1633 e perdeu o controlo da aldeia,[164] que permaneceu um sanjaque separado até ter sido integrado no sanjaque de Zor em 1857.[166] Em 1867 a aldeia tornou-se a base de uma guarnição otomana ali colocada para controlar os beduínos.[167]

Palmira retomou alguma importância no início do século XX como estação para caravanas e para isso também contribuiu o advento dos transportes motorizados.[161] Em 1918, quando a Primeira Guerra Mundial estava a terminar, a Força Aérea Britânica construiu um aeródromo para dois aviões.[168][169][nt 16] Em novembro desse ano os otomanos retiraram do sanjaque de Zor sem combater.[nt 17] O exército do Emirado Árabe da Síria entrou em Deir Zor em 4 de dezembro e o sanjaque passou a fazer parte da Síria.[171] Em 1919 os britânicos e franceses entraram em desacordo sobre as fronteiras dos mandatos da Sociedade das Nações planeados, tendo sido sugerido pelo representante militar britânico permanente no Conselho Supremo de Guerra Aliado, Henry Wilson, que Palmira fizesse parte do mandato britânico.[nt 18] Contudo, o general britânico Edmund Allenby persuadiu o seu governo a abandonar esse plano[169] e toda a Síria, incluindo Palmira, passou a fazer parte do mandato francês depois da derrota do Reino Árabe da Síria na Batalha de Maysalun, em 24 de julho de 1920.[172]

Durante o mandato francês, Palmira ganhou importância devido à sua localização estratégica para a pacificação do deserto Sírio. As autoridades francesas construíram uma base militar na aldeia, junto ao Templo de Bel, em 1921.[173] Em 1929, o diretor geral de antiguidades na Síria, Henri Arnold Seyrig, começou a escavar as ruínas e convenceu os aldeões a mudarem-se para uma nova aldeia, construída pelos franceses perto do sítio arqueológico.[174] A trasladação da população para a nova aldeia de Tadmur foi completada em 1932,[25][175] deixando a antiga Palmira à disposição dos arqueólogos para a escavarem.[174]

Guerra Civil Síria
 Ver artigos principais: Guerra Civil Síria, Batalha de Palmira (Maio de 2015), Batalha de Palmira (Março de 2016), Batalha de Palmira (Dezembro de 2016) e Ofensiva de Palmira (2017)
 Relevo do Leão de Alat, originalmente situado no Templo de Nabu e destruído pelo EIIL

Devido à Guerra Civil Síria, Palmira sofreu muitas pilhagens e foi bastante danificada pelos combatentes.[176] Durante o verão de 2012, os receios sobre pilhagens no museu e no sítio aumentaram quando foi divulgado um vídeo amador que mostrava soldados sírios a carregarem pedras funerárias. Contudo, segundo uma reportagem do canal de televisão francês France 24, é impossível determinar se o vídeo mostrava uma pilhagem.[177] No ano seguinte, a fachada do Templo de Bel apresentava um grande buraco provocado por fogo de morteiro e as colunas da Grande Colunata foram danificadas por estilhaços de artilharia. No início de 2015, Maamoun Abdulkarim, diretor de antiguidades e museus do Ministério da Cultura da Síria informou que o Exército Sírio tinha tropas posicionadas em alguns locais do sítio arqueológico.[176] Por sua vez, as tropas da oposição estavam estacionadas em hortas em volta da cidade.[176]

Em maio de 2015, o Estado Islâmico do Iraque e do Levante (EIIL) lançou um ataque à cidade moderna, o que provocou receios que o grupo radicalmente iconoclasta destruísse a antiga cidade.[178] Em 21 de maio, o EIIL entrou no sítio arqueológico[179] e segundo testemunhas oculares, em 23 de maio o Leão de Alat e outras estátuas foram destruídas por militantes islâmicos.[180] No início de julho de 2015 a imprensa mundial divulgou que pelo menos desde 27 de maio que o antigo teatro tinha sido usado para execuções públicas, realizadas por adolescentes sob as ordens do EIIL.[181] Segundo residentes locais, a força aérea síria bombardeou as ruínas em 13 de junho, danificando a muralha norte junto ao Templo de Baal-Shamin[182] e dez dias depois foi anunciado que o EIIL tinha dinamitado vários santuários da antiga cidade.[183]

Na edição de 20 de julho de 2015 da The New Yorker, considerava-se que a cidade tinha sido perdida pelo governo sírio, naquilo que foi a primeira grande vitória do EIIL contra o exército sírio.[184] Em agosto foi anunciada a destruição por explosivos dos templos de Baal-Shamin[185] e de Bel[186] e a morte por decapitação de Khaled al-Asaad, diretor do sítio arqueológico de Palmira durante cinco décadas.[187] No dia 5 de outubro de 2015 a imprensa mundial relatou a destruição do arco monumental.[188]

No dia 27 de março de 2016, após dias de intensos combates, o exército sírio e milícias aliadas anunciaram que haviam retomado Palmira e expulsado da região os combatentes do EIIL.[189] No entanto, em dezembro de 2016 o grupo terrorista retomou o controle da cidade e destruiu outros monumentos que são parte das ruínas. Em 2 de março de 2017, o exército sírio, com apoio da Força Aérea Russa, reconquistou pela segunda vez a cidade histórica.[190]

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