Москва

( Moscovo )

Moscovo (português europeu) ou Moscou (português brasileiro) (em russo: Москва, transl Moskva, lido MaskváAFI: [mɐˈskva] ()) é a capital e maior cidade da Rússia. Fica às margens do rio Moscovo na região central do país, com uma população estimada em 12,4 milhões de habitantes dentro dos limites da cidade, mais de 17 milhões de habitantes na área urbana e mais de 20 milhões de habitantes na área metropolitana. A cidade cobre uma área de 2 511 km², enquanto a área urbana cobre 5 891 km² e a área metropolitana cobre mais 26 mil km². Moscou está entre as maiores cidades do mundo, além de ser a maior área urbana e metropolitana da Europa e a maior cidade por área terrestre do continente europeu.

Documentada pela primeira vez e...Ler mais

Moscovo (português europeu) ou Moscou (português brasileiro) (em russo: Москва, transl Moskva, lido MaskváAFI: [mɐˈskva] ()) é a capital e maior cidade da Rússia. Fica às margens do rio Moscovo na região central do país, com uma população estimada em 12,4 milhões de habitantes dentro dos limites da cidade, mais de 17 milhões de habitantes na área urbana e mais de 20 milhões de habitantes na área metropolitana. A cidade cobre uma área de 2 511 km², enquanto a área urbana cobre 5 891 km² e a área metropolitana cobre mais 26 mil km². Moscou está entre as maiores cidades do mundo, além de ser a maior área urbana e metropolitana da Europa e a maior cidade por área terrestre do continente europeu.

Documentada pela primeira vez em 1147, Moscou cresceu e se tornou uma cidade próspera e poderosa que serviu como capital do Grão-Principado de Moscou e do Czarado da Rússia. Quando o czarado foi reformado para se tornar o Império Russo, a capital foi transferida de Moscou para São Petersburgo, o que diminuiu a influência da cidade. A capital foi então transferida de volta para Moscou após a Revolução de Outubro e a cidade voltou a ser o centro político da RSFS da Rússia e depois da União Soviética. Após a dissolução da União Soviética, Moscou permaneceu como a capital da Federação Russa então recém-estabelecida.

A megacidade mais setentrional e fria do mundo, com uma história de oito séculos, Moscou é governada como uma cidade federal (desde 1993) que serve como centro político, econômico, cultural e científico da Rússia e da Europa Oriental. Como uma cidade global alfa, Moscou tem uma das maiores economias urbanas do mundo. A cidade é uma das cidades mais visitadas da Europa, além de abrigar o maior número de bilionários da Europa e o quarto maior do mundo. O Centro Internacional de Negócios de Moscou é um dos maiores distritos financeiros do mundo, e apresenta alguns dos arranha-céus mais altos da Europa. Moscou foi a cidade-sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 1980 e uma das cidades-sede da Copa do Mundo FIFA de 2018.

Como o centro histórico da Rússia, Moscou serve como lar de vários artistas, cientistas e figuras do esporte russos devido à presença de seus vários museus, instituições acadêmicas e políticas e teatros. A cidade abriga vários Patrimônios Mundiais da UNESCO e é conhecida por sua exibição de arquitetura russa, particularmente sua histórica Praça Vermelha e edifícios como a Catedral de São Basílio e o Kremlin de Moscou, dos quais este último serve como sede do poder do governo russo. Moscou é o lar de muitas empresas russas de vários setores e é servida por uma rede de trânsito abrangente, que inclui quatro aeroportos internacionais, nove terminais ferroviários, um sistema de bonde, um sistema de monotrilho e, principalmente, o metrô de Moscou, o mais movimentado da Europa e um dos maiores sistemas de metrô do mundo. A cidade tem mais de 40 por cento do seu território coberto por vegetação, o que também a torna uma das cidades mais verdes do mundo.

 Ver artigo principal: História de Moscou
Origem  Cerco a Moscou em 1382

O nome da cidade vem do rio Moscou, um termo de origem incerta. A primeira referência à cidade data de 1147, quando Jorge I convidou o príncipe de Novgorod para a cidade de Moscou. O encontro ocorreu em 4 de abril de 1147. A cidade estava em festa, os príncipes das zonas vizinhas ofereciam presentes uns aos outros e fizeram um acordo de cooperação mútua. Nove anos mais tarde, Jorge manda construir uma muralha de madeira, que é reconstruída com frequência para garantir a proteção da cidade que crescia em meio aos conflitos entre Jorge e o príncipe de Czernicóvia. A cidade também era um ponto estratégico para os príncipes de Vladimir-Susdália, na época uma importante província. O rio Volga também tinha grande influência nas trocas comerciais entre a cidade e os restantes principados, bem como outros reinos. Prova disso são as moedas árabes encontradas na cidade.[1]

Na altura, Moscou era mais uma cidade administrativa do que comercial, dado que a população que ali vivia era sobretudo camponesa. Nos anos seguintes, a cidade viria a ter metalúrgicos e pessoas ligadas a artesões. O rio Volga, o seu ponto estratégico e a crescente populações fizeram Moscou crescer nos séculos XII e XIII.[1][2]

Rússia de Kiev e Vladimir-Susdália  Kremlin de Moscou no século XVI Vista de Moscou no século XVII
 Ver artigo principal: Principado de Vladimir-Susdália

No inverno de 1278, os mongóis capturaram a cidade e assassinaram o comandante da armada, bem como praticamente toda a população. Esses saques, ligados diretamente à história da Rússia, foram um desastre à composição do território russo. Posteriormente, os moscovitas puderam regressar às suas casas expulsando os inimigos. Contudo, ao contrário do que se passava na cidade, o resto do sul do território havia sido totalmente destruído, e muitas das cidades não se recuperaram, provocando grandes ondas de imigração para norte, onde se localizava Moscou. Isso influenciou a cidade, que viu a sua população crescer.[1]

Depois dos saques e das carnificinas provocados pelos tártaros, Moscou volta a se recuperar e, em 1327, a cidade torna-se a capital do principado de Vladimir-Suzdal. A sua boa localização em relação ao rio Volga permitiu um desenvolvimento estável, atraindo milhares de refugiados provenientes de todo o território russo devido às grandes invasões dos tártaros, estabelecendo o poderoso Estado da Moscóvia.[1]

Sob o poder de Ivan I da Rússia, Moscou substitui definitivamente Tver como o centro político de Vladimir-Suzdal. A partir daí, a cidade cresce a uma velocidade ainda maior. Ao contrário dos outros principados do mundo, a Moscóvia não era dividida em zonas para serem governadas pelos filhos, mas sim herdada inteiramente pelos descendentes. A revolta de Moscou contra a dominação estrangeira aumentava cada vez mais.[1]

Em 1380, Demétrio, príncipe de Moscou, ganhou uma importante batalha que permitiu acabar com o poder dos tártaros, a batalha de Kulikovo. Com isso, a Rússia, através de Moscou, torna-se livre de todo o domínio estrangeiro. A cidade torna-se num grande centro de poder, que, com o passar dos anos, viria a tornar-se a capital de um grande Império com grande importância mundial. Com isto, Kiev perde o seu estatuto de poder que antes tivera como Rússia de Kiev.[1]

Czarado e Império
 Ver artigos principais: Czarado da Rússia e Império Russo
 O incêndio de Moscou, durante a invasão francesa da Rússia em 1812

Em 1571, tártaros da Crimeia atacaram e saquearam Moscou, poupando apenas o Kremlin. O século XVII seria marcado por um grande crescimento populacional e por certas revoluções, como o fim da invasão da Polônia e Lituânia em 1612 e a revolta de Moscou em 1682. Em 1712, após Pedro, o Grande fundar São Petersburgo às margens do Neva, em 1703, Moscou perde a condição de capital. As razões foram o contato com o mar que São Petersburgo propiciava, a localização estratégica para as trocas comerciais e a própria defesa da Rússia.[1]

O ano de 1812 é, sem dúvida, a data mais conhecida da história da Rússia, pois marca a invasão das tropas de Napoleão Bonaparte. Ao saber que Napoleão chegara às fronteiras da Rússia, os moscovitas elaboraram uma emboscada previamente definida. Quando os franceses chegaram à cidade, em 14 de setembro, o seu assustador exército encontrou uma cidade abandonada e completamente queimada. Sem nada para comer e com o terrível frio russo, as tropas viram-se obrigadas a bater em retirada. A imensa maioria morreu no regresso a França, fazendo com que Napoleão fosse perseguido pelos russos. Este acontecimento é dramatizado na obra Guerra e Paz, de Leão Tolstoi, e na Abertura 1812 de Piotr Ilitch Tchaikovski, que retrata todos estes acontecimentos.[1]

 
Moscou em 1867. Clique aqui para ver a imagem com notas
União Soviética  Forças soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial Dia da Vitória em 1975
 Ver artigo principal: União Soviética

Depois da vitória, Moscou continua crescendo a um ritmo bastante elevado. Em 1918, durante a Guerra Civil, Moscou serviu de quartel-general do Exército Vermelho, com um número aproximado de 178 500 soldados. Com o grande feito da Revolução de Outubro, a cidade torna-se capital da União Soviética, em 12 de março de 1918.[1]

Em novembro de 1941, a cidade volta a ser atacada, desta vez pela Alemanha Nazi, durante a Segunda Guerra Mundial. Moscou é evacuada e decretada como campo de batalha. Ao passo que a cidade era bombardeada, eram construídos diversos armamentos para combater os tanques. Nessa altura, e devido aos riscos, o líder soviético da época, Joseph Stálin, é aconselhado a abandonar a cidade e evacuar o resto da população que lá permanecia. A proposta, entretanto, foi recusada pelo líder. Em meio à invasão, a cidade dava continuidade à construção do metrô iniciada em 1930 que, ironicamente, foi beneficiada pelos bombardeamentos, que permitiram a expansão rápida das linhas.[1]

Posteriormente, Moscou recebeu as Olimpíadas de 1980, que foram boicotados pelos Estados Unidos e outras nações ocidentais como protesto contra a Invasão soviética do Afeganistão.

Federação Russa

Em 1991, a URSS é dissolvida e, com Boris Iéltsin no poder, Moscou cresce exponencialmente. A cidade passa a ser a capital da Federação Russa, onde fica o poder central, a Duma. No fim da década de 1990, a cidade cresce, aumenta suas linhas de metrô e moderniza a sua arquitetura, gerando críticas à demolição desmedida de prédios históricos para dar lugar aos grandes arranha-céus. Moscou transforma-se numa cidade cosmopolita cheia de história, cultura e vivacidade, mas também com problemas como o crime organizado e a pobreza.[1]

 
Moscou vista da Colina dos Pardais: o Centro Internacional de Negócios, o rio Moscou, o Estádio Lujniki, a Estação Vorobiovy Gory e a sede da Academia de Ciências da Rússia.
a b c d e f g h i j k «Histry of Moscow». Lonely Planet. Consultado em 6 de janeiro de 2017  «História de Moscovo: Antiguidade». faculty.oxy.edu 
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