Torre de Centocelas

A Torre de Centocelas (em latim: Centum Cellas, Centum Cellæ, Centum Celli, ou Centum Cœli), antigamente também denominada como Torre de São Cornélio, localiza-se no monte de Santo Antão, freguesia do Belmonte e Colmeal da Torre, município de Belmonte, distrito de Castelo Branco, em Portugal.

Encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1927.

Trata-se de um singular monumento lítico atualmente em ruínas que, ao longo dos séculos, vem despertado as atenções de curiosos e estudiosos, suscitando as mais diversas lendas e teorias em torno de si.

Uma das tradições, por exemplo, refere que a edificação teria sido uma prisão com uma centena de celas (donde o nome), onde teria estado cativo São Cornélio (donde o nome alternativo).

Sobre a sua primitiva função, acreditava-se que pudesse ter sido um prætorium (acampamento romano). Entretanto, campanhas de prospecção arqueológica na sua ...Ler mais

A Torre de Centocelas (em latim: Centum Cellas, Centum Cellæ, Centum Celli, ou Centum Cœli), antigamente também denominada como Torre de São Cornélio, localiza-se no monte de Santo Antão, freguesia do Belmonte e Colmeal da Torre, município de Belmonte, distrito de Castelo Branco, em Portugal.

Encontra-se classificada como Monumento Nacional desde 1927.

Trata-se de um singular monumento lítico atualmente em ruínas que, ao longo dos séculos, vem despertado as atenções de curiosos e estudiosos, suscitando as mais diversas lendas e teorias em torno de si.

Uma das tradições, por exemplo, refere que a edificação teria sido uma prisão com uma centena de celas (donde o nome), onde teria estado cativo São Cornélio (donde o nome alternativo).

Sobre a sua primitiva função, acreditava-se que pudesse ter sido um prætorium (acampamento romano). Entretanto, campanhas de prospecção arqueológica na sua zona envolvente, empreendidas na década de 1960 e na década de 1990, indicam tratar-se, mais apropriadamente, de uma uilla, sendo a torre representativa da sua pars urbana, estando ainda grande parte da pars rustica por escavar.

No contexto da invasão romana da Península Ibérica, a villa seria de propriedade de um certo Lúcio Cecílio (em latim: LVCIVS CÆCILIVS), um abastado cidadão romano, negociante de estanho (metal abundante na Península Ibérica), que a teria erguido pelos meados do século I. De acordo com os testemunhos arqueológicos, foi destruída nos meados do século III por um grande incêndio, e reconstruída posteriormente.

Na época medieval, sobre os seus restos construiu-se uma capela sob a invocação de São Cornélio, que as lendas associavam ao local, mas que caiu em ruínas e desapareceu por completo pelo século XVIII.

É possível que no período medieval a estrutura de Centum Cellas tenha tido algum papel na consolidação e defesa da fronteira oriental do reino de Portugal com o de Leão (ficando, v. g., na mesma linha de defesa que a Egitânia e a Guarda, fundada em 1199), tendo inclusivamente recebido foral de Sancho I de Portugal em 1188, onde surge referenciada como Centuncelli. Assim o parece ter entendido Pinho Leal ao referir que, na passagem do século XIII para o XIV, a torre teria sido reconstruída para servir de atalaia, enquanto os restantes anexos caíam em ruínas (Portugal Antigo e Moderno) – tese atualmente considerada como improvável. Em 1198 a sede do concelho foi transferida para a vizinha povoação de Belmonte, conhecendo Centum Cellas, a partir de então, um lento processo de declínio.

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