Suaquém (em árabe: سواكن Sauakin; em inglês: Suakin) é uma cidade e porto sudanês situado no Mar Vermelho.

Suaquém foi, até as primeiras décadas do século XX, o principal porto da região, mas a inauguração de Porto Sudão, situada 45 km ao norte, e aparelhada para receber os grandes navios que passaram a frequentar a região após a abertura do Canal de Suez determinou sua inexorável decadência. Desde a antiguidade, o porto, mencionado pelos gregos e pelos romanos, foi um ativo centro de comércio, tendo como produtos de destaque, o incenso, a mirra, a goma arábica, o aloé e o elemi. Também conhecida pelo seu mercado de escravos que teria sido o último a ser extinto em todo o mundo.

Há indícios de que teria sido até o século XIV, um núcleo importante do cristianismo, e ponto de partida para os peregrinos procedentes do reino da Núbia e da ilha de Socotorá, então povoados por cristãos, e da Etiópia. São conhecidos os contactos com comerciantes venezianos, além da passagem de Pero da Covilhã nos fins do século XV, enviado por Portugal, em missão destinada a contactar o reino cristão do Preste João. A cidade é citada nos Lusíadas de Luis de Camões e, apesar de ter sido invadida em 1517 pelo sultão Selim I, manteve intercâmbio comercial com os portugueses durante tudo o século XIX.

Sob jugo otomano acabou sendo convertida definitivamente em residência do Paxá, com jurisdição sobre a província de Habes que incluía toda região costeira correspondente ao Sudão e a Eritreia, até sua ocupação pelos ingleses em 1888. No século XIX foi freqüentemente visitada por Rimbaud, depois que, abandonando a literatura, passou a se dedicar ao comércio. A bela cidade antiga, construída em uma ilha no interior de um braço de mar, e cujos edifícios eram constituídos de material coralíneo retirado dos recifes das proximidades, foi reduzida, no decurso dos últimos 50 anos a um monte de entulhos, mas há projetos sendo iniciados visando sua restauração.

Em 17 de janeiro de 2018, como parte de uma aproximação com o Sudão, a ilha de Suaquém, uma antiga possessão otomana no Mar Vermelho, foi cedida à Turquia pelo prazo de 99 anos, para reconstrução e desenvolvimento turístico.[1][2]

«La Turquie de retour sur la mer Rouge» (em francês). Le Monde. Consultado em 5 de fevereiro de 2018  «O Aumento das Tensões Entre a Turquia e o Egito, a Propósito da Ilha de Suakin». Jornal de Relações Internacionais. Consultado em 5 de fevereiro de 2018 
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