Padrão dos Descobrimentos

O Padrão dos Descobrimentos (ou Monumento aos Descobrimentos; ou Monumento aos Navegantes) localiza-se na freguesia de Belém, na cidade e Distrito de Lisboa, em Portugal. A conceção arquitetónica é de Cottinelli Telmo e as esculturas são de Leopoldo de Almeida.

Em posição destacada na margem direita do rio Tejo, o monumento original, em materiais perecíveis, foi erguido em 1940 por ocasião da Exposição do Mundo Português para homenagear as figuras históricas envolvidas nos Descobrimentos portugueses. A réplica atual, em betão e pedra, é posterior, tendo sido inaugurada em 1960.

 Parte este do monumento, com remate onde avulta a figura majestosa do Infante D. Henrique.

O monumento foi pensado inicialmente por Cottinelli Telmo como uma homenagem ao Infante D. Henrique, na sequência de vários projetos e concursos para Sagres, realizados ao longo dos anos sem que nenhum chegasse a ser construido. Por ocasião da Exposição do Mundo Português, 1940 – de que Cottinelli Telmo foi arquiteto-chefe –, transformou-se em Padrão dos Descobrimentos, celebrando não apenas o Infante mas também os seus colaboradores e seguidores. Concebido por Cottinelli Telmo e pelo escultor Leopoldo de Almeida (autor da estatuária) para essa grande exposição, o monumento inicial foi realizado no curto espaço de tempo de oito meses. Feito de materiais perecíveis, foi desmontado em 1958 e reconstruido nos anos imediatos, em betão e pedra de lioz, por decisão de Salazar que, por ocasião do 5º centenário do Infante, contrariou o resultado de mais um concurso henriquino para Sagres (ganho em 1955 por um projeto notável de uma equipa formada por João Andresen, Barata Feyo e Júlio Resende). O Padrão dos descobrimentos seria erguido no local de implantação original, em Belém, com orçamento inferior ao desse concurso.[1][2] Considerado uma peça emblemática da Exposição do Mundo Português, "o grito da exposição e uma síntese do nosso passado glorioso" (roteiro da época), o Padrão dos Descobrimentos foi amplamente elogiado (Fernando de Pamplona, Ocidente, 1941; Costa Lima, Brotéria; etc.), mesmo por vozes dissonantes como a de Adriano de Gusmão (O Diabo, 16-11-1940), que já nessa ocasião desejou, como outros, vê-lo "para sempre transposto para o mármore ou granito". Erguido em definitivo algo fora de tempo, esteticamente desfasado da evolução das artes nos vinte anos entretanto decorridos, o monumento atual foi inaugurado em 1960, no contexto das comemorações dos quinhentos anos da morte do Infante D. Henrique.[1][2]

Em 1985 o interior foi remodelado, dotando o Padrão de um miradouro, auditório e salas de exposições. O Padrão foi então inaugurado como Centro Cultural das Descobertas.[3]

Em 28 de junho de 2023 foi publicado em Diário da República a abertura do processo de classificação do Padrão dos Descobrimentos, incluindo a Rosa-dos-Ventos a Monumento Nacional.[4]

Atualmente, apresenta um programa regular de exposições temporárias e promove o debate em torno das temáticas coloniais que invoca.

a b A.A.V.V. - Os Anos 40 na Arte Portuguesa (tomo 1). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982, p. 60 a b França, José Augusto – A arte em Portugal no século XX [1974]. Lisboa: Bertrand Editora, 1991, p. 224, 281. «Padrão dos Descobrimentos». EGEAC - Padrão dos Descobrimentos. Consultado em 26 de agosto de 2014  «Padrão dos Descobrimentos vai passar a ser monumento» 
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