New Orleans

( Nova Orleães )

Nova Orleães, também referida como Nova Orleans (em inglês: New Orleans, em francês: La Nouvelle-Orléans), é a cidade mais populosa do estado norte-americano da Luisiana. Foi fundada originalmente por exploradores franceses com o nome de Nouvelle Orléans, e está localizada no sudeste do estado, ao sul do Lago Pontchartrain, no ponto mais baixo do estado. A cidade é co-existente com a Paróquia de Orleães.

Com quase 384 mil habitantes, de acordo com o censo nacional de 2020, é a 53ª cidade mais populosa do país. Pouco mais de 8% da população total da Luisiana vive em Nova Orleães. Sua região metropolitana possui mais de 1,2 milhão de habitantes.

A cidade foi fundada em 1718 por Jean Baptiste le Moyne. Moyne foi o governador da colônia francesa de Luisiana. A cidade foi assim nomeada em homenagem a Filipe II, Duque d'Orleães, que era então o regente e o chefe de estado da França à época em que Nov...Ler mais

Nova Orleães, também referida como Nova Orleans (em inglês: New Orleans, em francês: La Nouvelle-Orléans), é a cidade mais populosa do estado norte-americano da Luisiana. Foi fundada originalmente por exploradores franceses com o nome de Nouvelle Orléans, e está localizada no sudeste do estado, ao sul do Lago Pontchartrain, no ponto mais baixo do estado. A cidade é co-existente com a Paróquia de Orleães.

Com quase 384 mil habitantes, de acordo com o censo nacional de 2020, é a 53ª cidade mais populosa do país. Pouco mais de 8% da população total da Luisiana vive em Nova Orleães. Sua região metropolitana possui mais de 1,2 milhão de habitantes.

A cidade foi fundada em 1718 por Jean Baptiste le Moyne. Moyne foi o governador da colônia francesa de Luisiana. A cidade foi assim nomeada em homenagem a Filipe II, Duque d'Orleães, que era então o regente e o chefe de estado da França à época em que Nova Orleães foi fundada. Ela se tornou a capital da Luisiana em 1722. A cidade é o centro portuário mais movimentado do Estados Unidos, e o quarto mais movimentado do mundo, graças à sua localização próxima ao Golfo do México e do Rio Mississippi, fazendo da cidade um polo de conexão para produtos que são importados/exportados para a América Latina. Além disso, a indústria petroleira é também de grande importância para a economia da cidade. Esta indústria é forte na cidade graças a vários postos de extração de petróleo localizados próximos à cidade, ao longo da Costa do Golfo. O turismo também é uma fonte de renda primária da cidade.

Nova Orleães possui vários cognomes, que descrevem diversas características da cidade. Entre elas, as mais conhecidas são The Crescent City (descrevendo seu formato ao longo do Rio Mississippi), The Big Easy (uma referência feita por músicos, graças à relativa facilidade de encontrar um emprego na cidade) e The City that Care Forgot (associada com a natureza amistosa dos habitantes da cidade). O lema de Nova Orleães, não-oficial mas muito citado na cidade, é Laissez les bons temps rouler ("Deixe os bons tempos rolarem").

É uma cidade conhecida pelo seu legado multicultural — especialmente influências culturais francesas, espanholas e afro-americanas, e pela sua música e pela sua culinária. Nova Orleães é um destino turístico internacional mundialmente famoso graças aos seus vários festivais. Entre elas, as mais importantes são o Mardi Gras, Jazz Fest, Southern Decadence, e o festival de futebol americano Sugar Bowl. O nome da cidade é geralmente abreviada NOLA. O gentílico dos habitantes da cidade é Orleniano(a).

A partir de 1755: o advento Cajun e Créole

A cultura "Cajun" provém diretamente dos franceses, brancos, católicos, que colonizaram a Nova Escócia, no Canadá, então Acádia (daí apocopado para "Cajun"), no século XVII e que migraram para a Luisiana, vindo a se estabelecer em Nova Orleães no século XVIII, a partir de 1755, devido a perseguições religiosas e políticas, em decorrência da guerra entre Inglaterra e França.

Já o termo "Créole" se refere aos imigrantes brancos e negros que vieram para a Luisiana, das colônias francesas nas Antilhas, a Martinica e o Haiti, que chegaram no século XVIII e aos índios e brancos nativos que sofreram sua influência.

Na culinária estão pontos marcantes dessa influência, como o uso de condimentos fortes, frutos do mar e a incorporação de elementos usados pelos colonizadores espanhóis e franceses, como a presunto. A culinária créole legou para o mundo a jambalaya, prato a base de camarão, linguiça e arroz, preparado ao estilo da paella espanhola.

Por toda essa miscigenação e sincretismo, decorrentes do "Cajun" e "Créole", Nova Orleães é comparável a Salvador e tem como característica marcante ser multirracial, além de apresentar menos preconceito racial que outras cidades americanas.[1][2]

Século XVIII  Nova Orleães é uma cidade histórica. Sinal na Praça Jackson no bairro francês

Tribos nativos americanos Chickasaw, Choctaw e Natchez viviam na região onde a cidade de Nova Orleães atualmente está localizada milhares de anos antes da chegada dos primeiros europeus. Os primeiros exploradores europeus a explorarem a região foram os franceses. O primeiro europeu a explorar a região onde a cidade de Nova Orleães está atualmente localizada foi René-Robert Cavelier, que havia partido de Quebeque em direção aos Grandes Lagos, e de lá, partiu para a região próxima à nascente do Rio Mississippi. Após ter descido todo o rio, Cavelier reivindicou muito da bacia hidrográfica do Mississippi à coroa francesa.

Nova Orleães foi fundada em 1718 por colonos franceses, sob o nome de La Nouvelle-Orléans. Estes colonos eram liderados por Jean-Baptiste Le Moyne de Bienville. O local foi escolhido para a fundação de um novo assentamento por causa de duas características: seu inusitado relevo relativamente alto em uma região de muita baixa altitude, vulnerável à enchentes e inundações, e por estar próximo a um posto comercial francês (onde comerciantes faziam diversas trocas comerciais com indígenas) e de uma estrada indígena. Nova Orleães tornou-se a capital da província colonial francesa de Luisiana (parte da Nova França) em 1722, substituindo Biloxi.

Em 1763, sob os termos do Tratado de Paris, toda as regiões da Luisiana a oeste do Rio Mississippi passaram a ser controladas pelos espanhóis. Assim, Nova Orleães passou ao controle espanhol. Muitos dos habitantes francófonos da cidade ficaram descontentes com o fato de que a cidade estaria sob controle espanhol, e vários deixaram a cidade, indo em direção ao atual Quebeque ou retornando à França. O maior descontentamento entre a população francófona da cidade levou a uma manifestação popular que forçou o primeiro governador da Luisiana a fugir da cidade. Tropas espanholas acabaram com esta rebelião em 1769. Outros habitantes francófonos pressionaram politicamente os espanhóis, através de diversos abaixos-assinados.

Em 1788, um grande incêndio, o maior da história do estado de Luisiana, destruiu mais de 850 estruturas. Em 1795, quando a cidade ainda estava sendo reconstruída, um novo incêndio ocorreu, destruindo cerca de 200 estruturas. Por causa dos incêndios e da colonização espanhola, muito das estruturas do século XIX da cidade possuem características da arquitetura espanhola.

Em 1795, a Espanha cedeu aos Estados Unidos o direito de usar os equipamentos portuários da cidade.

Século XIX  Retrato da Batalha de Nova Orleães, ao centro, Andrew Jackson segurando uma espada. Barco a vapor no rio Mississipi em Nova Orleães, em 1853. Carnaval de Nova Orleans (Mardi Gras) nos anos 1890.

Em 1800, através de um acordo secreto realizado entre a Espanha e a França, a Luisiana voltou a fazer parte da França. Os Estados Unidos souberam da compra somente em março de 1803. Em abril, os americanos compraram a Luisiana da França. As bandeiras espanholas içadas na cidade seriam somente substituídas por bandeiras francesas em 30 de novembro. Em 20 de dezembro, os americanos oficialmente tomaram posse da cidade, e substituíram então as bandeiras francesas por bandeiras americanas. Então, a população da cidade era de aproximadamente 10 mil habitantes. Em 1805, Nova Orleães foi elevada à categoria de cidade primária (city). Em 1812, Luisiana tornou-se um Estado do Estados Unidos, e Nova Orleães continuou a ser a capital da região.

Desde os primórdios da história da cidade, uma característica da cidade era sua população cosmopolita, poliglota e multicultural. A cidade cresceu rapidamente, com grandes números de americanos, franceses e haitianos tendo instalado-se na cidade. Durante a Guerra de 1812, o Reino Unido enviou uma força militar, cujos objetivos eram a captura de Nova Orleães e o pedido de ajuda a um pirata instalado na cidade, Jean Laffite. Este, porém, juntou-se com os americanos. Os britânicos foram derrotados por forças americanas lideradas por Andrew Jackson e por piratas liderados por Laffite em 8 de janeiro de 1815, a apenas alguns quilômetros da cidade.

Após o término da guerra, Nova Orleães prosperou economicamente, atraindo milhares de imigrantes, a maioria, alemães ou irlandeses. A população da cidade dobrou na década de 1830. Em 1840, Nova Orleães tinha uma população de 102 193 habitantes, e era então a quarta maior cidade do país. Nova Orleães tornou-se extremamente ativa culturalmente, com vários teatros, óperas e museus tendo sido inaugurados na cidade, operando dia e noite. Porém, o crescimento populacional da cidade era interrompida por vezes por epidemias de febre amarela. As autoridades da cidade, então, não sabiam que a causa destas epidemias eram os pântanos localizados próximos à cidade, que criavam um terreno propício para a criação dos mosquitos transmissores da doença. A maior destas epidemias ocorreu em 1853, e que matou cerca de dez mil pessoas.

Nova Orleães foi a capital do Estado de Luisiana até 1849, quando então a capital do Estado passou a ser Baton Rouge. Em 1865, Nova Orleães novamente tornou-se a capital da Luisiana até 1880, quando a capital mudou-se definitivamente para Baton Rouge. Como um centro portuário de grande porte, Nova Orleães possuiu um papel primário no comércio de escravos, enquanto que a cidade possuía, ao mesmo tempo, a maior comunidade afro-americana do Estados Unidos.

Em 1861, a Luisiana separou-se dos Estados Unidos e juntou-se aos Estados Confederados da América. Ainda no mesmo ano, a Guerra Civil Americana teve início. Nova Orleães, como um porto primário de grande importância para a Confederação, foi um alvo primário de ataques navais da marinha americana. Em abril de 1862, Nova Orleães foi capturada por tropas americanas. Nenhuma batalha em defesa da cidade ocorreu, e a cidade foi tomada sem resistência. Assim, Nova Orleães foi poupada da destruição que afetou outras cidades-chave da Confederação. Porém, a economia de Nova Orleães entrou em uma grande recessão, que duraria cerca de uma década, por causa do bloqueio econômico naval da União à Confederação, conhecida como Plano Anaconda, e por causa da inauguração de diversas ferrovias à cidade, assim diminuindo a importância do porto para a economia de Nova Orleães.

Tropas americanas ocuparam a cidade até 1877. Por algum tempo, o governo americano cedeu a militares e a civis de descendência afro-americanas o governo da cidade, revoltando a maioria dos habitantes brancos da cidade. Uma grande rebelião entre brancos e afro-americanos ocorreu em 1866, onde cerca de 50 pessoas morreram. A partir do final da década de 1870, a economia de Nova Orleães passou a recuperar-se. Em 1879, a baía portuária da cidade foi ampliada. Em 1884, a cidade sediou uma Feira Mundial.

Século XX
 
Panorama de Nova Orleães em 1919.

No início do século XX, Nova Orleães possuía uma população de cerca de 287 mil habitantes. Durante a década de 1900, muitos imigrantes italianos instalaram-se na cidade. Em 1905, as epidemias de febre amarela que afligiam Nova Orleães desde os primórdios da colonização da região foram exterminadas graças a um programa adotado pela prefeitura da cidade, cujo objetivo era a destruição dos principais focos de procriação dos insetos transmissores da doença.

Muito de Nova Orleães está localizado abaixo do nível do mar, e por causa disso, a cidade é cercada por diques. Até o início do século XX, construção de estruturas estava limitada primariamente às poucas terras localizadas acima do nível do mar, próximos a diques naturais. A cidade era então completamente cercada por pântanos, que eram vulneráveis a enchentes e inundações do Rio Mississippi. Na década de 1910, o engenheiro e inventor Baldwin Wood criou seu ambicioso plano para drenar estes pântanos, através do uso de grandes bombas que foram desenhadas por ele mesmo. Tais bombas d' água ainda estão em uso em tempos atuais. Toda a água da chuva deve ser bombeada para canais que levam ao Lago Pontchartrain. Estas bombas d' água e a drenagem dos pântanos permitiram que a cidade se expandisse bastante em área. Porém, o bombeamento de água contida no subsolo resultou em sedimentação do solo, diminuindo a capacidade deste solo em absorver água, assim, aumentando o risco de enchentes e descendo ainda mais o nível do mar, a cidade afunda 6 milímetros por ano, nas áreas drenadas e urbanizadas afunda ainda mais, cerca de 1 metros em 50 anos.[3] Ao longo do século, diversos avisos foram feitos que um furacão ou uma enchente em grande escala do Rio Mississippi poderia criar um lago no centro da cidade, com uma profundidade de até 9 metros, cuja água levaria meses para ser bombeada. Em 1932, Nova Orleães inaugurou um canal, a Bonnet Carré Spillway, que diminuiu o risco de enchentes, desviando água do Lago Pontchartrain até o Rio Mississippi.

 Fila na sede do Conselho de Racionamento em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial.

Durante a década de 1920, em um esforço de modernizar a aparência da cidade, a prefeitura de Nova Orleães removeu muito dos antigos terraços de ferro da Rua Canal. Durante a década de 1960, todos os locais que eram segregados entre a população branca e afro-americana foram reintegrados, entre eles, escolas e bibliotecas. Ainda durante a década de 1960, a cidade substituiu suas linhas de bonde por linhas de ônibus. Anos após esta mudança, a prefeitura decidiu substituir muitas destas linhas de ônibus por linhas de bonde, durante a década de 1990.

A partir da década de 1960, a população de Nova Orleães passou a crescer mais lentamente, com a maior parte do crescimento populacional ocorrendo na região metropolitana da cidade. Metairie é atualmente o maior subúrbio de Nova Orleães. A partir da década de 1970, a importância do turismo passou a aumentar gradativamente, tornando-se uma das principais fontes de renda da cidade. Diversas áreas anteriormente voltadas para os habitantes locais de Nova Orleães passaram a voltar sua atenção para a indústria doméstica e internacional. Em 1975, a Luisiana Superdome, um estádio desportivo de grande capacidade, foi inaugurado. Um século após ter sediado uma Feira Mundial, em 1884, Nova Orleães sediou uma segunda feira mundial, a Exposição Mundial de Luisiana de 1984.

Na tarde de sábado, 14 de dezembro de 1996, um navio de carga chocou-se com um shopping center e um hotel na cidade, ambas localizadas às margens do Rio Mississippi. Nenhuma pessoa morreu, mas 116 ficaram feridas, 15 lojas e 456 quartos de hotel foram destruídos. O navio foi removido do local somente em 6 de janeiro de 1997.

Século XXI  Fotografia aérea de Nova Orleães alagada após a passagem do Furacão Katrina, em 2005.

Nova Orleães foi atingida em cheio pelo furacão Katrina em 29 de agosto de 2005. O Katrina foi categorizado inicialmente como um furacão de categoria 5 na Escala de Furacões de Saffir-Simpson, a mais destrutiva categoria de todas. O Katrina, porém, foi rebaixado posteriormente para um furacão categoria 4.

A prefeitura da cidade instituiu uma evacuação mandatória de emergência de toda a cidade, a primeira ordem deste gênero implementada na cidade. Porém, por causa da falta de planeamento de transporte, principalmente aos milhares de pessoas que não possuem carros, muitos habitantes da cidade foram forçados a ficar na cidade. Outros decidiram simplesmente continuar na cidade. Muitos dos milhares de habitantes que permaneceram foram movidos para o Superdome.

Muito de Nova Orleães está localizado abaixo do nível do mar, e protegida de enchentes do Rio Mississippi através de diques. Por causa destes diques e da sedimentação do subsolo da cidade, uma grande tempestade ou furacão causaria grande estrago na cidade, uma vez que os diques e a sedimentação impermeabilizaram o solo da cidade, e impediram um rápido escoamento da água a outras regiões. Nova Orleães foi atingido por ventos de até 200 quilômetros por hora, e cerca de 40% da cidade foi alagada, por causa do furacão Katrina. O estádio Superdome ficou seriamente danificado, e os milhares de pessoas dentro do estádio viveram por cerca de uma semana sob condições não sanitárias, até serem evacuadas pelo governo americano a outras regiões consideradas seguras. Enquanto isto, muitas lojas foram saqueadas, e vários roubos foram registrados. Milhares de policiais foram enviados à cidade para tentar manter o controle da região, e lei marcial foi instituída pelo prefeito de Nova Orleans.

 Centro financeiro da cidade em 2012

Em 30 de agosto de 2005, dois dos diques que cercavam Nova Orleães cederam à grande pressão das águas do Lago Pontchartrain. Os reservatórios destes diques já estavam acima da capacidade, graças ao furacão. Por causa disso, 89% da cidade foi alagada, com a água atingindo uma profundidade de até 7,6 metros. Companhias seguradoras estimam os estragos entre 10 e 25 bilhões de dólares, enquanto que o prejuízo econômico total está estimado em 100 bilhões de dólares. Se os danos do furacão Katrina superarem os estimados 25 bilhões de dólares, o Katrina tornar-se-á o furacão que causou mais prejuízos na história do Estados Unidos. Não se sabe o número de mortos, embora seja possível que este total seja de vários milhares.

Atualmente, os esforços de limpeza de destroços e de reconstrução ainda estão em continuam em Nova Orleães. Embora a maior parte da cidade está aberta para ocupação, muitas áreas, especialmente aquelas pesadamente danificadas pelo furacão e pela inundação, ainda possuem serviço de infraestrutura básica (eletricidade, água potável, coleta de resíduos, etc) irregular, e a secção mais atingida da cidade, uma parte do Lower Ninth Ward, ainda não está aberta para ocupação.

http://www.filologia.org.br/revista/artigo/7(21)04.htm http://www.idelberavelar.com/archives/2005/09/sobre_new_orlea.php Revista National Geographic Brasil, Agosto 2007 - Nova Orleans, Um Futuro Ameaçado, pág 106 a 135.
Fotografias por:
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