Contexto de Afeganistão

O Afeganistão (em persa e pastó: افغانستان, Afġānistān), oficialmente Emirado Islâmico do Afeganistão (em pastó: د افغانستان اسلامي امارت, Da Afġānistān Islāmī Imārāt e em persa: امارت اسلامی افغانستان, Imârat-i Islâmī-yi Afġânistân), é um país sem litoral, montanhoso, localizado no centro da Ásia, estando na encruzilhada entre o Sul da Ásia, a Ásia Central e a Ásia Ocidental. Faz fronteira com o Paquistão ao sul e ao leste, com o Irã ao oeste, com o Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão ao norte e com China no nordeste. Ocupando 652 230 km², sendo o 41.º maior do mundo em área, o Afeganistão é predominantemente montanhoso, com planícies no norte e sudoeste. Cabul é a capital e a maior cidade, com uma população estimada em 4,6 milhões, sendo o 37.º país mais populoso do mundo, composta principalmente de etnias pastós, tajiques, hazaras e usbeques.

O território do Afeganistão foi um ponto essencial para a rota da seda e para a migração hum...Ler mais

O Afeganistão (em persa e pastó: افغانستان, Afġānistān), oficialmente Emirado Islâmico do Afeganistão (em pastó: د افغانستان اسلامي امارت, Da Afġānistān Islāmī Imārāt e em persa: امارت اسلامی افغانستان, Imârat-i Islâmī-yi Afġânistân), é um país sem litoral, montanhoso, localizado no centro da Ásia, estando na encruzilhada entre o Sul da Ásia, a Ásia Central e a Ásia Ocidental. Faz fronteira com o Paquistão ao sul e ao leste, com o Irã ao oeste, com o Turcomenistão, Uzbequistão e Tajiquistão ao norte e com China no nordeste. Ocupando 652 230 km², sendo o 41.º maior do mundo em área, o Afeganistão é predominantemente montanhoso, com planícies no norte e sudoeste. Cabul é a capital e a maior cidade, com uma população estimada em 4,6 milhões, sendo o 37.º país mais populoso do mundo, composta principalmente de etnias pastós, tajiques, hazaras e usbeques.

O território do Afeganistão foi um ponto essencial para a rota da seda e para a migração humana. Arqueólogos encontraram evidências de presença humana remontantes ao Paleolítico Médio (c.50 000 a.C.). A civilização urbana pode ter começado entre 3 000 e 2 000 a.C. O país fica em uma localização geoestratégica importante que liga o Oriente Médio à Ásia Central e ao subcontinente indiano, tendo sido a casa de vários povos através dos tempos. A terra tem testemunhado muitas campanhas militares, desde a Antiguidade: as mais notáveis feitas por Alexandre o Grande, Chandragupta Máuria, Gêngis Cã, pela União Soviética e, mais recentemente, pelos Estados Unidos e OTAN. Também foi local de origem de várias dinastias locais como os Greco-bactrianos, Cuchanas, Safáridas, Gasnévidas, Gúridas, Timúridas, Mogóis e muitos outros que criaram seus próprios impérios.[carece de fontes?]

A história política moderna do Afeganistão começa em 1709, com a ascensão dos pastós, quando a dinastia Hotaki foi criada em Candaar, seguida por Ahmad Shah Durrani, subindo ao poder em 1747. A capital do Afeganistão foi transferida em 1776 de Candaar para Cabul e parte do Império Afegão foi cedida aos impérios vizinhos em 1893. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado-tampão, no Grande Jogo entre os impérios britânico e russo. Essa circunstância histórica, combinada com o terreno montanhoso do país, impediu o domínio de potências imperialistas sobre o país, mas também resultou em baixo desenvolvimento econômico. Depois da Terceira Guerra Anglo-Afegã e a assinatura do Tratado de Rawalpindi em 1919, o país recuperou o controle de sua política externa com os britânicos. Após a revolução marxista de 1978 e a invasão soviética em 1979, teve início uma guerra entre as forças governamentais apoiadas por tropas soviéticas e os rebeldes mujahidin, apoiados pelos Estados Unidos, Paquistão, Arábia Saudita e outros países muçulmanos. Nesse conflito, mais de um milhão de afegãos perderam a vida, muitos deles vítimas de minas terrestres. Após a vitória dos rebeldes, em 1992, teve início uma guerra civil, entre diversos grupos rebeldes, que foi vencida pelos talibãs. Depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, teve início um novo conflito, decorrente da intervenção de forças norte-americanas no país. Em dezembro de 2001 o Conselho de Segurança das Nações Unidas autorizou a criação da Força Internacional de Assistência para Segurança para ajudar a manter a segurança no Afeganistão e ajudar a administração do presidente Hamid Karzai. A guerra de vinte anos entre o governo e o talebã atingiu o clímax com a ofensiva talebã em 2021 e a consequente queda de Cabul.

As décadas de guerra fizeram do Afeganistão o país mais perigoso do mundo, incluindo o título de maior produtor de refugiados e requerentes de asilo. Enquanto a comunidade internacional está reconstruindo o Afeganistão dilacerado pela guerra, grupos terroristas como a rede Haqqani e Hezbi Islami estão ativamente envolvidos na insurgência talibã por todo o país, que inclui centenas de assassinatos e ataques suicidas. De acordo com a Organização das Nações Unidas, os insurgentes foram responsáveis por 75% das mortes de civis em 2010 e 80% em 2011.

Mais sobre Afeganistão

Informação básica
  • Código de chamada +93
  • Domínio da Internet .af
  • Mains voltage 240V/50Hz
  • Democracy index 2.85
Population, Area & Driving side
  • População 15500000
  • Área 652230
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigo principal: História do Afeganistão
     
    Expansão do califado

    Os vestígios de povoamento humano no que hoje é o Afeganistão remontam a pelo menos 50 000 anos.[1] Assentos permanentes emergiram na região há cerca de 9 000 anos atrás, evoluindo gradualmente à Civilização do Vale do Indo (Xortugai), the Civilização do Oxo (Dasliji) e a Civilização de Helmande (Mundigaque) no terceiro milênio antes de Cristo.[2] Os povos indo-arianos migraram pela região da Báctria-Margiana para Gandara, seguidos pelo surgimento da Cultura de Iaz da Idade do Ferro (c. 1500–1100 a.C.),[3] que tem sido intimamente associada à cultura retratada no Avestá, os antigos textos religiosos do Zoroastrismo.[4] A região, então conhecida como "Ariana", caiu perante os Persas Aquemênidas no século VI a.C., que conquistou as áreas a leste até além do Rio Indo....Ler mais

     Ver artigo principal: História do Afeganistão
     
    Expansão do califado

    Os vestígios de povoamento humano no que hoje é o Afeganistão remontam a pelo menos 50 000 anos.[1] Assentos permanentes emergiram na região há cerca de 9 000 anos atrás, evoluindo gradualmente à Civilização do Vale do Indo (Xortugai), the Civilização do Oxo (Dasliji) e a Civilização de Helmande (Mundigaque) no terceiro milênio antes de Cristo.[2] Os povos indo-arianos migraram pela região da Báctria-Margiana para Gandara, seguidos pelo surgimento da Cultura de Iaz da Idade do Ferro (c. 1500–1100 a.C.),[3] que tem sido intimamente associada à cultura retratada no Avestá, os antigos textos religiosos do Zoroastrismo.[4] A região, então conhecida como "Ariana", caiu perante os Persas Aquemênidas no século VI a.C., que conquistou as áreas a leste até além do Rio Indo. O macedônio Alexandre o Grande invadiu a região no século IV a.C. e se casou com Roxana em Báctria antes de invadir o vale do Rio Cabul, de onde ele enfrentou resistência das tribos aspásios. O Reino Greco-Báctrio se tornou o canto mais a leste do Mundo Helênico. Após a conquista pelos indianos do Império Máuria, o budismo e o hinduísmo floresceram na região por séculos. O imperador Canisca I, do Império Cuchana, que governou de suas capitais gêmeas de Capisa e Purusapura, desempenhou um papel importante na disseminação do budismo Maaiana à China e a Ásia Central. Várias outras dinastias budistas se originaram nesta região também, incluindo os quidaritas, heftalitas, alconitas, nezaques, zambis e xaís turcos.

     
    2003-2008

    Os muçulmanos levaram o Islã para Herate e Zaranje, controlados pelos Sassânidas, em meados do século VII, enquanto a islamização mais completa foi alcançada entre os séculos IX e XII sob as dinastias Safárida, Samânida, Gasnévida e Gúrida. Partes da região foram posteriormente governadas pelos impérios Corásmio, Calji, Timúrida, Lodi, Sur, Mogal e Safávida.[5] A história política do moderno estado afegão começou com o Império Hotaqui, cujo o fundador Miruais Cã declarou o sul do Afeganistão independente em 1709. Em 1747, Amade Xá Durrani estabeleceu o Império Durrani com sua capital em Candaar. Em 1776, a capital Durrani foi transferida para Cabul, enquanto Pexauar se tornou a capital de inverno até que esta caiu em batalha para os Siques em 1823. No final do século XIX, o Afeganistão tornou-se um Estado tampão no "Grande Jogo" entre os impérios Britânico e Russo.[6][7]

    Na Primeira Guerra Anglo-Afegã, de 1839 a 1842, tropas britânicas, vindas da Índia, tomaram o controle do Afeganistão, mas acabaram sendo derrotados decisivamente. Após a Terceira Guerra Anglo-Afegã de 1919, o país conseguiu se tornar independente da influência estrangeira. Em 1926, o Afeganistão se tornou uma monarquia sob comando de Amanulá Cã. Contudo, em 1973, o rei Zair foi derrubado e uma república de partido único foi estabelecida. Em 1978, após um segundo golpe de estado, o Afeganistão se tornou um Estado socialista, que levou a nação a passar boa parte da década de 1980 envolvido na Guerra Afegã-Soviética contra os rebeldes mujahidins. Em 1996, a maior parte do país havia sido tomado por fundamentalistas do grupo Talibã, que estabeleceram um regime totalitarista radical; eles foram derrubados do poder na invasão dos Estados Unidos em 2001, mas mantiveram controle e influência sob boa parte do país, especialmente nas zonas rurais e montanhosas. A guerra civil no país continuou entre o novo governo afegão e os insurgentes talibãs, que resultou em mais de 150 mil mortos, atrocidades, atentados terroristas, torturas, sequestros e assassinatos. Como a nova república afegã dependia imensamente da ajuda econômica e militar dos americanos, quando os Estados Unidos começou a se retirar em 2020, o exército afegão entrou em colapso e o governo central começou a ruir.[8]

    Em maio de 2021, o Talibã iniciou uma grande ofensiva generalizada e em poucos meses dominou a maioria dos distritos do país. Em agosto daquele ano, eles entraram na capital Cabul, completando o colapso da república afegã.[9]

    Ruchi Kumar (4 de fevereiro de 2020). «The Afghan artefacts that survived Taliban destruction». BBC. Consultado em 15 de agosto de 2021  Dyson, Tim (2018), A Population History of India: From the First Modern People to the Present Day, ISBN 978-0-19-882905-8, Oxford University Press, pp. 4–5 ; Fisher, Michael H. (2018), An Environmental History of India: From Earliest Times to the Twenty-First Century, ISBN 978-1-107-11162-2, Cambridge University Press, p. 33  Anthony, David W. (2007). The Horse, the Wheel, and Language: How Bronze-Age Riders from the Eurasian Steppes Shaped the Modern World. [S.l.]: Princeton University Press. p. 454. ISBN 978-0691058870  Mallory, J.P.; Adams, Douglas Q. (1997). Encyclopedia of Indo-European Culture illustrated ed. [S.l.]: Taylor & Francis. p. 310. ISBN 1884964982  The Far East and Australasia 2003. [S.l.]: Psychology Press. 14 de junho de 2002. ISBN 9781857431339  Tomsen, Peter (2014), The Wars of Afghanistan, ISBN 978-1610392624, pp. 41–2  Rashid, Ahmed (2000), Taliban, ISBN 1-86064-417-1, p. 187  Ladwig, Walter C. (2017). The Forgotten Front: Patron-Client Relationships in Counter Insurgency. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 302. ISBN 9781107170773. Consultado em 15 de maio de 2018  «Sob o comando do Talibã, o Afeganistão retorna aos seus dias mais sombrios». G1. Consultado em 15 de agosto de 2021 
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