Contexto de Veneza

Veneza (em italiano: Venezia, em vêneto: Venexia, AFI[veˈnɛsja]) é uma cidade no nordeste da Itália situada sobre um grupo de 117 pequenas ilhas separadas por canais e ligadas por pontes. Ela está localizada na pantanosa Lagoa de Veneza, que se estende ao longo da costa entre as bocas dos rios Po e Piave. Veneza é famosa pela beleza de sua arquitetura e obras de arte. Uma parte da cidade está listada como um Patrimônio Mundial, juntamente com a sua lagoa.

Veneza é a capital da região de Veneto. Em 2009, havia 270 098 habitantes na comuna de Veneza (a estimativa de população de 272 mil habitantes inclui a população de toda a comuna de Veneza) dos quais cerca de 60 mil vivem na cidade histórica de Veneza (centro storico); 176 mil em Terraferma (continente), principalmente na grande frazioni (equivalente a "paróquias" ou "divis...Ler mais

Veneza (em italiano: Venezia, em vêneto: Venexia, AFI[veˈnɛsja]) é uma cidade no nordeste da Itália situada sobre um grupo de 117 pequenas ilhas separadas por canais e ligadas por pontes. Ela está localizada na pantanosa Lagoa de Veneza, que se estende ao longo da costa entre as bocas dos rios Po e Piave. Veneza é famosa pela beleza de sua arquitetura e obras de arte. Uma parte da cidade está listada como um Patrimônio Mundial, juntamente com a sua lagoa.

Veneza é a capital da região de Veneto. Em 2009, havia 270 098 habitantes na comuna de Veneza (a estimativa de população de 272 mil habitantes inclui a população de toda a comuna de Veneza) dos quais cerca de 60 mil vivem na cidade histórica de Veneza (centro storico); 176 mil em Terraferma (continente), principalmente na grande frazioni (equivalente a "paróquias" ou "divisões" em outros países) de Mestre e Marghera, além de 31 mil em outras ilhas da lagoa). Junto com Pádua e Treviso, a cidade está incluída na área metropolitana de Pádua-Treviso-Veneza (PATREVE), com uma população total de 2,6 milhões de pessoas.

O nome é derivado do antigo povo veneti, que habitou a região até o século X a.C. A cidade foi a capital da histórica República de Veneza e é conhecida como o "La Dominante", "Serenissima", "Rainha do Adriático", "Cidade da Água", "Cidade Flutuante" e "Cidade dos Canais". A República de Veneza foi uma grande potência marítima durante a Idade Média e o Renascimento, além de ser um ponto de parada para as Cruzadas e a Batalha de Lepanto, bem como um centro comercial muito importante (especialmente de produtos como seda, fibra e especiarias) e artístico entre o século XIII até o final do século XVII. Tamanha importância fez de Veneza uma cidade rica em quase toda a sua história.

Ela também é conhecida por seus vários movimentos artísticos importantes, especialmente do período renascentista. Após as guerras napoleônicas e o Congresso de Viena, a República foi anexada pelo Império Austríaco, até que se tornou parte do Reino da Itália em 1866, na sequência de um referendo realizado como resultado da Terceira Guerra de Independência Italiana. A cidade também desempenhou um papel importante na história da música sinfônica e da ópera, sendo o local de nascimento de Antonio Vivaldi.

Mais sobre Veneza

Population, Area & Driving side
  • População 250369
  • Área 415
Histórico
  •  Ver artigo principal: História da República de Veneza
    Origem  Cavalos de São Marcos, trazidos de Constantinopla em 1204

    Embora não haja nenhum registo histórico que lide diretamente com as origens de Veneza, os elementos disponíveis fizeram com que vários historiadores concordassem com a teoria de que a população original de Veneza era formada por refugiados de cidades romanas como Pádua, Aquileia, Altino e Concórdia (moderna Portogruaro), que fugiam das sucessivas invasões germânicas e hunas à Península Itálica no século V.[1]

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     Ver artigo principal: História da República de Veneza
    Origem  Cavalos de São Marcos, trazidos de Constantinopla em 1204

    Embora não haja nenhum registo histórico que lide diretamente com as origens de Veneza, os elementos disponíveis fizeram com que vários historiadores concordassem com a teoria de que a população original de Veneza era formada por refugiados de cidades romanas como Pádua, Aquileia, Altino e Concórdia (moderna Portogruaro), que fugiam das sucessivas invasões germânicas e hunas à Península Itálica no século V.[1]

    Algumas fontes romanas tardias revelam a existência de pescadores, nas ilhas das lagoas pantanosas originais, que foram referidos como incolae lacunae ("moradores da lagoa"). A fundação tradicional é identificada com a dedicação da primeira igreja, a de San Giacomo na ilhota de Rialto (Rivoalto) - teria ocorrido ao meio-dia de 25 de março de 421.[2][3]

    Começando em 166-168, os Quados e os Marcomanos destruíram a atual Oderzo. As defesas romanas foram derrubadas no início do século V pelos Visigodos e, cerca de 50 anos depois, pelos hunos liderados por Átila. A mais duradoura invasão foi a dos lombardos em 568. A leste, o Império Bizantino estava estabelecendo domínios na região do atual Vêneto e as principais entidades administrativas e religiosas do império na Península Itálica foram transferidas para este domínio. Foram construídos novos portos, incluindo Malamoco e Torcello na lagoa de Veneza.[carece de fontes?]

     O Retorno de Bucentauro ao Molo no Dia de Ascensão, por Canaletto (1730) Casa da Moeda, Biblioteca Marciana, Campanário de São Marcos e Palácio Ducal. Territórios da República de Veneza (em vermelho). Praça de São Marcos, em Veneza, em 1697

    O domínio bizantino na Itália Central e Setentrional posteriormente foi eliminado em grande medida pela conquista do Exarcado de Ravena em 715 por Astolfo. Durante este período, a sede local do governo bizantino (a residência do "duque/doux", depois chamado de doge), foi situada em Malamoco.[carece de fontes?] Em 775-776, a sede do bispado de Olivolo (Helípolis) foi criada. Durante o reinado do doge Agnello Participazio (811-827), a sede ducal foi movida de Malamoco para a ilha protegida de Rialto (de "rivoalto", isto é, costa alta).

    Os doges
     Ver artigo principal: Doge de Veneza

    O doge era o primeiro magistrado da República de Veneza. Os seus atributos simbólicos eram ainda reminiscências do Império Bizantino. O poder dos doges foi sempre limitado pelos venezianos, através, por exemplo, do promissio ducalis, uma carta de princípios e promessas que deviam jurar na data de entrada em funções. O texto foi fixado em 1172, quando foi eleito Enrico Dandolo, e foi alvo de alterações em 1192 e 1229. A partir deste último ano, a eleição do doge ficou submetida ao exame do Conselho dos Cinco Correctores. A partir de 1501, a promissio foi lida todos os anos ao doge em funções. Em 1646, a dogeza (a mulher do doge) foi interdita à coroação. Durante o século XVII, os membros da família do doge estavam interditos na magistratura e embaixadas venezianas.[carece de fontes?]

    O primeiro título de doge em Veneza foi dado no século IX como dux Veneciarum ("chefe dos Venezianos"), título que se manteve durante toda a existência do cargo. Do século IX ao século XII, os doges juntaram ao título os de dux Croatorum ("chefe dos croatas"), dux Dalmatinorum (chefes dos dálmatas), totius Istriæ dominator ("soberano de toda a Ístria"), dominator Marchiæ ("soberano das Marcas"), traduzindo assim o domínio veneziano no mar Adriático. Em 1095, o epitáfio do doge Vitale Faliero de Doni proclamava-o mesmo rex et corrector legum ("rei e promulgador das leis").

    Enrico Dandolo, no fim do século XII, intitulava-se dominator quarte et dimidie partis totius Imperii Romanie ("soberano de um quarto e meio de todo o Império Romano"). O título prolongou-se até 1356 e foi abandonado por Giovanni Delfino.[carece de fontes?]

    Expansão
     Ver artigo principal: República de Veneza
     Stato da Màr (colônias) da República de Veneza.

    A influência política de Veneza foi marcante na história da Europa,[4] sobretudo quando a partir da Alta Idade Média se expandiu graças ao controlo do comércio com o Oriente e aos benefícios que daí vinham. Essa expansão deu-se sobretudo na zona do mar Adriático e do Mar Egeu. Veneza alcançou o apogeu na primeira metade do século XV, quando os venezianos começaram a expandir-se pela Itália oriental, como resposta ao ameaçador avanço de João Galeácio Visconti, duque de Milão.[carece de fontes?]

    Veneza soube aproveitar todas as mudanças que ocorreram no mundo ocidental: aliou-se com os francos contra os longobardos; aliou-se com o Império Bizantino contra os normandos; foi benevolente e tolerante com o Islão, de tal modo que ao estar o Império Bizantino em guerra com os árabes este não podia comerciar sem grandes riscos, e foi nessa ocasião que os navios venezianos partiram para Alexandria, Beirute e Jafa, monopolizando aquele comércio.[carece de fontes?]

    Decadência

    A queda de Constantinopla em 1453 marcou o princípio da decadência. A descoberta do caminho marítimo para a Índia por Vasco da Gama (1498) e a descoberta da América por Cristóvão Colombo (1492) deslocaram as rotas de comércio e Veneza viu-se obrigada a sustentar uma luta esgotante contra os turcos otomanos. Em 1797, foi invadida pelas tropas de Napoleão Bonaparte. Com a assinatura do tratado de Campofórmio, dividiu-se o seu território entre França e Império Habsburgo.[carece de fontes?]

    Veneza está rodeada de lagoas de pouco profundidade, e isso valeu-lhe sempre como excelente defesa. Nas suas águas encalhavam facilmente os navios que não conheciam os fundos. Era também uma cidade entrincheirada protegida por grandes muralhas. As "muralhas" de Veneza são os perigosos bancos de areia que ficam quase a descoberto na baixa-mar. Para chegar a Veneza vindo do mar Adriático, é preciso conhecer as passagens, que em tempos de paz eram assinaladas com fileiras de estacas com luzes à noite.[carece de fontes?]

     
    Vista panorâmica da cidade nos anos 1870
    Bosio, Le origini di Venezia Trudy Ring; Robert M. Salkin; Sharon La Boda (1 de janeiro de 1996). International Dictionary of Historic Places: Southern Europe. [S.l.]: Taylor & Francis. p. 745. ISBN 978-1-884964-02-2. Consultado em 24 de março de 2011  Burckhardt, Jacob (1990). The civilization of the Renaissance in Italy. London, England: Penguin Books. ISBN 0-14-044534-X. OCLC 23255316  «Venice at the Centre of International Relations and Politics». Consultado em 12 de setembro de 2009 
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