Россия

Rússia
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Contexto de Rússia

A Federação da Rússia (em russo: Российская Федерация, Rossiiskaia Federatsia, pronúncia russa: [rɐˈsʲijskəjə fʲɪdʲɪˈratsɨjə] (escutar?·info)), ou simplesmente chamada de Rússia (em russo: Росси́я, transl. Rossía, pronúncia russa: [rɐˈsʲijə] (escutar?·info)), é um país localizado no norte da Eurásia, com área de 17 075 400 quilômetros quadrados. É o maior país do planeta, cobrindo mais de um nono da superfície terrestre. É também o nono país mais populoso, com 142 milhões de ...Ler mais

A Federação da Rússia (em russo: Российская Федерация, Rossiiskaia Federatsia, pronúncia russa: [rɐˈsʲijskəjə fʲɪdʲɪˈratsɨjə] (escutar?·info)), ou simplesmente chamada de Rússia (em russo: Росси́я, transl. Rossía, pronúncia russa: [rɐˈsʲijə] (escutar?·info)), é um país localizado no norte da Eurásia, com área de 17 075 400 quilômetros quadrados. É o maior país do planeta, cobrindo mais de um nono da superfície terrestre. É também o nono país mais populoso, com 142 milhões de habitantes. Faz fronteira com os seguintes países, de noroeste para sudeste: Noruega, Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia e Polônia (as duas últimas através do exclave de Kaliningrado), Bielorrússia, Ucrânia, Geórgia, Azerbaijão, Cazaquistão, China, Mongólia e Coreia do Norte. Também tem fronteiras marítimas com o Japão, pelo Mar de Okhotsk, e com os Estados Unidos, pelo Estreito de Bering.

A região inicia-se com os grupos étnicos eslavos do leste, que surgiram reconhecidos na Europa entre os séculos III e VIII. Fundada e dirigida por uma classe nobre de guerreiros viquingues e por seus descendentes, o primeiro Estado eslavo, a Rússia de Kiev, surgiu no século IX e adotou o cristianismo ortodoxo do Império Bizantino em 988, iniciando a síntese das culturas bizantina e eslava, o que acabou por definir a cultura russa. O principado finalmente se desintegrou e suas terras foram divididas em vários pequenos Estados feudais. O Estado sucessor de Kiev foi Moscóvia, que serviu como a principal força no processo de reunificação da Rússia e na luta de independência contra a Horda de Ouro mongol. Moscóvia gradualmente reunificou os principados russos e passou a dominar o legado cultural e político da Rússia de Kiev. Por volta do século XVIII, o país teve grande expansão territorial através da conquista, anexação e exploração de vastas áreas, tornando-se o Império Russo, entre 1721 e 1917, que foi o terceiro maior império da história, se estendendo da Polônia, na Europa, até o atual estado estadunidense Alasca, na América do Norte.

O país estabeleceu poder e influência em todo o mundo desde os tempos do império até se tornar a maior e principal república constituinte da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), entre 1922 e 1991, o primeiro e maior Estado socialista constitucional, reconhecido como uma superpotência e que desempenhou um papel decisivo para a vitória aliada na Segunda Guerra Mundial. A Federação da Rússia foi criada na sequência da dissolução da União Soviética, em 1991, mas é reconhecida como o Estado sucessor da URSS.

O país é a décima segunda maior economia do mundo por PIB nominal e a sexta maior economia do mundo em paridade do poder de compra e com o quinto maior orçamento militar nominal. É um dos cinco Estados reconhecidos com armas nucleares do mundo, além de possuir o maior arsenal de armas de destruição em massa do planeta. A Rússia é membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, membro do BRICS, G20, Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (APEC), Organização para Cooperação de Xangai (OCX), EurAsEC, além de ser um destacado membro da Comunidade dos Estados Independentes (CEI). O povo russo pode se orgulhar de uma longa tradição de excelência em todos os aspectos das artes e das ciências, bem como uma forte tradição em tecnologia, incluindo importantes realizações como o primeiro voo espacial humano.

Mais sobre Rússia

Informação básica
  • Nome nativo Россия
  • Código de chamada +7
  • Domínio da Internet .ru
  • Speed limit 90
  • Mains voltage 220V/50Hz
  • Democracy index 3.31
Population, Area & Driving side
  • População 137550949
  • Área 17075400
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigo principal: História da Rússia
    Primeiros povos
     Ver artigos principais: Cítia, Reino do Bósforo e Cazares
    Ler mais
     Ver artigo principal: História da Rússia
    Primeiros povos
     Ver artigos principais: Cítia, Reino do Bósforo e Cazares
     
    Hipótese Kurgan, acerca da difusão dos povos euroasiáticos a partir da região ao sul da Rússia

    Um dos primeiros ossos humanos modernos, datado de 35 mil anos de idade, foi encontrado na Rússia, em Kostenki, nas margens do rio Don.[1] Os restos do hominídeo de Denisova, que viveu entre 1 milhão e 40 mil anos, foram descobertos na caverna de Denisova, no sul da Sibéria.[2] Em tempos pré-históricos, as vastas estepes do sul da Rússia eram o lar de tribos de pastores nômades.[3] Os restos dessas civilizações foram descobertos em lugares como Ipatovo,[3] Sintashta,[4] Arkaim,[5] e Pazyryk, que possuem os primeiros vestígios conhecidos de guerras com o uso de cavalos, uma característica fundamental no modo de vida nômade.[6]

    Na Antiguidade Clássica, a estepe pôntica era conhecida como Cítia. Desde o século VIII a.C., comerciantes da Grécia Antiga conduziram os produtos da sua civilização para os empórios comerciais em Tánais e Fanagoria. Os romanos estabeleceram-se na parte ocidental do Mar Cáspio, onde seu império se estendia para o leste.[7] Entre os séculos III e IV d.C., o semilendário reino gótico de Aujo existiu no sul da Rússia, até que foi invadido pelos hunos. Do século V a.C. ao IV d.C., o Reino do Bósforo, um sistema político helenista que sucedeu as colônias gregas,[8] também foi assaltado por invasões nômades lideradas por tribos guerreiras, como os hunos.[9] Pelo século VI, a estepe pôntica presencia a migração de mais tribos guerreiras, como os ávaros da Eurásia e os protobúlgaros. Um povo turco, os cazares, dominou as estepes da bacia do Volga, entre os mares Cáspio e Negro até o século X.[10]

    Os ancestrais dos russos modernos são as tribos eslavas, cujo lar de origem é considerado por alguns estudiosos como tendo sido as áreas florestadas dos pântanos de Pinsco.[11] Os Eslavos do Leste gradualmente se assentaram na Rússia Ocidental em duas ondas: uma movendo-se de Kiev para a atual Susdália e Murom e outra de Polócia para Novogárdia Magna e Rostóvia. A partir do século VII, os eslavos do leste constituíam a maior parte da população na Rússia Ocidental e, lentamente, mas de forma pacífica, assimilaram os povos fino-úgricos nativos, incluindo os merias, os muromianos e os meshcheras.[12]

    Rússia de Kiev
     Ver artigos principais: Grão-Canato de Rus, Rússia de Kiev e Cristianização dos rus' de Kiev
     
    Extensão da Rússia de Kiev no século XI

    O estabelecimento do primeiro Estado dos Eslavos do Leste, no século IX, coincidiu com a chegada de varegues, que eram comerciantes, guerreiros e colonos da região do mar Báltico. Originalmente, eles eram um povo viquingue de origem escandinava, que se aventurou ao longo dos cursos de água que se estendem desde o mar Báltico oriental até os mares Negro e Cáspio.[13] De acordo com a Crônica Primária, um varegue do povo Rus' chamado Rurique, foi eleito governador da Novogárdia em 862. Em 882 o seu sucessor, Olegue, se aventurou ao sul e conquistou Kiev,[14] que tinha sido anteriormente dominada pelos cazares, e fundou a Rússia de Kiev. Posteriormente, Olegue, Igor (o filho de Rurique) e Esvetoslau I (o filho de Igor), subjugaram todas as tribos locais de eslavos do leste ao domínio de Kiev, ao destruírem o Império Cazar e ao lançarem várias expedições militares para o Império Bizantino e para a Pérsia.[15]

    Nos séculos X e XI, a Rússia de Kiev tornou-se um dos maiores e mais prósperos Estados da Europa.[16] Os reinados de Vladimir I (r. 980–1015), e de seu filho, Jaroslau I, o Sábio (r. 1019–1054), constituíram a "Era de Ouro de Kiev", quando o cristianismo ortodoxo do Império Bizantino foi assimilado pelo povo e quando o primeiro código legal escrito por eslavos do leste foi criado, o Russkaia Pravda.[17]

    Nos séculos XI e XII, as constantes incursões de tribos turcas nômades, como os quipchacos e os pechenegues, causaram uma migração maciça das populações eslavas para regiões mais seguras, como as densas florestas do norte, particularmente na área conhecida como Zalesye.[18]

     
    A Cristianização dos rus' de Kiev, pintura de Klavdi Lebedev

    A era do feudalismo e da descentralização foi marcada pelo constante combate entre os membros da dinastia ruríquida, que governou a Rússia de Kiev coletivamente. O domínio de Kiev entrou em declínio, enquanto outros Estados, como o Principado de Vladimir-Susdália, a República de Novogárdia e o Reino de Galícia-Volínia, prosperavam. Por fim, a Rússia de Kiev se desintegrou com o golpe final que foi a invasão mongol de 1237–1240,[19] que resultou na destruição de Kiev[20] e na morte de cerca de metade da população do Principado.[21] A elite mongol invasora, juntamente com seus súditos turcos conquistados (cumanos, quipchacos e protobúlgaros) tornaram-se conhecidos como tártaros e formaram o Estado do Canato da Horda Dourada, que pilhou os principados russos. Os mongóis governaram a Cumânia e a Bulgária do Volga (extensões do sul e do centro da Rússia atual) por mais de dois séculos.[22]

    A Galícia-Volínia acabou sendo assimilada pela Comunidade Polaco-Lituana, enquanto o Principado de Vladimir-Susdália e a República de Novogárdia sob domínio mongol, duas regiões da periferia de Kiev, estabeleceram as bases para a moderna nação russa.[23] Novogárdia, junto com Pescóvia, manteve um certo grau de autonomia durante o tempo do jugo mongol e foram largamente poupadas das atrocidades que afetaram o resto do país. Liderados pelo príncipe Alexandre Nevski, os novogárdios repeliram os invasores suecos na Batalha do Neva em 1240, assim como combateram os cruzados germânicos na Batalha do Lago Peipus em 1242, quebrando suas tentativas de colonizar o Norte do Rus'.[24]

    Moscóvia
     
    Sérgio de Radonej abençoa Demétrio Donskoi em Trindade-São Sérgio antes da Batalha de Kulikovo em pintura de Ernst Lissner
     
    Extensão da Moscóvia no século XV
     Ver artigo principal: Moscóvia

    O mais poderoso Estado sucessor da Rússia de Kiev foi o Grão-Ducado de Moscou (ou "Moscóvia" nas crônicas ocidentais), inicialmente uma parte do Principado de Vladimir-Susdália. Enquanto ainda estavam sob o domínio dos mongóis-tártaros e com a sua conivência, Moscóvia começou a afirmar sua influência no centro de Rus' no início do século XIV, tornando-se gradualmente a principal força no processo das terras Rus' e na expansão da Rússia. Aqueles eram tempos difíceis, com as frequentes incursões mongóis-tártaras e com a agricultura difícil desde o início da Pequena Idade do Gelo. Tal como no resto da Europa, pragas atingiram a Rússia em alguma região uma vez a cada cinco ou seis anos no período entre 1350 e 1490. No entanto, devido à baixa densidade populacional e a uma melhor higiene (pela prática generalizada de banya, o banho de vapor),[25] as mortes entre a população causadas pelas pragas não foram tão graves como na Europa Ocidental.[26]

    Liderado pelo príncipe Demétrio de Moscou e ajudado pela Igreja Ortodoxa Russa, um exército unido dos principados russos infligiu uma derrota marcante contra os mongóis-tártaros na Batalha de Kulikovo, em 1380. Moscóvia gradativamente absorveu os principados circundantes, incluindo antigos e fortes rivais, como Tuéria e Novogárdia.[27]

    Ivã III (o Grande), finalmente se livrou do controle da Horda de Ouro, consolidou todo o centro e norte do Rus' sob o domínio de Moscóvia e foi o primeiro a assumir o título de "Grão-Duque de todas as Rússias".[28] Depois da queda de Constantinopla em 1453, Moscóvia reivindicou sucessão ao legado do Império Romano do Oriente. Ivã III casou com Sofia Paleóloga, a sobrinha do último imperador bizantino, Constantino XI, e fez da bizantina águia bicéfala o seu próprio brasão e, posteriormente, de toda a Rússia.[29]

    Czarado
     Ver artigos principais: Czarado da Rússia, Expansão territorial da Rússia, Conquista russa da Sibéria e Colonização russa da América
     
    Retrato de Ivã IV da Rússia (conhecido como Ivã, o Terrível), por Viktor Vasnetsov

    No desenvolvimento das ideias da Terceira Roma, o grão-duque Ivã IV (conhecido como o "Terrível")[30] foi oficialmente coroado o primeiro czar ("césar") da Rússia em 1547. O czar promulgou um novo código de leis (o Sudebnik de 1550), estabeleceu o primeiro órgão representativo feudal russo (o Zemski Sobor) e introduziu a auto-gestão local nas regiões rurais.[31][32]

    Durante o seu longo reinado, Ivã, o Terrível, quase dobrou o já extenso território russo anexando os três canatos tártaros (partes da desintegrada Horda Dourada): Cazã e Astracã ao longo do rio Volga, e o Canato da Sibéria, no sul da Sibéria. Assim, até o final do século XVI a Rússia foi transformada em um Estado multiétnico, multiconfessional e transcontinental.[30]

    No entanto, o czarismo foi enfraquecido pela longa e mal sucedida Guerra da Livônia contra uma coalizão entre Polônia, Lituânia e Suécia pelo acesso ao mar Báltico e ao comércio marítimo.[33] Ao mesmo tempo, os tártaros do Canato da Crimeia, o único sucessor remanescente da Horda de Ouro, continuou a atacar o sul da Rússia.[34] No esforço para restaurar os canatos do Volga, os crimeanos e seus aliados otomanos invadiram a região central da Rússia e chegaram a queimar partes de Moscou em 1571.[35] No ano seguinte, no entanto, o grande exército invasor foi completamente derrotado pelos russos na Batalha de Molodi, eliminando para sempre a ameaça da expansão otomana da Crimeia para o território russo. Os ataques de crimeanos, no entanto, não cessaram até o final do século XVII, embora a construção de novas linhas fortificadas em todo sul russo diminuíam constantemente a área acessível às incursões.[36]

    A morte dos filhos de Ivã marcou o fim da antiga dinastia ruríquida em 1598, e em combinação com a fome de 1601-1603,[37] levou a nação à guerra civil, governos instáveis e intervenção estrangeira durante o chamado "Tempo de Dificuldades" no início século XVII.[38] A Comunidade Polaco-Lituana ocupou partes da Rússia, incluindo Moscou. Em 1612, os poloneses foram forçados a recuar pelo corpo de voluntários da Rússia, liderado por dois heróis nacionais, o comerciante Kuzma Minin e o príncipe Dmitri Pojarski. A Dinastia Romanov chegou ao poder em 1613 por decisão do Zemsky Sobor (o parlamento feudal) e o país começou a sua gradual recuperação da crise.[39]

     
    Conquista da Sibéria por Ermak, por Vasili Surikov

    A Rússia continuou o seu crescimento territorial ao longo do século XVII, que ficou conhecido como a era de cossacos. Os cossacos eram guerreiros organizados em comunidades militares, assemelhando-se a piratas e pioneiros do Novo Mundo. Em 1648, camponeses da Ucrânia juntaram-se aos cossacos da Zaporójia em rebelião contra a Comunidade Polaco-Lituana, durante a Revolta de Khmelnitski, por causa da opressão social e religiosa que sofriam sob o domínio polonês. Em 1654, o líder ucraniano Bohdan Khmelnytsky propôs colocar a Ucrânia sob a proteção do czar russo Aleixo I. A aceitação desta oferta por Aleixo levou a outra guerra russo-polonesa entre 1654 e 1667. Finalmente, a Ucrânia foi dividida ao longo do rio Dnieper, deixando a parte ocidental sob o domínio polonês e a parte oriental (o que incluía Kiev) sob o domínio russo. Mais tarde, entre 1670 e 1671, os cossacos do Don, liderados por Stenka Razin, iniciaram uma grande revolta na região do Volga, mas as tropas do czar foram bem sucedidas em derrotar os rebeldes.[40]

    No leste, a rápida exploração e colonização russa dos imensos territórios da Sibéria foi liderada principalmente pelos cossacos que caçavam em busca de peles e marfim, que eram muito valiosos. Os exploradores russos foram para o leste, principalmente ao longo das rotas dos rios siberianos, e em meados do século XVII, havia assentamentos russos na Sibéria Oriental, na península de Tchuktchi, ao longo do rio Amur e na costa do Pacífico. Em 1648, o estreito de Bering, entre a Ásia e a América do Norte foi transpassado pela primeira vez por Fedot Alekseevitch Popov e Semion Dejniov.[41]

    Império
     Ver artigo principal: Império Russo
     
    Czar Pedro I, o precursor do Império Russo

    Sob o governo de Pedro, o Grande, a Rússia foi proclamada um império em 1721 e passou a ser reconhecido como uma potência mundial. Durante seu governo entre 1682 e 1725, Pedro derrotou a Suécia na Grande Guerra do Norte, forçando-a a ceder a Carélia e a Íngria (duas regiões que os russos perderam durante o Tempo das Dificuldades),[42] além de Reval e Livônia, garantindo o acesso da Rússia ao mar e ao comércio marítimo.[43] Nas margens do mar Báltico, Pedro I fundou uma nova capital chamada São Petersburgo, mais tarde conhecida como a "janela da Rússia para a Europa". As reformas de Pedro, o Grande, trouxeram consideráveis influências culturais da Europa Ocidental para o país.[44]

    A czarina Catarina, a Grande continuou o trabalho de Pedro, derrotando a Polônia e anexando a Bielorrússia e a Ucrânia, outrora a nação fundadora daquele Império. Catarina assina um acordo com o reino da Geórgia de modo a evitar invasões do Império Otomano, e a Geórgia passa a ser protegida militarmente pela Rússia.[45]

    Em 1812, a grande armada de Napoleão Bonaparte entra em Moscovo, mas vê-se forçada a abandoná-la, já que a cidade havia sido evacuada e estava vazia. Os russos tinham preparado uma armadilha contra o imperador francês. O frio e a falta de recursos foram responsáveis pela morte de 95% das tropas francesas.[46] Durante o regresso de Napoleão a Paris, os russos perseguiram-no e dominaram Paris, trazendo para o império as ideias liberais que estavam em marcha na França e na Europa Ocidental. Ainda devido à perseguição sobre Napoleão, a Rússia conquista a Finlândia e a Polónia. O golpe final sobre Napoleão foi dado em 1813, quando os russos e aliados, os austríacos e os prussianos, venceram a armada de Napoleão na batalha de Leipzig.[47]

     
    Todos os territórios que fizeram parte do Império Russo ou que estavam sob sua esfera de influência

    Sucessivas guerras e conflitos vão acompanhando a Rússia até ao fim da era czarista. Sai derrotada na Guerra da Crimeia, que durou de 1853 a 1856. Mais tarde, vence a Guerra Russo-Turca e obriga o Império Otomano a reconhecer a independência da Roménia, da antiga Sérvia e a autonomia da Bulgária.[48]

    A ascensão de Nicolau I, que governaria entre 1825 e 1855, trava o desenvolvimento da Rússia nos fins do século XIX. A lei da servidão obrigava os camponeses a lavrar as terras sem poder que as possuíssem. O seu sucessor, Alexandre II, que comandou o país de 1855 a 1881, ao ver o atraso da Rússia em relação à Europa, cria reformas que vão fazer com que a Rússia consiga um maior desenvolvimento.[49]

    O final do século XIX viu o surgimento de vários movimentos socialistas na Rússia. Alexandre II foi assassinado em 1881 por terroristas revolucionários e o reinado de seu filho, Alexandre III (1881–1894), foi menos liberal, mas mais tranquilo. O último imperador russo, Nicolau II (1894–1917), foi incapaz de evitar que os acontecimentos da Revolução Russa de 1905, desencadeada pela mal sucedida Guerra Russo-Japonesa e pelo incidente conhecido como Domingo Sangrento.[50]

     
    Domingo Sangrento, episódio ocorrido durante a Revolução de 1905 e que acelerou a queda do império

    O levante foi controlado, mas o governo foi forçado a admitir grandes reformas, incluindo a concessão das liberdades de expressão e de reunião, a legalização dos partidos políticos, bem como a criação de um órgão legislativo eleito, a Duma do Império Russo. Essas medidas surtiram escasso efeito, visto que os partidos eram sistematicamente vigiados e a Duma era controlada pela aristocracia e pelo czar, que podia dissolvê-la a qualquer momento. Até 1905, o sistema político da Rússia czarista não possuía partidos políticos, com todo o poder concentrado nas mãos do imperador. Destaca-se que estas mudanças, embora significativas sob o ponto de vista político, não alteravam o quadro social da maior parte da população russa. A migração para a Sibéria aumentou rapidamente no início do século XX, particularmente durante a reforma agrária Stolypin. Entre 1906 e 1914, mais de quatro milhões de colonos chegaram naquela região.[51]

    Em 1914, a Rússia entrou na Primeira Guerra Mundial, em resposta à declaração de guerra da Áustria-Hungria contra a Sérvia, que era aliada dos russos, e lutou em várias frentes ao mesmo tempo, isolada de seus aliados da Tríplice Entente. Em 1916, a Ofensiva Brusilov do Exército Russo quase destruiu completamente as forças militares da Áustria-Hungria. No entanto, a já existente desconfiança da população com o regime imperial foi aprofundada pelo aumento dos custos da guerra, muitas baixas e pelos rumores de corrupção e traição. Tudo isso formou o clima para a Revolução Russa de 1917, realizada em dois atos principais.[52][53]

    Revoluções e guerra civil
     Ver artigos principais: Revolução Russa de 1905, Revolução Russa de 1917 e Guerra Civil Russa
     
    Vladimir Lenin, o líder da Revolução de Outubro (também conhecida como Revolução Bolchevique)
     
    Bolchevique, por Boris Kustodiev

    Apesar da Rússia, na época, ser um dos países mais poderosos do mundo em termos militares, apenas uma fina parte da população, os nobres, tinham boas condições de vida. Os camponeses eram terrivelmente pobres e trabalhavam de sol-a-sol os seus terrenos sem poder possuí-los. As sucessivas derrotas em várias guerras e batalhas durante a Primeira Guerra Mundial e o descontentamento geral da população fizeram com que a economia interna começasse a deteriorar-se. Nesta ocasião, emergem com força os Sovietes e o Partido Operário Social-Democrata Russo, fundado em 1898, e posteriormente dividido entre os mencheviques e os bolcheviques, dois termos análogos a minoria (меньше) e maioria (больше), em russo.[54]

    Este quadro político-social foi profundamente alterado pela deflagração da Primeira Guerra Mundial. A Revolução de Fevereiro de 1917 caracterizou a primeira fase da Revolução Russa. A consequência imediata foi a abdicação do czar Nicolau II. Ela ocorreu como resultado da insatisfação popular com a autocracia czarista e com a participação negativa do país na Primeira Guerra Mundial. Ela levou à transferência de poder do czar para um regime republicano, surgido da aliança entre liberais e socialistas que pretendiam conduzir reformas políticas.[54]

    As mudanças propostas pelos mencheviques, que haviam liderado a Revolução de Fevereiro, não alteraram o quadro social, pois o país continuava a sofrer grandes perdas em função da participação na Guerra. A insatisfação social, aliada à atuação dos bolcheviques, fez eclodir a Revolução de Outubro. O marco desta revolução foi a invasão do Palácio de Inverno pelos revolucionários. A Revolução de Outubro foi liderada por Vladimir Lênin, tornando-se a primeira revolução socialista do século XX.[54]

    A saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial, o desejo da volta do poder da então elite russa e o medo de que o ideário comunista poderia propagar-se pela Europa e eventualmente pelo mundo, fez eclodir a Guerra Civil Russa, que contou com a participação de diversas nações. O então primeiro-ministro francês, George Clemenceau, criou a expressão Cordão Sanitário, com o intuito de isolar a Rússia bolchevique do restante do mundo. O idealismo dos bolchevique propagado para a população mais pobre foi o fator decisivo para a vitória dos partidários de Lênin.[54]

    Após a Revolução de Outubro, uma guerra civil eclodiu entre o Exército Branco, que era anticomunista, e o novo regime soviético com o seu Exército Vermelho. A Rússia bolchevista perdeu seus territórios ucranianos, poloneses, bálticos e finlandeses ao assinar o Tratado de Brest-Litovsk, que acabou com as hostilidades com as Potências Centrais da Primeira Guerra Mundial. As potências aliadas lançaram uma intervenção militar mal sucedida em apoio de forças anticomunistas. Entretanto tanto os bolcheviques quanto o movimento branco realizaram campanhas de deportações e execuções contra os outros, episódio que ficou conhecido, respectivamente, como Terror Vermelho e Terror Branco. Até o final da guerra civil russa, a economia e a infraestrutura do país foram profundamente danificadas. Milhões de membros do movimento branco emigraram,[55] enquanto a fome russa de 1921 matou cerca de 5 milhões de pessoas.[56]

    União Soviética
     Ver artigo principal: União Soviética
     
    Josef Stalin (direita) e Vladmir Lenin em Górki, setembro de 1922

    A República Socialista Federativa Soviética Russa em conjunto com as Repúblicas Socialistas Soviéticas da Ucrânia, Bielorrússia e Transcaucásia, formaram a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), ou simplesmente União Soviética, em 30 de dezembro de 1922. A República Socialista Russa era a maior e mais populosa das 15 repúblicas que compunham a URSS, e dominou a união durante toda a sua existência de 69 anos.[57]

    Após a morte de Lenin, em 1924, uma troika foi designada para governar a União Soviética. No entanto, Josef Stalin, o então secretário-geral do Partido Comunista, conseguiu suprimir todos os grupos de oposição dentro do partido e consolidar o poder em suas mãos. Leon Trotsky, o principal defensor da revolução mundial, foi exilado da União Soviética em 1929 e a ideia de Stalin de "socialismo em um só país" tornou-se a linha principal. A contínua luta interna no Partido Bolchevique culminou no Grande Expurgo, um período de repressão em massa entre 1937 e 1938, durante a qual centenas de milhares de pessoas foram executadas, incluindo os membros e líderes militares originais do partido, que foram acusados de golpe de Estado.[58] Sob a liderança de Stalin, o governo lançou promoveu uma economia planificada, a industrialização do país, que em grande parte ainda era basicamente rural, e a coletivização da agricultura. Durante este período de rápida mudança econômica e social, milhões de pessoas foram enviadas para campos de trabalho forçado,[59] incluindo muitos presos políticos que se opunham ao governo de Stalin, além de milhões que foram deportados e exilados para áreas remotas da União Soviética. A desorganizada transição da agricultura do país, combinada com duras políticas estatais e uma seca, levou à fome soviética de 1932-1933.[59] A União Soviética, embora a um preço muito alto, foi transformada de uma economia agrária para uma grande potência industrial em um pequeno espaço de tempo.[59]

     
    Soldados soviéticos atacando posições alemãs durante a Batalha de Stalingrado.
     
    Fotografia "Erguendo a bandeira da Vitória sobre o Reichstag", tirada em 2 de maio de 1945 por Yevgeny Khaldei, durante a Batalha de Berlim, na Segunda Guerra Mundial. A imagem mostra uma tropa soviética a levantar uma bandeira soviética sobre o Palácio do Reichstag.

    A política de apaziguamento promovida pelo Reino Unido e França sobre a anexação da Áustria e a invasão da Tchecoslováquia ampliou o poder da Alemanha nazista e colocou uma ameaça de guerra entre o regime de Adolf Hitler e a União Soviética. Na mesma época, o Terceiro Reich aliou-se ao Império do Japão, um rival dos soviéticos no Extremo Oriente e um inimigo declarado da URSS nas guerras de fronteira soviético-japonesas entre 1938 e 1939. Em agosto de 1939, após outro fracasso nas tentativas de estabelecer uma aliança antinazista com os britânicos e franceses, o governo soviético decidiu melhorar suas relações com os nazistas através da celebração do Pacto Molotov-Ribbentrop, prometendo a não agressão entre os dois países e dividindo suas esferas de influência na Europa Oriental. Enquanto Hitler invadiu a Polônia e a França e outros países atuavam em uma frente única no início da Segunda Guerra Mundial, a URSS foi capaz de construir o seu exército e recuperar alguns dos antigos territórios do Império Russo, como resultado da invasão soviética da Polônia, da Guerra de Inverno e da ocupação dos países bálticos.[60]

    Em 22 de junho de 1941, a Alemanha nazista rompeu o tratado de não agressão e invadiu a União Soviética, com a maior e mais poderosa força de invasão na história humana[61] e a abertura do maior teatro da Segunda Guerra Mundial. Embora o exército alemão tenha tido um considerável sucesso no início da invasão, o ataque foi interrompido na Batalha de Moscou. Posteriormente, os alemães sofreram grandes derrotas na Batalha de Stalingrado, no inverno entre 1942 e 1943,[62] e, em seguida, na Batalha de Kursk, no verão de 1943. Outra falha alemã foi o Cerco de Leningrado, em que a cidade foi totalmente bloqueada por terra entre 1941 e 1944 por forças alemãs e finlandesas, e sofreu uma crise de fome que matou mais de um milhão de pessoas, mas nunca se rendeu.[63] Sob a administração de Stalin e a liderança de comandantes como Gueorgui Jukov e Konstantin Rokossovsky, as forças soviéticas chegaram à Europa Oriental entre 1944 e 1945 e tomaram Berlim em maio de 1945. Em agosto de 1945 o exército soviético venceu os japoneses em Manchukuo, na China, e na Coreia do Norte, contribuindo para a vitória dos Aliados sobre o Japão Imperial.[64]

     
    Máxima extensão do chamado "Império Soviético" no planeta durante o período da Guerra Fria antes da ruptura com a China.

    O período da Segunda Guerra Mundial (1941-1945) é conhecido na Rússia como a Grande Guerra Patriótica. Durante este conflito, que incluiu muitas das operações de combate mais letais da história da humanidade, as mortes de civis e militares soviéticos foram 10,6 milhões e 15,9 milhões, respectivamente,[65] representando cerca de um terço de todas as vítimas de todo o conflito. A perda demográfica total dos povos soviéticos foi ainda maior.[66] A economia e a infraestrutura soviéticas sofreram uma devastação massiva, mas a URSS emergiu como uma superpotência militar reconhecida após o fim da guerra.[67]

    O Exército Vermelho ocupou a Europa Oriental depois da guerra, incluindo a Alemanha Oriental. Governos socialistas dependentes dos soviéticos foram instalados em Estados fantoches no chamado Bloco do Leste. Ao tornar-se a segunda potência nuclear do mundo, a União Soviética criou a aliança do Pacto de Varsóvia e entrou em uma luta pela dominação global com os Estados Unidos e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), período conhecido como Guerra Fria. A União Soviética apoiou movimentos revolucionários em todo o mundo, inclusive na recém-formada República Popular da China, na República Popular Democrática da Coreia e, mais tarde, na República de Cuba. Quantidades significativas de recursos soviéticos foram alocados em ajuda para os outros Estados socialistas.[68]

    Após a morte de Stalin e um curto período de governo coletivo, o novo líder Nikita Khrushchov denunciou o culto à personalidade de Stalin e lançou a política de desestalinização. O sistema de trabalho penal foi reformado e muitos prisioneiros foram libertados e reabilitados (muitos deles postumamente).[69] O abrandamento geral das políticas repressivas ficou conhecido mais tarde como o "Degelo de Khrushchov". Ao mesmo tempo, as tensões com os Estados Unidos aumentaram quando os dois rivais entraram em confronto sobre a instalação dos mísseis PGM-19 Jupiter norte-americanos na Turquia e de mísseis soviéticos em Cuba.[70]

     
    Iuri Gagarin, o primeiro humano a viajar pelo espaço

    Em 1957, a União Soviética lançou o primeiro satélite artificial do mundo, o Sputnik 1,[71] iniciando assim a era espacial. O cosmonauta russo Iuri Gagarin se tornou o primeiro ser humano a orbitar a Terra a bordo da nave espacial Vostok 1, em 12 de abril de 1961.[72] Depois da substituição de Khrushchov, em 1964, um outro período de domínio coletivo se seguiu até que Leonid Brejnev se tornou o novo líder. O período da década de 1970 e início dos anos 1980 foi designado mais tarde como a Era da Estagnação, um período em que o crescimento econômico abrandou e as políticas sociais tornaram-se estáticas. A reforma de 1965 voltou-se para a descentralização parcial da economia soviética e mudou a ênfase na indústria pesada e de armas para a indústria leve e de bens de consumo, mas foi sufocada pela liderança comunista conservadora.[73]

    Em 1979, após uma revolução comunista no Afeganistão, as forças soviéticas entraram naquele país, a pedido do novo regime. A ocupação drenou recursos econômicos e arrastou-se sem alcançar resultados políticos significativos. Em última análise, o Exército Soviético foi retirado do Afeganistão em 1989 pela oposição internacional, pela persistente guerrilha anti-soviética e pela falta de apoio por parte dos cidadãos soviéticos.[74][75]

     
    Tanques na Praça Vermelha durante a tentativa de golpe de Estado em 1991, que contribuiu para a dissolução da União Soviética

    A partir de 1985, o último líder da URSS, Mikhail Gorbachev, tentou aprovar reformas liberais no sistema soviético e apresentou as políticas de glasnost (abertura) e da perestroika (reestruturação), na tentativa de acabar com o período de estagnação econômica e democratizar o governo. Isso, no entanto, levou ao surgimento de fortes movimentos nacionalistas e separatistas. Antes de 1991, a economia soviética era a segunda maior do mundo,[76] mas durante seus últimos anos, foi atingida pela escassez de mercadorias em supermercados, enormes déficits orçamentários e pelo crescimento explosivo na oferta de dinheiro, o que levando à inflação.[77]

    Em 1991, a crise econômica e política começou a transbordar e as repúblicas bálticas escolheram separar-se da URSS.[78] Em 17 de março, foi realizado um referendo, em que a grande maioria dos cidadãos participantes votaram a favor de preservar a União Soviética como uma federação renovada. Em agosto de 1991, uma tentativa de golpe de Estado foi feita por membros do governo dirigida contra Gorbachev e visava preservar a União Soviética. Em vez disso, levou ao fim do Partido Comunista da União Soviética. Apesar da vontade expressa pelo povo, em 25 de dezembro de 1991, a União Soviética foi dissolvida em 15 Estados pós-soviéticos.[79]

    Federação
     Ver artigo principal: História da Federação Russa
     Ver também: Dissolução da União Soviética, Descomunização na Rússia e Lustração
     
    Aleixo II de Moscou, Vladimir Putin e Boris Iéltsin reunidos em 1999.
     
    Homenagens às vítimas do Massacre de Beslan, em setembro de 2004, no pavilhão destruído da escola

    Boris Yeltsin foi eleito Presidente da Rússia em junho de 1991, na primeira eleição direta presidencial na história russa. Durante e após a desintegração soviética, amplas reformas, incluindo a privatização, mercados e a liberalização comercial, estavam sendo realizadas,[80] incluindo mudanças radicais ao longo das linhas de "terapia de choque", como recomendado pelos Estados Unidos e pelo Fundo Monetário Internacional.[81] Tudo isso resultou em uma grave crise econômica, caracterizada pela queda de 50% do PIB e da produção industrial entre 1990-1995.[80][82]

    A privatização, em grande parte, deslocou o controle de empresas dos órgãos estatais para indivíduos com ligações dentro do sistema de governo. Muitos dos empresários "novos-ricos" levaram bilhões em dinheiro e ativos para fora do país em uma enorme fuga de capitais.[83] A depressão do Estado e da economia levou ao colapso dos serviços sociais; a taxa de natalidade despencou, enquanto a taxa de mortalidade disparou. Milhões de pessoas mergulharam na pobreza; saindo de um nível de 1,5% de pobreza no final da era soviética, para 39-49% em meados de 1993.[84] A década de 1990 assistiu ao surgimento da corrupção extrema e da ilegalidade, dando origem às quadrilhas criminosas e aos crimes violentos.[85]

    Nos anos 1990 foram expostos os conflitos armados na região da Ciscaucásia (Cáucaso do Norte), tanto os conflitos étnicos locais, quanto as insurreições de separatistas islâmicos. Depois que os separatistas chechenos declararam independência no começo dos anos 1990, uma guerra de guerrilha intermitente foi travada entre os grupos rebeldes e as forças militares russas. Ataques terroristas contra civis foram realizados por separatistas, sendo os mais relevantes os atentados contra apartamentos russos em 1999, a crise dos reféns do teatro de Moscou e o cerco à escola de Beslan, que causaram centenas de mortos e chamaram a atenção do mundo inteiro.[86][87]

    A Rússia assumiu a responsabilidade pela liquidação das dívidas externas da URSS, apesar de sua população ser apenas metade da população do Estado Soviético na altura da sua dissolução.[88] Elevados défices orçamentais provocados pela crise financeira da Rússia em 1998[89] resultaram em um declínio ainda maior do PIB.[80]

     
    O empreendimento Centro Internacional de Negócios em Moscou

    Em 31 de dezembro de 1999, o Presidente Ieltsin renunciou, entregando o posto para o recém-nomeado primeiro-ministro, Vladimir Putin, que depois ganhou a eleição presidencial de 2000. Putin suprimiu a rebelião chechena, embora a violência esporádica ainda ocorresse em todo o Cáucaso do Norte. A alta dos preços do petróleo e uma moeda inicialmente fraca, seguido do aumento da demanda interna, consumo e investimentos, tem ajudado a economia a crescer por nove anos consecutivos, melhorando a qualidade de vida e aumentando a influência da Rússia na cena mundial.[90] Apesar das muitas reformas feitas durante a presidência de Putin, seu governo foi criticado pelas nações ocidentais como sendo uma liderança não democrática.[91] Putin retomou a ordem, a estabilidade e o progresso e ganhou grande popularidade na Rússia.[92]

    Em 2 de março de 2008, o então primeiro-ministro do governo Putin e também seu partidário, Dmitri Medvedev, foi eleito Presidente da Rússia, enquanto Putin se tornou seu primeiro-ministro. Em 2012 inverteram-se novamente os papéis e Putin assume novamente a presidência e Medvedev como primeiro-ministro, desta vez com um mandato se estendendo até 2018, dando continuidade ao seu característico estilo de governo conservador/nacionalista, do qual é acompanhado de uma grande aprovação por parte da população russa girando em torno dos 80%.[93]

     
    Assinatura da Adesão da Crimeia e Sevastopol à Federação Russa

    A gestão do Putin depende fortemente das receitas de petróleo e gás natural, que em 2021 representaram 45% do orçamento federal da Rússia.[94] A dependência da gestão Putin de gás e óleo fez o senador norte-americano John McCain, em 2014, declarar que a Rússia era um "posto de gasolina disfarçado de país".[95]

    Em 2014, Putin enviou tropas russas para a Ucrânia após a Revolução da Dignidade.[96] A subsequente anexação da Crimeia pela Rússia e o referendo que a precedeu permanecem não reconhecidos pela comunidade internacional,[97] o que levou à aplicação de sanções econômicas à Rússia pelos países ocidentais,[98] após as quais o governo russo respondeu com contra-sanções.[99]

    Em março de 2018, Putin foi eleito para um quarto mandato presidencial.[100] Em janeiro de 2020, foram propostas emendas substanciais à constituição,[101] entrando em vigor em julho após uma votação nacional, o que permitiu que Putin concorra a mais dois mandatos presidenciais de seis anos após o término de seu mandato atual.[102]

    Em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia lançou uma invasão da Ucrânia. Por volta das 06:00, horário de Moscou, Putin anunciou a operação militar; minutos depois, cidades ucranianas foram atacadas por mísseis russos.[103]

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