ایران

Irã
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Contexto de Irã

Irã (português brasileiro) ou Irão (português europeu) (em farsi: ايران, transcr.: Iran, pronunciado: [ʔiːˈɾɑn] (escutar?·info)), oficialmente República Islâmica do Irã/Irão e anteriormente conhecido como Pérsia,}</ref> é um país localizado na Ásia Ocidental. Tem fronteiras a norte com Arménia, Azerbaijão e Turquemenistão e com o Cazaquistão e a Rússia através do Mar Cáspio; a leste com Afeganistão e Paquistão; ao sul com o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã; a oeste com o Iraque; e a noroeste com a Turquia. Composto por uma área de 1 648 195 quilômetros quadrados, é a segunda maior nação do Oriente Médio e a 18.ª maior do mundo. Com mais de 77 mi...Ler mais

Irã (português brasileiro) ou Irão (português europeu) (em farsi: ايران, transcr.: Iran, pronunciado: [ʔiːˈɾɑn] (escutar?·info)), oficialmente República Islâmica do Irã/Irão e anteriormente conhecido como Pérsia,}</ref> é um país localizado na Ásia Ocidental. Tem fronteiras a norte com Arménia, Azerbaijão e Turquemenistão e com o Cazaquistão e a Rússia através do Mar Cáspio; a leste com Afeganistão e Paquistão; ao sul com o Golfo Pérsico e o Golfo de Omã; a oeste com o Iraque; e a noroeste com a Turquia. Composto por uma área de 1 648 195 quilômetros quadrados, é a segunda maior nação do Oriente Médio e a 18.ª maior do mundo. Com mais de 77 milhões de habitantes, o Irã é o 17.º país mais populoso do mundo.

O país é o lar de uma das civilizações mais antigas do mundo, que começa com a formação do reino de Elam em 2 800 a.C. Os povos iranianos medos unificaram o país no primeiro de muitos impérios que se iriam seguir em 625 a.C., após a nação se tornar no principal poder cultural e político dominante na região. O Irã atingiu o auge de seu poder durante o Império Aquemênida, fundado por Ciro, o Grande em 550 a.C. e que, na sua maior extensão, compunha grandes porções do mundo antigo, que se estendiam do vale do Indo, no leste, à Trácia e Macedônia, na fronteira nordeste da Grécia, tornando-se num dos maiores impérios que o mundo já vira. Os aquemênidas entraram em colapso em 330 a.C. após as conquistas de Alexandre, o Grande, mas o país alcançou uma nova era de prosperidade após o estabelecimento do Império Sassânida em 224 d.C., sob o qual o Irã se tornou uma das principais potências da Europa Oriental e da Ásia Central nos quatro séculos seguintes.

Em 633, árabes muçulmanos invadiram o Irã e conquistaram-no por volta de 651. Posteriormente, o Irã desempenhou um papel vital durante a subsequente Idade de Ouro Islâmica, produzindo diversos cientistas, acadêmicos, artistas e pensadores influentes. O surgimento em 1501 do Império Safávida promoveu o xiismo duodecimano islâmico como a religião oficial e marcou um dos divisores de águas mais importantes da história iraniana e muçulmana. A Revolução Constitucional Persa de 1906 estabeleceu o primeiro parlamento da nação, que operava dentro do sistema político de monarquia constitucional. Após um golpe de Estado apoiado por Reino Unido e Estados Unidos em 1953, o Irã tornou-se gradualmente autocrático. A crescente oposição contra a influência estrangeira e a repressão política culminou com a Revolução Iraniana, que acabou por criar uma república islâmica em 1.º de abril de 1979.

Um país geograficamente diverso, mas principalmente montanhoso, o Irã sempre teve uma importância geopolítica significativa devido à sua localização, no cruzamento entre o Sul, o Centro e o Ocidente da Ásia. Teerão é a sua capital e a maior cidade, servindo como o centro cultural, financeiro e industrial da nação. O Irã é uma potência média e regional e exerce uma grande influência na segurança energética internacional e na economia mundial através das suas grandes reservas de combustíveis fósseis, que incluem a maior oferta de gás natural no mundo e a quarta maior reserva comprovada de petróleo. O Irã é um dos membros fundadores da Organização das Nações Unidas (ONU), do Movimento Não Alinhado, da Organização da Conferência Islâmica (OCI) e da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Seu sistema político único, baseado na constituição de 1979, combina elementos de uma democracia parlamentar com os de uma teocracia religiosa dirigida por clérigos nacionais, na qual a mais alta autoridade governamental é o Líder Supremo. Apesar de ser uma nação multicultural que inclui vários grupos étnicos e linguísticos, o islamismo xiita e o persa são os únicos classificados como a religião e o idioma oficiais do país, respectivamente.

Mais sobre Irã

Informação básica
  • Nome nativo ایران
  • Código de chamada +98
  • Domínio da Internet .ir
  • Mains voltage 220V/50Hz
  • Democracy index 2.2
Population, Area & Driving side
  • População 86758304
  • Área 1648195
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigo principal: História do Irã
    Pré-história
     
    Pintura rupestre na caverna Doushe, no Lorestão, do oitavo ...Ler mais
     Ver artigo principal: História do Irã
    Pré-história
     
    Pintura rupestre na caverna Doushe, no Lorestão, do oitavo milênio a.C.[1]

    Os primeiros artefatos arqueológicos atestados no Irã, como aqueles escavados em Kashafrud e Ganj Par no norte do Irã, confirmam a presença humana no Irã desde o Paleolítico Inferior.[2] Artefatos neandertais do Paleolítico Médio foram encontrados principalmente na região de Zagros, em locais como Warwasi e Yafteh.[3] Do décimo ao sétimo milênio a.C., as primeiras comunidades agrícola começaram a florescer em e ao redor da região de Zagros no oeste do Irã, incluindo Chogha Golan,[4] Chogha Bonut[5] e Chogha Mish.[6]

    A ocupação de aldeias agrupadas na área de Susã, conforme determinado por datação por radiocarbono, varia de 4 395–3 955 a.C. a 3 680–3 490 a.C.[7] Existem dezenas de sítios pré-históricos em todo o planalto iraniano, apontando para a existência de culturas antigas e assentamentos urbanos no quarto milênio a.C..[8] Durante a Idade do Bronze, o território do atual Irã foi o lar de várias civilizações, incluindo Elão, Jiroft e Zayanderud. Elão, a mais proeminente dessas civilizações, desenvolveu-se no sudoeste ao lado das da Mesopotâmia e continuou sua existência até o surgimento dos impérios iranianos. O advento da escrita em Elão foi paralelo à Suméria e a escrita cuneiforme elamita foi desenvolvida ao longo do terceiro milênio a.C.[9]

    Do século XXXIV ao século XX a.C., o noroeste do território iraniano fez parte da cultura Kura-Araxes, que se estendeu até o Cáucaso e a Anatólia. Desde o primeiro segundo milênio a.C., os assírios se estabeleceram em áreas do oeste do Irã e incorporaram a região a seus territórios.[10]

    Antiguidade
     Ver artigos principais: Medos, Império Medo, Império Aquemênida, Império Selêucida, Império Parta e Império Sassânida
     
    Extensão do primeiro império persa, o Império Aquemênida, sob o reinado de Dario I
     
    Ruínas de Persépolis, a antiga capital do Império Aquemênida e agora um Património da Humanidade pela UNESCO[11]
     
    Tumba de Ciro, o Grande, fundador do Império Aquemênida, em Pasárgada

    No segundo milênio a.C., os antigos povos iranianos chegaram ao que hoje é o Irã vindos das estepes da Eurásia,[12] rivalizando com os colonos nativos da região.[13] À medida que os iranianos se dispersaram na área mais ampla do Grande Irã e além, as fronteiras do território iraniano atual foram dominadas pelas tribos dos medos, persas e partas.[14]

    Do final do século X ao final do século VII a.C., os povos iranianos, juntamente com os reinos "pré-iranianos", caíram sob o domínio do Império Assírio, baseado no norte da Mesopotâmia. Sob o rei Ciaxares, os medos e persas fizeram uma aliança com o governante babilônico Nabopolassar, bem como com os citas e cimérios iranianos, e juntos atacaram o Império Assírio. A guerra civil devastou o Império Assírio entre 616 e 605 a.C., libertando assim seus respectivos povos de três séculos de domínio assírio.[15] A unificação das tribos medas sob o rei Deioces em 728 a.C. levou à fundação do Império Medo que, por volta de 612 a.C., controlava quase todo o território do atual Irã e da Anatólia oriental.[16] Isso também marcou o fim do reino de Urartu, que foi posteriormente conquistado e dissolvido.[17][18]

    Em 550 a.C., Ciro, o Grande, filho de Mandane e de Cambises I, assumiu o domínio do Império Medo e fundou o Império Aquemênida unificando outras cidades-Estado. Em sua maior extensão, o Império Aquemênida incluía territórios dos atuais Irã, Azerbaijão (Arrã e Shirvan), Armênia, Geórgia, Turquia (Anatólia), grande parte das regiões costeiras do mar Negro, nordeste da Grécia e sul da Bulgária (Trácia), norte da Grécia, Macedônia do Norte, Iraque, Síria, Líbano, Jordânia, Israel e os territórios palestinos, todos os centros populacionais significativos do Antigo Egito, extremo oeste da Líbia, Kuwait, norte da Arábia Saudita, partes de Emirados Árabes Unidos e Omã, Paquistão, Afeganistão e grande parte da Ásia Central, tornando-o o maior império que o mundo já viu.[19]

    Estima-se que em 480 a.C., 50 milhões de pessoas viviam no Império Aquemênida.[20] O império em seu auge governou mais de 44% da população mundial, o número mais alto desse tipo do que qualquer outro império na história.[21]

    O Império Aquemênida é conhecido pela libertação dos exilados judeus na Babilônia,[22] construindo infraestruturas como a Estrada Real Persa e o Chapar Khaneh (serviço postal), e o uso de uma língua oficial, o aramaico imperial, em todos os seus territórios.[19] O império tinha uma administração burocrática centralizada sob o imperador, um grande exército profissional e serviços civis, inspirando desenvolvimentos semelhantes em impérios posteriores.[23]

    O conflito nas fronteiras ocidentais começou com a Revolta Jônica, que irrompeu nas Guerras Greco-Persas e continuou durante a primeira metade do século V a.C., e terminou com a retirada dos aquemênidas de todos os territórios dos Bálcãs e da Europa Oriental propriamente dita.[24]

    Em 334 a.C., Alexandre, o Grande invadiu o Império Aquemênida, derrotando o último imperador aquemênida, Dario III, na Batalha de Issus. Após a morte prematura de Alexandre, o Irã ficou sob o controle do helenístico Império Selêucida. Em meados do século II a.C., o Império Parta cresceu e a arquirrivalidade geopolítica de um século entre os romanos e os partas começou, culminando nas Guerras Romano-Partas. O Império Parta continuou como uma monarquia feudal por quase cinco séculos, até 224 a.C., quando foi sucedido pelo Império Sassânida.[25] Junto com seu arquirrival vizinho, os romano-bizantinos, eles constituíram as duas potências dominantes do mundo na época por mais de quatro séculos.[26][27]

    Os sassânidas estabeleceram um império dentro das fronteiras alcançadas pelos aquemênidas, com capital em Ctesifonte. A Antiguidade Tardia é considerada um dos períodos mais influentes do Irã, pois sob os sassânidas sua influência alcançou a cultura da Roma antiga (e, através dela, até a Europa Ocidental),[28][29] África,[30] China e Índia, e desempenhou um papel proeminente na formação da arte medieval da Europa e da Ásia.[31]

    Idade Média
     Ver artigo principal: Conquista muçulmana da Pérsia
     
    Era dos Califas:
      Expansão durante a época de Maomé, 622-632
      Expansão durante o Califado Ortodoxo, 632-661
      Expansão durante o Califado Omíada, 661-750

    As prolongadas Guerras Bizantino-Sassânidas, principalmente a guerra de 602–628, bem como o conflito social dentro do Império Sassânida, abriram caminho para uma invasão árabe do Irã no século VII.[32][33] O império foi inicialmente derrotado pelo Califado Ortodoxo, que foi sucedido pelo Califado Omíada, seguido pelo Califado Abássida. Seguiu-se um processo prolongado e gradual de islamização imposta pelo Estado, que teve como alvo a então maioria zoroastriana do Irã e incluiu perseguição religiosa,[34][35][36] destruição de bibliotecas[37] e templos,[38] uma penalidade fiscal especial (jizya)[39][40] e a mudança do idioma oficial.[41][42]

    Em 750, os abássidas derrubaram os omíadas.[43] Árabes muçulmanos e persas de todos os estratos constituíram o exército rebelde, que foi unido pelo convertido muçulmano persa, Abu Muslim.[44][45] Em sua luta pelo poder, a sociedade em sua época gradualmente se tornou cosmopolita e a velha simplicidade e dignidade aristocrática árabe foram perdidas. Persas e turcos começaram a substituir os árabes na maioria dos campos. A fusão da nobreza árabe com os povos subjugados, representada pela prática da poligamia e do concubinato, criou um amálgama social em que as lealdades se tornaram incertas e uma hierarquia de funcionários emergiu, uma burocracia primeiro persa e depois turca que diminuiu o prestígio e poder dos abássidas para sempre.[46]

    A florescente literatura, filosofia, matemática, medicina, astronomia e arte se tornaram os principais elementos na formação de uma nova era para a civilização iraniana, durante um período conhecido como Idade de Ouro Islâmica,[47][48] que atingiu seu auge nos séculos X e XI, durante a qual o Irã foi o principal teatro de atividades científicas.[49]

     
    Tumba de Hafez, o poeta persa cujas obras deixaram uma marca considerável em escritores ocidentais posteriores, principalmente Goethe, Thoreau e Emerson[50][51][52]

    O século X viu uma migração em massa de tribos turcas da Ásia Central para o planalto iraniano.[53] Essa tribos foram usados ​​pela primeira vez no exército abássida como mamelucos (guerreiros escravos), substituindo elementos iranianos e árabes dentro do exército. [99] Como resultado, os mamelucos ganharam um poder político significativo. Em 999, grandes porções do Irã ficaram brevemente sob o domínio do Império Gasnévida, cujos governantes eram de origem turca mameluca e, posteriormente, sob os impérios Seljúcida e Corásmio.[53] Os seljúcidas posteriormente deram origem ao Sultanato de Rum na Anatólia, enquanto levavam consigo sua identidade completamente persianizada. O resultado da adoção e patrocínio da cultura persa pelos governantes turcos foi o desenvolvimento de uma tradição turco-persa distinta.[54][55]

    De 1219 a 1221, sob o Império Corásmio, o Irã sofreu uma invasão devastadora pelo exército do Império Mongol, liderado por Gengis Cã. De acordo com Steven R. Ward, "a violência e depredações mongóis mataram até três quartos da população do planalto iraniano, possivelmente 10 a 15 milhões de pessoas. Alguns historiadores estimam que a população iraniana não atingiu novamente seus níveis pré-mongóis até meados do século XX.[56]

    Após a fratura do Império Mongol em 1256, Hulagu Cã, neto de Gengis Cã, estabeleceu o Ilcanato. Em 1370, outro conquistador, Timur, seguiu o exemplo de Hulagu, estabelecendo o Império Timúrida que durou mais 156 anos. Em 1387, Timur ordenou o massacre completo da cidade de Isfahan, supostamente matando 70 mil cidadãos.[57] Os ilcanatos e os timúridas logo passaram a adotar os modos e costumes dos iranianos, cercando-se de uma cultura que era distintamente iraniana.[58]

    Período dinástico
     Ver artigos principais: Império Safávida, Império Afexárida, Império Cajar, Dinastia Pahlavi, Império Zande e Lista de monarcas da Pérsia
     
    Ismail I, um dos fundadores da dinastia dos safávidas (1501–1736), declara a si mesmo xá ao entrar em Tabriz

    Entre 1501 e 1736 a Pérsia foi dominada pelos safávidas. O fundador desta dinastia, Ismail I, era filho de Safiadim, chefe de uma ordem sufista, que se apresentava como descendente do sétimo imã, Muça Alcazim. Em 1501, Ismail I tomou Tabriz, a qual fez a sua nova capital, e tomou o título de xá. Os safávidas proclamaram o islão xiita como a religião estatal e através do proselitismo e da força converteram a população a esta doutrina religiosa.[59]

    As duas principais ameaças exteriores dos safávidas foram os uzbeques e os otomanos. Os primeiros representavam uma ameaça para o Coração, mas foram derrotados por Ismail em 1510 e empurrados para o Turquestão. Quantos aos otomanos, seriam autores de um duro golpe ao estado safávida em 1524, quando as forças do sultão Selim I derrotaram os safávidas em Tchaldirã, tendo ocupado Tabriz. Em 1533, o sultão Soleimão ocupou Bagdade, tendo alargado o domínio otomano sobre o sul do Iraque.[59]

    O apogeu dos safávidas foi atingido durante o reinado de Abas I, que procedeu a uma reorganização do exército e transferiu a capital para Isfaã (cidade do interior, longe da ameaça otomana), onde mandou construir mesquitas, palácios e escolas. Em 1602, Abas expulsou os portugueses do Barém e em 1623 de Ormuz, locais onde estes se tinham estabelecido para controlar o comércio da Índia e do Golfo Pérsico. Estabeleceu um monopólio estatal sobre o comércio da seda e concedeu privilégios aos ingleses e neerlandeses. O declínio da Pérsia safávida iniciou-se após a morte de Abas I, durante os reinados de Safi (1629–1642) e Abas II (1642–1667).[59]

     
    O primeiro parlamento iraniano foi estabelecido em 1906
     
    Mohammad Reza Pahlavi, o último xá da dinastia Pahlavi (1925–1979), reunido com a família imperial em sua coroação, em 1967

    Em 1722, a Pérsia foi invadida por tribos afegãs, que tomaram Isfaã. Em 1736, depois de ter expulsado os afegãos, o líder turcomano Nader Xá, um dos chefes dos afexares, funda a dinastia dos Afexáridas. Nader Xá alargou o seu domínio para leste, tendo invadido a Índia em 1738, de onde trouxe muitos tesouros para o Irã. Foi assassinado em 1747.[59]

    A dinastia dos Afexaridas foi seguida pela dinastia Zande (1750–1794), fundada por Carim Cã, um chefe da região de Pérsis, que estabeleceu sua capital em Xiraz. Carim Cã, governou até 1779 num clima de relativa paz e prosperidade, mas quando faleceu a dinastia Zande não conseguiu se impor. Logo depois o país conheceria um novo período conturbado, que durou até 1794, quando Aga Maomé Cã, chefe de uma tribo turca, funda a dinastia Cajar. Esta permanecerá no poder até 1921, movendo-se em uma arena onde as novas potências — a Rússia imperial e o império britânico — exerceriam grande influência política sobre os reis cajares. O Irã entretanto, conseguiu manter sua soberania e nunca foi colonizado.[59]

    Durante o reinado de Fate Ali Xá o Irã foi derrotado em duas guerras com a Rússia, que tiveram como consequências a perda da Geórgia, do Daguestão, de Bacu e da Arménia caucasiana. A modernização do Irã iniciou-se no reinado de Naceradim Xá, durante o qual se procura lutar contra a corrupção na administração, assistindo-se à fundação de escolas, abertura de estradas e à introdução do telégrafo e do sistema postal. A aspiração por modernizar o país levou à revolução constitucional persa de 1905–1921 e à derrubada da dinastia Cajar, subindo ao poder Reza Xá Pahlavi. Este pediu formalmente à comunidade internacional que passasse a referir-se ao país como Irã e não mais Pérsia.[59]

    Em 1941, durante a Segunda Guerra Mundial, o Reino Unido e a União Soviética invadiram o Irã, de modo a assegurar para si próprios os recursos petrolíferos iranianos. Os Aliados forçaram o xá a abdicar em favor de seu filho, Mohammad Reza Pahlavi, em quem enxergavam um governante que lhes seria mais favorável. Em 1953, após a nacionalização da Anglo-American Oil Company, um conflito entre o xá e o primeiro-ministro Mohammed Mossadegh levou à deposição e prisão deste último. O reinado do xá tornou-se progressivamente ditatorial, especialmente no final dos anos 1970. Com apoio estadunidense e britânico, Reza Pahlavi continuou a modernizar o país, mas insistia em esmagar a oposição do clero xiita e dos defensores da democracia.[59]

    República Islâmica

    Revolução Iraniana

     
    Em 1979, Ruhollah Khomeini, o líder da Revolução Iraniana, volta ao Irã após 14 anos no exílio

    A Revolução de 1979, mais tarde conhecida como "Revolução Islâmica",[60][61] começou em janeiro de 1978 com as primeiras grandes manifestações contra o xá.[62] Após um ano de greves e manifestações paralisando o país e sua economia, Mohammad Reza Pahlavi fugiu para os Estados Unidos e Ruhollah Khomeini voltou do exílio para Teerã em fevereiro de 1979, formando um novo governo.[63] Depois de realizar um referendo, o Irã tornou-se oficialmente uma república islâmica em abril de 1979.[64] Um segundo referendo em dezembro de 1979 aprovou uma constituição teocrática.[65]

    Os levantes nacionais imediatos contra o novo governo começaram com a rebelião curda de 1979 e os levantes do Cuzistão, junto com os levantes no Sistão-Baluchistão e outras áreas. Nos anos seguintes, essas revoltas foram subjugadas de maneira violenta pelo novo governo islâmico. O novo governo começou a expurgar oposição política não islâmica, bem como daqueles islâmicos que não eram considerados radicais o suficiente. Embora tanto nacionalistas quanto marxistas tenham inicialmente se unido aos islâmicos para derrubar o xá, dezenas de milhares foram executados pelo novo regime depois disso. Muitos ex-ministros e funcionários do governo do xá, incluindo o ex-primeiro-ministro Amir-Abbas Hoveyda, foram executados após a ordem de Khomeini de purgar o novo governo de todos os funcionários remanescentes ainda leais ao exilado xá.[66]

    Em 4 de novembro de 1979, um grupo de estudantes muçulmanos tomou a embaixada estadunidense com 52 reféns,[67] depois que os Estados Unidos se recusaram a extraditar Mohammad Reza Pahlavi para o Irã, onde sua execução estava quase garantida. As tentativas do governo de Jimmy Carter de negociar a libertação dos reféns e uma tentativa de resgate fracassada ajudaram a forçar Carter a deixar o cargo e a levar Ronald Reagan ao poder. No último dia de Jimmy Carter no cargo, os últimos reféns foram finalmente libertados como resultado dos Acordos de Argel. Mohammad Reza Pahlavi deixou os Estados Unidos e foi para o Egito, onde morreu de complicações de câncer poucos meses depois, em 27 de julho de 1980. A Revolução Cultural Iraniana teve início em 1980, com o fechamento inicial das universidades por três anos, a fim de realizar uma fiscalização e "saneamento" na política cultural do sistema de ensino e formação.[68]

     
    Um soldado iraniano usando uma máscara de gás na linha de frente durante a Guerra Irã-Iraque

    Em 22 de setembro de 1980, o exército iraquiano invadiu a província iraniana do Cuzistão, no oeste, iniciando a Guerra Irã-Iraque. Embora as forças de Saddam Hussein tenham feito vários avanços iniciais, em meados de 1982, as forças iranianas conseguiram levar o exército iraquiano de volta ao seu país de origem. Em julho de 1982, com o Iraque colocado na defensiva, o regime do Irã tomou a decisão de invadir o território iraquiano e conduziu inúmeras ofensivas na tentativa de conquistar e capturar cidades, como Basra. A guerra continuou até 1988, quando o exército iraquiano derrotou as forças iranianas dentro do Iraque e empurrou as tropas iranianas restantes de volta para a fronteira. Posteriormente, Khomeini aceitou uma trégua mediada pelas Nações Unidas. O total de vítimas iranianas na guerra foi estimado em 123 220–160 000 mortos em combate, 60 711 desaparecidos e 11 000–16 000 civis mortos.[69][70]

    Após a Guerra Irã-Iraque, em 1989, Akbar Hashemi Rafsanjani e seu governo se concentraram em uma política pragmática pró-negócios de reconstruir e fortalecer a economia sem fazer qualquer ruptura dramática com a ideologia da revolução. Em 1997, Rafsanjani foi sucedido pelo reformista moderado Mohammad Khatami, cujo governo tentou, sem sucesso, tornar o país mais livre e democrático.[71]

     
    A Manifestação Silenciosa do Movimento Verde durante os protestos eleitorais de 2009–2010

    A eleição presidencial de 2005 trouxe o candidato populista conservador, Mahmoud Ahmadinejad, ao poder.[72] Na época da eleição presidencial de 2009, o Ministério do Interior anunciou que o presidente em exercício Ahmadinejad tinha ganho 62,63% dos votos, enquanto Mir-Hossein Mousavi ficou em segundo lugar com 33,75%.[73][74] Os resultados das eleições foram amplamente contestados[75][76] e resultaram em protestos generalizados dentro e fora do país e na criação do Movimento Verde Iraniano.[77][78]

    Hassan Rouhani foi eleito presidente em 15 de junho de 2013, derrotando Mohammad Bagher Ghalibaf e quatro outros candidatos.[79][80] A vitória eleitoral de Rouhani melhorou relativamente as relações do Irã com outros países.[81] Mesmo assim, os protestos de 2017–18 varreram o país contra o governo e seu líder supremo de longa data em resposta à situação econômica e política.[82] A escala de protestos em todo o país e o número de pessoas participantes foram significativos,[83] e foi formalmente confirmado que milhares de manifestantes foram presos.[84] Os protestos começaram em 15 de novembro em Ahvaz, espalhando-se por todo o país em poucas horas, depois que o governo anunciou aumentos de até 300% no preço dos combustíveis.[85] Um desligamento total da Internet de uma semana em todo o país marcou um dos blecautes digitais mais graves em qualquer país, e na repressão governamental mais sangrenta dos manifestantes na história da república islâmica, sendo que dezenas de milhares foram presos e centenas foram mortos dentro de alguns dias, de acordo com vários observadores internacionais, incluindo a Amnistia Internacional.[86]

    Em 3 de janeiro de 2020, o general da guarda revolucionária, Qasem Soleimani, foi assassinado pelo governo dos Estados Unidos no Iraque, o que aumentou consideravelmente as tensões existentes entre os dois países. Três dias depois, o Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica lançou um ataque de retaliação contra as forças estadunidenses no Iraque e abateu o Voo Ukraine International Airlines 752, matando 176 civis, o que levou a protestos em todo o país. Após três dias negando responsabilidade, uma investigação internacional levou o governo iraniano a admitir o abate do avião por um míssil terra-ar foi um "erro humano".[87][88]

    Em 3 de agosto de 2021, Ebrahim Raisi foi empossado como Presidente do Irã.[89][90] Raisi é considerado um conservador linha-dura e um grande aliado do aiatolá Ali Khamenei, tomando as rédeas do país num momento de tensões internacionais.[90]

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