Contexto de Geórgia

A Geórgia (em georgiano: საქართველო, transl Sak'art'velo, pronunciado: [sɑkʰɑrtʰvɛlɔ] (escutar?·info)) é um país da Europa Oriental. Limita-se com a Rússia a norte e a leste, a sul com a Turquia e a Arménia, a leste e a sul com o Azerbaijão e a oeste com o mar Negro. Sua capital é Tiblíssi, que também é sua maior cidade. O país é uma república unitária, semipresidencial, com o governo eleito através de uma democracia representativa. Seu território é de 69 700 km² e sua população, conforme estimativas de 2017, é de cerca de 3,718 milhões de habitantes. Mais de um quarto da população vive na região de Tiblíssi, com outras grandes cidades sendo Cutaisi, Batumi e Rustavi.

Durante a era clássica, reinos independentes estabeleceram-se no que hoje é a Geórgia. Os reinos da Cólq...Ler mais

A Geórgia (em georgiano: საქართველო, transl Sak'art'velo, pronunciado: [sɑkʰɑrtʰvɛlɔ] (escutar?·info)) é um país da Europa Oriental. Limita-se com a Rússia a norte e a leste, a sul com a Turquia e a Arménia, a leste e a sul com o Azerbaijão e a oeste com o mar Negro. Sua capital é Tiblíssi, que também é sua maior cidade. O país é uma república unitária, semipresidencial, com o governo eleito através de uma democracia representativa. Seu território é de 69 700 km² e sua população, conforme estimativas de 2017, é de cerca de 3,718 milhões de habitantes. Mais de um quarto da população vive na região de Tiblíssi, com outras grandes cidades sendo Cutaisi, Batumi e Rustavi.

Durante a era clássica, reinos independentes estabeleceram-se no que hoje é a Geórgia. Os reinos da Cólquida e Ibéria, cujas orientações religiosas vinham do paganismo georgiano com posterior influência zoroastriana, adotaram o cristianismo no início do século IV. O Reino da Geórgia atingiu o auge de sua força política e econômica durante o reinado de Davi IV e Tamara I, nos séculos XI e XII. No início do século XIX, a Geórgia foi anexada pelo Império Russo. Depois de um breve período de independência, após a Revolução Russa de 1917, a Geórgia foi ocupada pela União Soviética em 1921, tornando-se a República Socialista Soviética Geórgia e parte da União Soviética. Após a independência, em 1991, a Geórgia pós-comunista sofria de distúrbios civis e de crise econômica na maior parte do século XX. Isso durou até a Revolução Rosa de 2003, depois que o novo governo introduziu reformas democráticas e econômicas.

Seu relevo se caracteriza por regiões muito montanhosas, abrigando a maior cordilheira do Cáucaso que serve como limite de fronteira com a Rússia. Na parte norte, há vários pontos que ultrapassam os 4 000 metros de altitude, no que é conhecido como Grande Cáucaso. A Geórgia possui uma cultura bastante peculiar, sendo o único Estado no mundo a ter a língua georgiana como oficial, a principal entre as cartevélicas. Os georgianos, etnicamente, não se encaixam em nenhuma das etnias predominantes da Europa ou Ásia, e eram chamados na Antiguidade de colcos ou iberos. A maior parte da população é adepta ao cristianismo ortodoxo, o qual é representado pela Igreja Ortodoxa Georgiana.

Possui duas regiões independentes de facto, a Abecásia e a Ossétia do Sul, que obtiveram reconhecimento internacional limitado após a Guerra Russo-Georgiana. O Estado, e grande parte da comunidade internacional, considera as regiões como parte integrante de seu território soberano, sob ocupação militar russa. A Geórgia é atualmente um membro do Conselho da Europa, da Organização de Cooperação Econômica do Mar Negro, da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), e do Eurocontrol. A nação também aspira aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e à União Europeia (UE).

Mais sobre Geórgia

Informação básica
  • Nome nativo საქართველო
  • Código de chamada +995
  • Domínio da Internet .ge
  • Speed limit 110
  • Mains voltage 220V/50Hz
  • Democracy index 5.31
Population, Area & Driving side
  • População 4573192
  • Área 69700
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigos principais: História da Geórgia e Dinastia Bagrationi
    Pré-história

    O território da atual Geórgia era habitado por Homo erectus desde o Paleolítico. As tribos proto-georgianas apareceram pela primeira vez na história escrita no século XII a.C.[1] Os primeiros indícios de vinho foram encontrados até hoje na Geórgia, onde jarros de vinho datados de 8 000 anos foram descobertos.[2][3] Achados arqueológicos e referências em fontes antigas revelam elementos de formações políticas e estaduais, caracterizados por uma avançada metalurgia e técnicas de ourivesaria que remontam ao século VII a.C.[1] Na verdade, a prática da metalurgia na Geórgia iniciou-se durante o sexto milênio a.C, como uma forma de associação com a Cultura de Shulaveri-Shomu.[1]

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     Ver artigos principais: História da Geórgia e Dinastia Bagrationi
    Pré-história

    O território da atual Geórgia era habitado por Homo erectus desde o Paleolítico. As tribos proto-georgianas apareceram pela primeira vez na história escrita no século XII a.C.[1] Os primeiros indícios de vinho foram encontrados até hoje na Geórgia, onde jarros de vinho datados de 8 000 anos foram descobertos.[2][3] Achados arqueológicos e referências em fontes antigas revelam elementos de formações políticas e estaduais, caracterizados por uma avançada metalurgia e técnicas de ourivesaria que remontam ao século VII a.C.[1] Na verdade, a prática da metalurgia na Geórgia iniciou-se durante o sexto milênio a.C, como uma forma de associação com a Cultura de Shulaveri-Shomu.[1]

    Antiguidade
     
    Uma pátera, que descreve Antínoo, desenterrada perto de Tiblíssi e exposta hoje no Museu Nacional da Geórgia

    O primeiro povo conhecido da atual Geórgia são os Diauehi (século XXIII a.C.). Muitos séculos depois surgem os primeiros Estados da região: Cólquida (século VII a.C.), Ispir (século VII a.C.) e Ibéria (século VI a.C.). No século IV a.C., um reino unificado da Geórgia - um exemplo precoce da avançada organização estatal sob um rei e uma hierarquia aristocrática – foi estabelecido.[necessário esclarecer][4]

    Na mitologia grega, Cólquida era o local do Velocino de Ouro procurado por Jasão e os Argonautas em Apolônio de Rodes, no conto épico Argonáutica. A incorporação do Velocino de Ouro no mito pode ter derivado da prática local de utilização de lã para peneirar pó de ouro dos rios.[5] Conhecido por seus nativos como Egrisi ou Lázica, Cólquida também foi o campo de batalha da Guerra Lázica, travada entre o Império Bizantino e o Império Sassânida da Pérsia.[6][7]

    Depois que o Império Romano completou sua breve conquista da região do Cáucaso, sobre seu arqui-rival, o Império Parta,[8] os reinos da Geórgia foram, de forma intermitente, aliados dos romanos por quase 400 anos.[9] Desde o século I, o culto de Mitra, crenças pagãs e o zoroastrismo eram comumente praticados na Geórgia.[10] Em 337, o rei Meribanes III declarou o cristianismo como religião oficial do Estado, dando um grande estímulo para o desenvolvimento da literatura, artes, e, finalmente, resultando numa significativa ação na formação da nação georgiana unificada.[11] A aceitação do cristianismo por parte do rei Meribanes efetivamente mostrou a forte influência do reino vizinho sobre a Geórgia, perdurando por quase um milênio, determinando muito do seu presente e de sua identidade cultural.[9] A aceitação levou ao declínio do zoroastrismo, embora de forma lenta, que até o século V, parece ter se tornado algo como uma segunda religião estabelecida na Ibéria (Geórgia Oriental), e foi amplamente praticada lá.[12][13][14]

    Idade Média e Idade Moderna
     
    Rainha Tamara (1160-1213), que presidiu a Idade de Ouro na monarquia georgiana medieval e foi a primeira mulher a governar a Geórgia em seu próprio direito

    Os primeiros reinos desintegraram-se em várias regiões feudais por volta dos primeiros anos da Idade Média. Isso facilitou a conquista dos árabes da maior parte do território oriental georgiano no século VII. A partir deste período ao século X, a Geórgia estava envolta na influência e domínio do Império Cazar. As várias regiões independentes não se uniram em um único reino até o início do século XI.[15]

    Embora os árabes tenham capturado a cidade capital de Tiblíssi em 645, Ibéria manteve considerável independência sob governantes árabes locais.[5] O príncipe Asócio I - também conhecido como Asócio Curopalata - tornou-se o primeiro integrante da Dinastia Bagrationi a governar o reino. A dinastia manteve seu reinado por um período de quase 1 000 anos, durante o qual o Bagrationi, como a casa nobre era conhecida, governou boa parte do território que hoje é a república da Geórgia. Pancrácio III uniu a Geórgia Ocidental e Oriental.[16]

    O Reino da Geórgia atingiu o seu apogeu no início do século XII. Este período, durante os reinados de David IV (também chamado David Builder) e sua neta Tamara, tem sido amplamente denominado como a Idade de Ouro da Geórgia ou da Renascença georgiana.[17] Este início do renascimento georgiano, que precedeu o seu análogo da Europa Ocidental, foi caracterizado por vitórias militares impressionantes, expansão territorial e um renascimento cultural em arquitetura, literatura, filosofia e as ciências.[18] A Idade de Ouro georgiana deixou um legado de grandes catedrais, poesias românticas e literatura, e o poema épico "O Cavaleiro na Pele de Pantera".[19]

    David IV iniciou a Idade de Ouro da Geórgia enfrentando a Grande Invasão Turca, promovida pelos turcos seljúcidas. Sob seu comando, o reino venceu a Batalha de Didgori, em 1121, garantindo a expansão da influência cultural e política da Geórgia em direção ao sul e o leste, da Arménia ao Mar Cáspio.[5]

    O reinado de Tamara, a primeira governante feminina da Geórgia, é considerado o mais bem sucedido na história do país.[20] Ela foi proclamada como herdeira aparente e co-governante pelo seu pai, Jorge III, em 1178, mas enfrentou uma significativa oposição da aristocracia devido a sua ascensão e total controle do poder, após a morte de seu pai. Entretanto, Tamara conseguiu neutralizar a oposição e embarcou em uma série de viagens para promover uma política externa energética, ajudada pela queda dos poderes rivais dos Seljúcidas e Bizantinos. Apoiada por uma poderosa elite militar, Tamara foi capaz de dar continuidade à expansão do reino, consolidando um império que dominou o Cáucaso e se estendeu por grande parte do atual Azerbaijão, Armênia e Turquia oriental, bem como partes do norte do Irã,[21] até o seu colapso sob os ataques mongóis, ocorrido somente duas décadas após sua morte, em 1213.[22]

     
    Vactangue VI, rei da Geórgia, foi o mais proeminente teórico e jurista do país

    O renascimento do Reino da Geórgia foi adiado depois que Tiblíssi foi capturada e destruída pelo Império Corásmio, liderados por Jalaladim Mingueburnu (r. 1220–1231), em 1226.[23] Os mongóis foram expulsos por Jorge V, filho de Demétrio II, que foi nomeado "Brilhante" por seu papel na restauração da antiga força do país e da cultura cristã. Jorge V foi o último grande rei do estado da Geórgia unificada. Após sua morte, diferentes governantes locais lutaram pela sua independência do controle georgiano central, até a total desintegração do reino no século XV. A Geórgia foi ainda mais enfraquecida por várias invasões desastrosas de Tamerlão, entre 1386 e 1403. Outras invasões também se sucederam, principalmente por parte das federações tribais do Cordeiro Branco e Cordeiro Negro, que constantemente invadiam as províncias do sul georgiano. Como resultado, o Reino da Geórgia entrou em colapso por volta de 1466, fragmentando-se em três reinos independentes e cinco principados semi-independentes. Grandes impérios vizinhos, posteriormente, exploraram a divisão interna do país enfraquecido, e do início do século XVI até o início do XIX, os Safávidas, afexáridas e a dinastia Cajar, do Irã, juntamente com a Turquia otomana, subjugaram as regiões leste e oeste da Geórgia, respectivamente.[23][24]

    Os governantes das regiões que permaneciam parcialmente autônomas organizavam rebeliões em diversas ocasiões. No entanto, as invasões iranianas e otomanas subsequentes enfraqueceram ainda mais reinos e regiões locais. Como resultado de guerras incessantes e deportações, a população da Geórgia diminuiu para 250 000 habitantes, no final do século XVIII.[25] A Geórgia Oriental, composta pelas regiões de Caquécia e Ibéria, tinha estado sob a suserania iraniana desde 1555 na sequência da Paz de Amásia, assinada com a vizinha, Turquia otomana.[24]

    Desde pelo menos meados do século XV, os governantes de ambos os reinos da Geórgia Ocidental e Oriental procuravam repetidamente ajuda das potências da Europa Ocidental sem sucesso.[26][27][28] Um episódio notável deste tipo de esforço foi liderado no início do século XVIII por um diplomata georgiano chamado Sulkhan-Saba Orbeliani, que foi enviado por seu ex-aluno, o rei Vactangue VI de Cártlia, à França e aos Estados Papais, a fim de negociar assistência à Geórgia. Orbeliani foi bem recebido pelo rei francês Luís XIV e pelo Papa Clemente XI, mas nenhuma assistência tangível poderia ser assegurada.[29] A falta de ajuda ocidental não só deixou a Georgia impressionada, mas selou o destino pessoais de Orbeliani e o rei Vactangue: empurrados pelo invasor exército otomano, ambos foram forçados a aceitar a oferta de proteção de Pedro, o Grande e escaparam para o Império Russo, de onde nunca mais voltaram.[30] A história da missão diplomática de Orbeliani à França tornar-se-ia um símbolo de como o Ocidente ignorou os apelos da Geórgia por sua proteção.[31]

    Com a morte de Nader Xá, em 1747, dois grandes reinos da Geórgia Oriental conseguiram se libertar do controle iraniano e foram reunificados com o nome de Cártlia-Caquécia, sob o reinado de Heráclio II, em 1762. Ele estabilizou a Geórgia Oriental e foi capaz de garantir a sua autonomia durante todo o período de ascensão do Estado iraniano de Zand.[32]

    Domínio do Império Russo
     Ver artigo principal: Geórgia dentro do Império Russo

    Em 1783, a Rússia e o Reino de Cártlia-Caquécia, no leste da Geórgia, assinaram o Tratado de Georgievsk, que reconhecia o vínculo da Ortodoxia Oriental entre o povo russo e georgiano e prometia proteção especial à Geórgia oriental contra as novas tentativas iranianas de recuperar a Geórgia, ou ainda, de tentativas de invasões por outros agressores.[33]

     
     
    Devido a alterações desencadeadas pela indesejada anexação russa, Jorge XII (à esquerda) se tornou o último monarca georgiano, enquanto Antônio II (à direita) o último patriarca georgiano do século XIX

    No entanto, apesar deste compromisso em defender a Geórgia, a Rússia não lhe ofereceu nenhum auxílio quando os iranianos invadiram o território em 1795, capturando e saqueando Tiblíssi enquanto massacrava seus habitantes, como uma tentativa do novo herdeiro do trono iraniano em reafirmar a hegemonia do Irã sobre a Geórgia.[34] Apesar de uma campanha punitiva lançada posteriormente contra o Irã, em 1796, esse período culminou com a violação russa do Tratado de Georgievsk e a anexação do leste da Geórgia, seguida pela autocefalia da Igreja Ortodoxa Georgiana. Pyotr Bagration, um dos descendentes da casa de Bagrationi, viria a se juntar ao exército russo e subir para ser um general pelas guerras napoleônicas.[35][36][37]

    Em 22 de dezembro de 1800, o czar Paulo I, no alegado pedido do rei Jorge XII, assinou a proclamação sobre a incorporação da Geórgia (Ibéria-Caquécia) dentro do Império Russo, que foi finalizado por um decreto em 8 de janeiro de 1801,[38][39] e confirmado pelo czar Alexandre I em 12 de setembro do mesmo ano.[40][41] O enviado georgiano à São Petersburgo reagiu com uma nota de protesto, que foi apresentada ao vice-chanceler russo, o príncipe Kurakin.[42] Em maio de 1801, sob a supervisão do general Carl Heinrich von Knorring, a Rússia Imperial transferiu o poder no leste da Geórgia ao governo liderado pelo general Ivan Petrovich Lazarev.[43] A nobreza georgiana não aceitou o decreto até que, em 12 de abril de 1802, o general Knorring obrigou boa parte da nobreza a subir à Catedral Sioni de Tiblíssi e os forçou a fazer um juramento sobre a coroa imperial da Rússia. Aqueles que discordaram foram presos temporariamente.[44]

    No verão de 1805, as tropas russas no rio Askerani, perto de Zagam, derrotaram o exército iraniano durante a Guerra Russo-Persa, salvando Tiblíssi de uma reconquista e tornando-a oficialmente parte dos territórios imperiais. A suserania russa sobre o leste da Geórgia foi oficialmente finalizada com o Irã em 1813, na sequência do Tratado de Gulistan.[45] Após a anexação da Geórgia Oriental, a Geórgia Ocidental, com o reino de Imerícia, foi anexada pelo czar Alexandre I. O último rei imerécio, Salomão II, morreu no exílio em 1815. A partir de 1803-1878, como resultado de inúmeras guerras russas – dessa vez contra a Turquia otomana – vários dos territórios anteriormente perdidos da Geórgia – como Ajária – foram recuperados, e também incorporados ao império. O principado de Guria foi abolido e incorporada ao Império em 1828, e o de Mingrélia em 1857. A região de Suanécia foi gradualmente anexada entre 1857 e 1859.[46]

    Declaração de independência
     Ver artigo principal: República Democrática da Geórgia
     
    Declaração de independência pelo parlamento georgiano de 1918

    Após a Revolução Russa de 1917, a Geórgia declarou sua independência em 26 de maio de 1918, no meio da Guerra Civil Russa. O Partido Social-Democrata, de caráter menchevique, venceu as eleições parlamentares. Seu líder, Noi Jordania, tornou-se primeiro-ministro.[47] Apesar da aquisição Soviética, Noi Jordania foi reconhecido como o legítimo chefe do governo da Geórgia pela França, Reino Unido, Bélgica e Polônia durante os anos 1930.[48]

    Ainda em 1918, eclodiu a Guerra Georgiano-Armênia, em partes das províncias georgianas povoadas principalmente por armênios. A guerra findou por causa da intervenção britânica. Entre 1918 e 1919, o general georgiano Giorgi Mazniashvili liderou um ataque contra o Exército Branco liderado por Moiseev e Denikin, a fim de reivindicar a costa do Mar Negro de Tuapse para Sochi e Adler, com a intenção de anexar a região aos limites da independência da Geórgia.[49] A independência do país não durou muito tempo, e a Geórgia passou a vigorar sob proteção britânica até 1920.[49]

    Incorporação à União Soviética
     Ver artigos principais: República Socialista Soviética da Geórgia e Invasão soviética da Geórgia
     
    Anastas Mikoyan,Joseph Stalin e Sergo Ordzhonikidze em Tíflis (agora Tiblíssi), em 1925

    Em fevereiro de 1921, a Geórgia foi atacada pelo Exército Vermelho. O exército georgiano foi derrotado e o governo social-democrata fugiu do país. Em 25 de fevereiro de 1921, o Exército Vermelho entrou em Tiblíssi e instalou um governo comunista leal a Moscou, liderado pelo georgiano bolchevique Filipp Makharadze.[50]

    No entanto, restava uma oposição significativa para os bolcheviques, e isso culminou na Revolta de Agosto de 1924. O regime soviético foi firmemente estabelecido somente após esta revolta ser reprimida.[51] Assim, a Geórgia foi incorporada na RSFS Transcaucasiana, que uniu Geórgia, Arménia e Azerbaijão. Mais tarde, em 1936, o RSFS foi desagregado em seus elementos componentes e a Geórgia tornou-se a República Socialista Soviética da Geórgia.[52]

    Josef Stalin, um georgiano étnico nascido Ioseb Besarionis Dze Jugashvili (em georgiano: იოსებ ბესარიონის ძე ჯუღაშვილი) em Gori, foi destaque entre os bolcheviques. Stalin estava a subir para a posição mais alta, dirigindo a União Soviética a partir de 3 de abril de 1922 até sua morte, em 5 de março de 1953.[53] De 1941 a 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, quase 700 000 georgianos lutaram no Exército Vermelho contra a Alemanha nazista. Havia também alguns que lutaram no lado alemão. Cerca de 350 mil georgianos morreram nos campos de batalha da Frente Oriental.[53]

    Em 9 de abril de 1989, uma manifestação pacífica em Tiblíssi terminou com várias pessoas sendo mortas por tropas soviéticas.[54] Antes das eleições de outubro de 1990 para a Assembleia Nacional, o Umaghlesi Sabcho (Conselho Supremo) - as primeiras eleições na URSS realizadas em uma base formal multipartidária – o cenário político foi remodelado novamente. Enquanto os grupos mais radicais boicotaram as eleições e convocaram um fórum alternativo (o Congresso Nacional) com suposto apoio de Moscou,[46] outra parte da oposição anticomunista uniu-se em torno dos antigos dissidentes, como Merab Kostava e Zviad Gamsakhurdia. Este último ganhou as eleições por uma margem clara, com 155 dos 250 assentos parlamentares, enquanto o Partido Comunista (PC) recebeu apenas 64 assentos. Todas as outras partes não conseguiram superar o limiar de 5 por cento e foram assim distribuídas unicamente alguns lugares do círculo eleitoral uninominais.[46]

    Restauração da independência

    Em 9 de abril de 1991, pouco antes do colapso da União Soviética, a Geórgia declarou sua independência. A iniciativa foi feita depois de um referendo realizado em 31 de março de 1991, sendo protagonizada pelo Conselho Supremo da Geórgia. Em 26 de maio de 1991, Zviad Gamsakhurdia foi eleito o primeiro presidente da Geórgia independente, com propostas de cunho nacionalista e prometendo fazer valer a autoridade de Tiblíssi sobre regiões como a Abecásia e Ossétia do Sul, que tinham sido classificadas como oblasts autônomos sob a União Soviética.[54] Ele logo foi deposto em um sangrento golpe de Estado, a partir de 22 de dezembro de 1991 a 6 de janeiro de 1992. O golpe foi instigado por parte dos guardas nacionais e uma organização paramilitar chamada "Mkhedrioni" ("cavaleiros"). O país tornou-se envolvido em uma amarga guerra civil, que durou até cerca de 1995. Eduard Shevardnadze, Ministro dos Negócios Estrangeiros Soviéticos entre 1985-1991, voltou à Geórgia em 1992 e juntou-se aos líderes do golpe - Tengiz Kitovani e Jaba Ioseliani - um triunvirato que ficou conhecido como "O Conselho de Estado".[54]

     
    Guerra Civil na Geórgia, em 1993

    Disputas dentro de duas regiões da Geórgia, Abecásia e Ossétia do Sul, entre os separatistas locais e as populações de maioria georgiana, acabaram em violência e guerras inter-étnicas generalizadas.[55] Apoiada pela Rússia, a Abecásia e a Ossétia do Sul alcançaram de facto a independência, com a Geórgia mantendo o controle apenas em pequenas áreas dos territórios disputados. Em 1995, Shevardnadze foi oficialmente eleito como presidente da Geórgia.[54]

    Cerca de 230 000 a 250 000 georgianos foram massacrados ou expulsos da Abecásia por separatistas e voluntários do Norte do Cáucaso (incluindo chechenos), entre 1992 e 1993. Cerca de 23 mil georgianos fugiram da Ossétia do Sul, bem como muitas famílias da Ossétia foram forçadas a abandonar suas casas na região de Borjomi e seguirem rumo à Rússia.[56][57]

     
    A Revolução Rosa, em 2003

    Shevardnadze foi reeleito em 2000. Entretanto, em 2003, foi deposto pela Revolução Rosa, depois da oposição georgiana e monitores internacionais afirmarem que houve fraude nas eleições legislativas de 2 de novembro.[54] A revolução foi liderada por Mikheil Saakashvili, Zurab Zhvania e Nino Burjanadze, ex-membros e líderes do partido no poder de Shevardnadze. Mikhail Saakashvili foi eleito presidente da Geórgia em 2004.[54]

    Após a Revolução Rosa, uma série de reformas foram lançadas para reforçar as capacidades militares e econômicas do país. Os esforços do novo governo para reafirmar a autoridade da Geórgia na República Autônoma de Ajária, no sudoeste do país, levou a uma grande crise no início de 2004. O sucesso na iniciativa do governo, em Ajária, encorajou Saakashvili a intensificar seus esforços na região separatista da Ossétia do Sul, mas sem sucesso.[54]

    Esses eventos, juntamente com acusações de envolvimento georgiano na segunda guerra chechena,[58] resultaram em uma grave deterioração de relações com a Rússia, alimentada também pela assistência aberta da Rússia e apoio para as duas áreas separatistas, Abecásia e Ossétia do Sul. Apesar destas relações cada vez mais difíceis, em maio de 2005 a Geórgia e a Rússia chegaram a um acordo bilateral, através do qual bases militares russas (que datavam da era soviética) em Batumi e Akhalkalaki foram retiradas.[59] A Rússia retirou todo o pessoal e equipamentos destes locais, finalizando o processo em dezembro de 2007.[60] No entanto, a base militar russa em Gudauta, na Abecásia, não foi retirada, ocorrendo a desocupação apenas após a adoção e homologação do Tratado Adaptado das Forças Armadas Convencionais na Europa, durante a Cimeira de Istambul de 1999.[61]

    Guerra Russo-Georgiana
     Ver artigos principais: Guerra Russo-Georgiana, Limpeza étnica dos georgianos na Abecásia e Limpeza étnica dos georgianos na Ossétia do Sul

    As tensões entre a Geórgia e a Rússia se intensificaram em abril de 2008.[62][63][64][65][66] Os separatistas da Ossétia do Sul cometeram o primeiro ato de violência, ao explodirem um veículo militar georgiano em 1 de agosto de 2008. A explosão feriu cinco soldados de paz da Geórgia. Em resposta, snipers georgianos agrediram os milicianos da Ossétia do Sul durante a noite.[67][68] Os separatistas ossetas passaram a bombardear aldeias georgianas em meados de agosto, com uma resposta esporádica das forças de paz da Geórgia e outras tropas na região.[64][68][69] Incidentes graves ocorreram na semana seguinte após os ataques da Ossétia contra aldeias georgianas e posições na Ossétia do Sul.[70][71]

     
    Tskhinvali, 18 de agosto de 2008

    Em 7 de agosto de 2008, o então presidente da Geórgia, Mikheil Saakashvili anunciou um cessar-fogo unilateral por parte da Geórgia.[72] No entanto, os separatistas da Ossétia intensificaram seus ataques contra aldeias georgianas situadas na zona de conflito da Ossétia do Sul. Tropas georgianas abriram fogo e avançaram em direção à capital da auto-proclamada República da Ossétia do Sul, Tskhinvali, durante o período noturno de 8 de agosto.[73][74] Com a notável situação e o aumento da instabilidade entre Geórgia e Ossétia do Sul, a Rússia invadiu a região osseta, ocupando-a com tropas militares.[75] De acordo com a inteligência da Geórgia e vários relatos da mídia russa, o Exército russo já havia se mudado para o território da Ossétia do Sul através do túnel de Roki, antes da operação militar georgiana.[76][77]

     
    militares russos na Ossétia do Sul durante a guerra da Geórgia contra a Rússia

    O centro de Tskhinvali foi ocupado por 1 500 homens das forças terrestres da Geórgia na manhã do dia 8 de agosto de 2008.[78] Em entrevista ao Kommersant, jornal russo, um diplomata georgiano afirmou que "assumir o controle de Tskhinvali era uma demonstração de que a Geórgia não toleraria a matança de seus cidadãos".[79] A Rússia passou a acusar a Geórgia de "agressão contra a Ossétia do Sul", iniciando uma invasão em larga escala da Geórgia sob a alegação de operação de paz.[70] Militares russos recuperaram o controle de Tskhinvali em cinco dias, expulsando as tropas da Geórgia e lançando ataques aéreos contra a infraestrutura militar do país.[80] As forças da Abecásia abriram uma segunda frente de ataque, no que ficou conhecido como Batalha do vale Kodori,[81] enquanto a Rússia ocupava as cidades georgianas de Zugdidi, Senaki, Poti e Gori (a última após a negociação do cessar-fogo). A costa da Geórgia também foi bloqueada pela Frota do Mar Negro.[70][82][83][84] Durante e depois da guerra, as forças da Ossétia do Sul e da milícia irregular realizaram uma campanha de limpeza étnica contra os georgianos na Ossétia do Sul, com aldeias georgianas em torno de Tskhinvali sendo destruídas.[85][86] A guerra deslocou cerca de 192 000 pessoas.[87][88][89][90]

    Um acordo de cessar-fogo entre a Geórgia, Rússia, Ossétia do Sul e Abecásia foi negociado em 12 de agosto de 2008, tendo a França como mediadora.[91][92] Em 17 de agosto, os russos retiraram suas tropas da Geórgia e, em 8 de outubro, deixaram as zonas-tampão adjacentes à Abecásia e Ossétia do Sul, com o controle sobre estas transferido para a Missão de Observação da União Europeia na Geórgia.[93][94]

    A Rússia reconheceu a Abecásia e a Ossétia do Sul como repúblicas independentes em 26 de agosto de 2008.[95] Em resposta à ação da Rússia, o governo georgiano rompeu as relações diplomáticas com o país.[96] Desde a guerra, a Geórgia mantém sua posição de que a Abecásia e a Ossétia do Sul são territórios georgianos ocupados pela Rússia.[97][98][99][100][101]

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