Contexto de Cuba

Cuba (pronunciado em castelhano: [ˈkuβa]), oficialmente República de Cuba, é um país insular localizado no mar do Caribe, na América Central e Caribe (sub-continente da América). É um país que compreende a ilha de Cuba, bem como a Ilha da Juventude e vários arquipélagos menores. Cuba está localizada no norte do Caribe, onde o mar do Caribe, o Golfo do México e o Oceano Atlântico se encontram. Fica a leste da Península de Iucatã (México), a sul tanto do estado norte-americano da Flórida como das Bahamas, a oeste da Hispaniola, e a norte tanto da Jamaica como das Ilhas Caimão. Havana é a maior cidade e capital; outras grandes cidades incluem Santiago de Cuba e Camagüey. A área oficial da República de Cuba é de 109 884 quilômetros quadrados (sem as águas territoriais). A ilha principal de Cuba é a maior ilha de Cuba e do Caribe, com uma área de 104 338 quilómetros quadrados. Cuba é ...Ler mais

Cuba (pronunciado em castelhano: [ˈkuβa]), oficialmente República de Cuba, é um país insular localizado no mar do Caribe, na América Central e Caribe (sub-continente da América). É um país que compreende a ilha de Cuba, bem como a Ilha da Juventude e vários arquipélagos menores. Cuba está localizada no norte do Caribe, onde o mar do Caribe, o Golfo do México e o Oceano Atlântico se encontram. Fica a leste da Península de Iucatã (México), a sul tanto do estado norte-americano da Flórida como das Bahamas, a oeste da Hispaniola, e a norte tanto da Jamaica como das Ilhas Caimão. Havana é a maior cidade e capital; outras grandes cidades incluem Santiago de Cuba e Camagüey. A área oficial da República de Cuba é de 109 884 quilômetros quadrados (sem as águas territoriais). A ilha principal de Cuba é a maior ilha de Cuba e do Caribe, com uma área de 104 338 quilómetros quadrados. Cuba é o segundo país mais populoso do Caribe, depois do Haiti, com mais de 11 milhões de habitantes.

O território que hoje é Cuba foi habitado pelos povos ciboneis taínos desde o quarto milênio a.C. até à colonização espanhola no século XV. A partir do século XV, foi uma colónia de Espanha até à Guerra Hispano-americana de 1898, quando Cuba foi ocupada pelos Estados Unidos e ganhou a independência nominal como protectorado de facto dos Estados Unidos em 1902. Sendo uma república frágil, em 1940 Cuba tentou fortalecer o seu sistema democrático, mas a radicalização política crescente e os conflitos sociais culminaram num golpe e subsequente ditadura apoiada pelos Estados Unidos de Fulgencio Batista em 1952. A corrupção aberta e a opressão sob o governo de Batista levaram à sua destituição a Janeiro de 1959 pelo Movimento 26 de Julho, que depois estabeleceu uma ditadura do proletariado sob a liderança do Partido Comunista de Cuba, sendo Fidel Castro um dos seus fundadores, eleito primeiro secretário do comité central desde 1965 até 2011. A Assembleia Nacional do Poder Popular é o parlamento legislativo da República de Cuba e o órgão supremo do poder do Estado e seu atual presidente é Esteban Lazo Hernández. O atual presidente da República de Cuba é Miguel Díaz-Canel, que também é o atual primeiro secretário do PCC. O país foi um ponto de discórdia durante a Guerra Fria entre a União Soviética e os Estados Unidos, e uma guerra nuclear quase eclodiu durante a Crise dos Mísseis de Cuba de 1962. Cuba é um dos atuais Estados socialistas marxistas-leninistas existentes.

Sob Castro, Cuba esteve envolvida numa vasta gama de actividades militares e humanitárias na Ásia e na África. Cuba enviou mais de 400 mil dos seus cidadãos para combater em Angola (1975-91) e derrotou as forças armadas da África do Sul em guerra convencional envolvendo tanques, aviões, e artilharia. A intervenção cubana em Angola contribuiu para a queda do regime do apartheid na África do Sul. Culturalmente, Cuba é considerada parte da América Latina. É um país multiétnico cujo povo, cultura e costumes derivam de diversas origens, incluindo os povos Taínos Ciboneis, o longo período do colonialismo espanhol, a introdução dos escravos africanos e uma relação estreita com a União Soviética na Guerra Fria.

Cuba é um Estado soberano e membro fundador das Nações Unidas, do G77, do Movimento Não Alinhado, dos Países ACP, da ALBA e da Organização dos Estados Americanos. Tem uma das únicas economias planificadas do mundo, e a sua economia é dominada pela indústria do turismo e pelas exportações de mão-de-obra qualificada, açúcar, tabaco, e café. De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano, Cuba tem um elevado desenvolvimento humano e está classificada em oitavo lugar na América do Norte, e em 72º lugar mundialmente em 2019. Também ocupa um lugar de destaque em algumas métricas de desempenho nacional, incluindo cuidados de saúde e educação. É o único país do mundo a satisfazer as condições de desenvolvimento sustentável estabelecidas pela WWF. De acordo com o Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas, as políticas governamentais cubanas erradicaram em grande escala a fome e a pobreza.

Mais sobre Cuba

Informação básica
  • Nome nativo Cuba
  • Código de chamada +53
  • Domínio da Internet .cu
  • Mains voltage 110V/60Hz
  • Democracy index 2.84
Population, Area & Driving side
  • População 10985974
  • Área 109884
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigo principal: História de Cuba
    Período pré-colonial
     
     Ver artigo principal: História de Cuba
    Período pré-colonial
     
    Estátua de Hatuey, um líder dos taínos, o povo nativo de Cuba

    No último século, estudos arqueológicos, etnológicos e morfológicos permitiram investigar a vida dos primeiros habitantes que chegaram à Cuba por volta de 6 000 a.C. Esses primeiros grupos eram caçadores paleolíticos de origem mongolóide. A segunda migração veio a ocorrer há 4 500 a.C., vinda da América Central e do Sul. Eles tinham uma fisionomia semelhante à do primeiro grupo. As terceira e quarta migrações são provenientes das Antilhas, cuja ocorrência deu-se por volta de 500 a.C.[1]

    O território que atualmente constitui Cuba veio a ser habitado principalmente por povos ameríndios conhecidos como taínos, também chamados de aruaques pelos espanhóis, e guanajatabeis e ciboneis antes da chegada dos colonizadores. Os antepassados desses nativos haviam migrado séculos antes da parte continental das Américas do Sul, Central e do Norte.[2] Os nativos taínos chamavam a ilha de Caobana.[3] Os povos taínos eram agricultores e caçadores, ao passo que os ciboneis eram pescadores e caçadores e os guanatabeyes eram coletores.[4]

    Domínio espanhol

    A ilha de Cuba foi descoberta pelos europeus com a chegada de Cristóvão Colombo em 1492, que a batizou com o nome de Juana, uma homenagem à Joana de Castela, filha de Fernando II, então rei da Espanha. Entretanto, o nome não vingou e o local ficou conhecido pelo nome nativo. Colombo morreu acreditando que Cuba fosse uma península do continente americano. A condição insular de Cuba foi esclarecida somente com explorações de Sebastián de Ocampo, que deu a volta completa à ilha em 1509, verificando a existência de nativos pacíficos e áreas para cultivar e aportar. A ocupação da ilha foi um dos primeiros passos para a colonização do território pela Espanha.[5]

     
    Diego Velázquez de Cuéllar, o conquistador de Cuba.

    Diego Velázquez, em 1510, desembarcou na ilha e fundou a vila de Baracoa. No mesmo ano, a Espanha estabeleceu o Governo de Cuba, primeira administração da região, que englobava, além do território atual de Cuba, áreas da Flórida e da Luisiana espanhola. Velázquez acabou por fundar outras vilas e localidades na então capitania, entre as quais estavam San Salvador de Bayamo (1513), Villa De la Santísima Trinidad, Santa María del Puerto del Príncipe (hoje Camaguey), San Cristóbal de La Habana e Sancti Spíritus (1514), além de Santiago de Cuba (1515), que foi a primeira capital cubana.[5]

    Os indígenas Taínos foram forçados a trabalhar sob o sistema de encomienda,[6] que se assemelhava ao sistema feudal da Europa medieval.[7] Em um século, os povos indígenas foram virtualmente exterminados devido a vários fatores, principalmente doenças infecciosas da Eurásia, à qual não tinham resistência natural (imunidade), agravada pelas duras condições da repressiva subjugação colonial.[8] Em 1529, um surto de sarampo em Cuba matou dois terços dos poucos nativos que haviam sobrevivido à varíola.[9]

    Em 10 de fevereiro de 1516, a pedido de Velázquez, foi criado o bispado de Cuba, cuja sede original era em Baracoa, tendo sido transferida para Santiago de Cuba em 1523. Santiago de Cuba servia como a primeira capital de Cuba, até a transferência definitiva da sede do governo para San Cristóbal de La Habana, em meados do século XVI.[1] Por outro lado, a cidade de San Cristóbal de La Habana, situada na costa sul da parte ocidental da ilha, foi deslocada pelo menos duas vezes até que, em 16 de novembro de 1519, foi finalmente estabelecida em sua localização atual. Esta última data é considerada a fundação definitiva da cidade.[10]

    Velázquez veio a servir como governador da região até a sua morte, em 1524. Após ele, aportaram em Cuba Pánfilo de Narváez e Juan de Grijalva, que não encontraram resistência dos indígenas. Durante a colonização, a Espanha investiu em monoculturas de açúcar e tabaco, utilizando o sistema de plantagem que, no início, utilizava-se de mão de obra escrava indígena. Cerca de trinta anos após a chegada dos espanhóis, a população indígena já havia se reduzido de cerca de 120 mil para algumas centenas, devido a vários fatores, tais como doenças, maus tratos e extermínio. Com a redução da população indígena, a mão de obra escrava começou a ficar escassa. Assim sendo, Diego Velázquez, que havia dado início à exploração de minas, começou a substituir os nativos por escravos africanos, em caráter semelhante ao que ocorria em outras colônias espanholas e portuguesas na América.[5]

     
    Um mapa de Cuba, por volta de 1680

    Cuba foi integrada ao Vice-Reino da Nova Espanha quando este foi criado em 1535. A ilha e suas províncias formavam o Governo de Cuba, que dependia da Capitania-Geral de São Domingos. Posteriormente, recebeu maior autonomia a partir de 1764, como resultado das reformas Bourbon realizadas no Vice-Reino da Nova Espanha pelo Conde de Floridablanca. O Governo de Cuba incluía, além da ilha de Cuba, a Jamaica (até 1655), a província da Flórida (a partir de 1567) e a Louisiana espanhola (a partir de 1763). Em 1777 foi instituída a Capitania-Geral de Cuba como entidade sucessora do Governo de Cuba, com maior autonomia e poderes, o que incluía os referidos territórios.[1]

    Nos primeiros anos da colônia, o setor econômico mais importante foi a extração de ouro e outras formas de mineração. San Cristóbal de La Habana acabou por se beneficiar das guerras travadas entre França e Espanha, uma vez que, após o ataque francês à ilha, a Coroa espanhola elaborou dois projetos visando repelir as pretensões francesas, cuja implementação envolvia a capital cubana. O primeiro projeto foi o Sistema de Frota ou Porto Único, por meio do qual todos os navios espanhóis em tráfego pelas Índias Ocidentais deveriam partir juntos, de volta à Espanha, do Porto de Carenas, na baía de San Cristóbal de La Habana. O segundo projeto visava fortificar a cidade, que teve como precedente a construção, em 1538, da segunda fortaleza da América, o chamado Castelo da Força Real de Havana, além de outros fortes como o Castillo del Morro e o de la Punta.[1]

     
    Uma pintura em aquarela da Baía de Havana, c.  1639.

    Em consequência à estes projetos, San Cristóbal de La Habana experimentou um significativo crescimento econômico e populacional sem precedentes, eis que todo o comércio mantido pela metrópole nas Índias Ocidentais passava pela cidade. A diversificação de sua economia, através da criação de novos comércios, também foi significativa. Esse desenvolvimento econômico na capital contrastava fortemente com a redução da atividade comercial de populações remotas, que iniciaram o contrabando de corsários estrangeiros.[1]

    Em 18 de maio de 1539, o conquistador Hernando de Soto partiu de Havana com cerca de 600 seguidores para uma vasta expedição pelo sudeste norte-americano, começando no que hoje é a Flórida, em busca de ouro, tesouro e poder.[11] Em 1º de setembro de 1548, o Dr. Gonzalo Perez de Angulo foi nomeado governador de Cuba. Ele chegou a Santiago em 4 de novembro de 1549 e imediatamente declarou a liberdade de todos os indígenas.[12] Ele se tornou o primeiro governador permanente de Cuba a residir em Havana, ao invés de Santiago, e construiu a primeira igreja de Havana em alvenaria.[13]

    Em 1570, a maioria dos residentes de Cuba era composta por uma mistura de heranças espanholas, africanas e taíno. Cuba desenvolvia-se lentamente e, ao contrário de outras ilhas do Caribe, tinha uma agricultura diversificada. A colônia detinha uma sociedade urbanizada que apoiava o império colonial espanhol. Em meados do século XVIII, havia 50 mil escravos na ilha, em comparação com 60 mil em Barbados, 300 mil na Virgínia e outros 450 mil em Saint-Domingue, todos com grandes plantações de cana-de-açúcar.[14]

     
    Uma pintura do Cerco de Havana em 1762.

    A eclosão da Guerra dos Sete Anos, entre a França e a Inglaterra, acabou por dividir as potências europeias. A França foi apoiada pelo Arquiducado da Áustria, Suécia–Finlândia e pelo Império Russo, enquanto a Inglaterra recebeu o apoio do Reino de Portugal, Reino da Prússia e da Confederação Iroquois. Neste cenário, a Espanha aliou-se aos franceses. Esta aliança serviu como motivação para os ingleses liderarem a maior marinha que havia cruzado o Atlântico, em 1762, com o objetivo de invadir e tomar Havana, que foi defendida de forma combativa pelos crioulos e espanhóis. Porém, em 12 de agosto daquele ano, foi assinada a capitulação da cidade, após Havana se render. No dia seguinte, as tropas britânicas entraram triunfantes. Os britânicos imediatamente abriram o comércio com suas colônias norte-americanas e caribenhas, causando uma rápida transformação da sociedade cubana.[15] Essa ocupação durou onze meses. Em julho de 1763, Ambrosio de Funes Villalpando tomou posse do Governo de Cuba e o reivindicou à Espanha, que cedeu a península da Flórida à Grã-Bretanha, considerada de posicionamento estratégico.[16]

    Entre 1782 e 1785, o Capitão Geral de Havana e Governador de Cuba, Luis de Unzaga y Amézaga, coordenou a ajuda aos Estados Unidos, os quais solicitaram, para que pudessem vencer a guerra contra os ingleses. Luis de Unzaga y Amézaga recebeu, em Havana, a visita do Príncipe Guilherme IV em abril de 1783, chegando a acordos preliminares para o Tratado de Paris, como a troca de prisioneiros ou a troca das Bahamas pelo leste da Flórida. Em 1784, a boa relação de vizinhança com os Estados Unidos era tamanha que, após um ciclone que devastou a ilha, o governador Unzaga obteve o dinheiro necessário para a reconstrução de várias cidades e escolas. Isto fez com que Unzaga fosse considerado o criador do primeiro sistema educacional público bilíngue do mundo.[17]

    O maior fator para o crescimento do comércio de Cuba no final do século XVIII e início do século XIX foi a Revolução Haitiana. Quando os povos escravizados daquela ilha - que havia sido a colônia mais rica do Caribe - se libertaram, por meio de uma revolta violenta, os proprietários cubanos perceberam as mudanças nas circunstâncias da região com um sentimento de medo e de oportunidade. O temor era advindo da perspectiva de que os escravos cubanos também pudessem se revoltar. As numerosas proibições, durante a década de 1790, da venda de escravos, em Cuba, que já haviam sido escravizados nas colônias francesas enfatizavam essa ansiedade. Com o colapso da escravidão e do colonialismo na colônia francesa, a ilha espanhola passou por transformações assemelhadas ao Haiti.[18] As estimativas sugerem que entre 1790 e 1820 cerca de 325 mil africanos foram importados para Cuba como escravos, o que foi quatro vezes mais a quantidade que havia chegado entre 1760 e 1790.[19]

     
    Escravos em Cuba descarregando gelo do Maine, c. 1832

    Embora uma proporção menor da população de Cuba fosse escravizada, ocorreram revoltas por parte dos escravos. Entre 1811 e 1812, a Rebelião de Escravos Aponte aconteceu, consistindo num movimento abolicionista que foi rapidamente suprimido.[20] A liderança da rebelião foi atribuída à José Antonio Aponte, de origem iorubá, junto a outros escravos e ex-escravos de várias partes do país, entre os quais Nicolás Morales e Juan Nepomuceno, de origem congolesa. A população de Cuba em 1817 era de 630 980 habitantes (dos quais 291 021 eram brancos, 115 691 eram mestiços livres e 224 268 escravos negros).[21]

    Em parte devido aos escravos cubanos trabalharem principalmente em ambientes urbanizados, no século XIX, a prática da coartacion se desenvolveu (ou "comprar-se da escravidão", um fenômeno exclusivamente cubano").[22] Devido à escassez de mão de obra branca, os negros dominaram as indústrias urbanas a tal ponto que quando os brancos em grande número foram para Cuba, em meados do século XIX, foram incapazes de deslocar os trabalhadores negros. Um sistema de agricultura diversificada, com pequenas fazendas e menos escravos, serviu para abastecer as cidades com produtos e outros bens.[14]

    Na década de 1820, quando o restante do império espanhol na América Latina se rebelou e formou estados independentes, Cuba permaneceu leal à Espanha. Sua economia se baseava em servir ao império. Em 1860, Cuba tinha 213 167 pessoas mestiças livres (39% de sua população não branca, num total de 550 mil habitantes).[14]

    Movimentos de independência
     Ver artigo principal: Guerra de Independência Cubana
     
    Carlos Manuel de Céspedes é conhecido como Pai da Pátria em Cuba, tendo declarado a independência da nação da Espanha em 1868 (que não foi efetivada).[23]

    A independência total da Espanha foi o objetivo de uma rebelião em 1868 liderada pelo advogado Carlos Manuel de Céspedes. De Céspedes, dono de uma fazenda de açúcar, libertou seus escravos para que lutassem com ele pela independência de Cuba. Em 27 de dezembro de 1868, ele emitiu um decreto condenando a escravidão em teoria, mas aceitando-a na prática e declarando a liberdade de todos os escravos cujos senhores os apresentassem para o serviço militar.[24] A rebelião de 1868 resultou em um conflito prolongado conhecido como Guerra dos Dez Anos. Entre os combatentes, um grande número eram de voluntários da República Dominicana e outros países, bem como numerosos chineses servos.[25]

    O novo governo cubano foi reconhecido por muitas nações europeias e latino-americanas, mas os Estados Unidos optaram por o não fazer.[26] Em 1878, o Pacto de Zanjón encerrou o conflito, com a Espanha prometendo maior autonomia a Cuba. Entre 1879 e 1880, o patriota cubano Calixto García tentou iniciar uma segunda guerra conhecida como Guerra Chiquita, mas não conseguiu receber apoio suficiente.[27] A escravidão em Cuba foi abolida em 1875, mas o processo foi concluído apenas em 1886.[28][24] A abolição da escravidão se deu com base em um processo de intensa pressão externa, ante a resistência da Inglaterra ao tráfico de escravos, além do interesse de investidores estadunidenses que desejavam controlar o mercado exportador cubano. Contribuiu também para o alcance da abolição a condição frágil em que os grandes proprietários de terra cubanos se encontravam, muito afetados pelos efeitos de devastação causados pela Guerra dos Dez Anos travada contra a Espanha.[29]

     
    Calixto García, um general dos rebeldes separatistas cubanos (à direita) com o general brigadeiro William Ludlow (Cuba, 1898).

    Em 1892, um dissidente exilado chamado José Martí fundou o Partido Revolucionário Cubano em Nova Iorque, objetivando alcançar a independência de Cuba da Espanha.[30] Em janeiro de 1895, Martí viajou para San Fernando de Monte Cristi e Santo Domingo, na República Dominicana, para unir-se aos esforços de Máximo Gómez, outro idealizador da independência. Martí registrou suas opiniões políticas no Manifesto de Montecristi. A luta contra o exército espanhol começou em 24 de fevereiro 1895, mas Martí foi incapaz de chegar a Cuba no início dos entraves, morrendo na batalha de Dos Ríos em 19 de maio de 1895. Sua morte imortalizou-o como herói nacional de Cuba.[30][31]

     
    Vítimas cubanas das políticas de reconcentração espanholas

    Cerca de 200 mil soldados espanhóis superaram o exército rebelde, muito menor, que dependia principalmente de táticas de guerrilha, sabotagem e da ocupação de faixas do litoral e alguns pontos considerados estratégicos. Os espanhóis iniciaram uma campanha de repressão, com o general Valeriano Weyler, governador militar de Cuba, conduzindo a população rural para o que chamou de "reconcentrados", descritos por observadores internacionais como "cidades fortificadas". Muitas vezes, estes espaços são considerados o protótipo dos campos de concentração do século XX.[32] Entre 200 mil e 400 mil[33] civis cubanos morreram de fome e doenças nos "reconcentrados" espanhóis, estimativas firmadas pela Cruz Vermelha e pelo senador norte-americano Redfield Proctor, ex-Secretário da Guerra do Governo dos Estados Unidos. A conduta espanhola foi reprovada por diversas nações, com os norte-americanos e europeus instigando protestos contra a atuação da Espanha na ilha.[34]

    O encouraçado USS Maine foi enviado para proteger os interesses norte-americanos mas, logo após sua chegada, explodiu no porto de Havana e afundou rapidamente, matando quase três quartos da tripulação. A causa e a responsabilidade pelo naufrágio do navio permaneceram obscuras mesmo após a instauração de uma comissão de inquérito. A opinião popular nos Estados Unidos, alimentada por uma imprensa ativa, concluiu que os espanhóis eram os culpados e exigiu uma ação por parte das autoridades do país. A Espanha e os Estados Unidos declararam guerra entre si no final de abril de 1898.[35]

    República (1902-1959)
     Ver artigo principal: República de Cuba (1902–1959)
    Primeiros anos
     
    Bandeira cubana no Palácio do Governador Geral ao meio-dia de 20 de maio de 1902

    Após a Guerra Hispano-Americana, a Espanha e os Estados Unidos assinaram o Tratado de Paris de 1898, pelo qual a Espanha cedeu Porto Rico, as Filipinas e Guam aos norte-americanos sob o valor de 20 milhões de dólares e Cuba passou à condição de protetorado dos Estados Unidos.[36] Cuba conquistou a independência formal dos Estados Unidos em 20 de maio de 1902, como República de Cuba. Sob a nova constituição de Cuba, os Estados Unidos mantiveram o direito de intervir nos assuntos cubanos e supervisionar suas finanças e relações exteriores. De acordo com a Emenda Platt, os Estados Unidos alugaram a Base Naval da Baía de Guantánamo.[37]

    Após as disputadas eleições em 1906, o primeiro presidente cubano, Tomás Estrada Palma, enfrentou uma revolta armada instada por veteranos da guerra da independência, que acabaram derrotando as escassas forças do governo.[38] Os Estados Unidos intervieram ocupando Cuba e nomeando Charles Edward Magoon como governador por três anos. Historiadores cubanos caracterizam o governo de Magoon como introdutor da corrupção política e social.[39] Em 1908, o autogoverno foi restaurado quando José Miguel Gómez foi eleito presidente, com o fator condicionante de que os Estados Unidos continuariam intervindo nos assuntos cubanos. Em 1912, o Partido Independiente de Color tentou estabelecer uma república negra separada, na província de Oriente, mas foi suprimido pelo general Monteagudo com considerável derramamento de sangue.[40]

    Em 1924, Gerardo Machado foi eleito presidente. Durante sua administração, o turismo aumentou acentuadamente e hotéis e restaurantes de propriedade de norte-americanos foram construídos para acomodar o fluxo de turistas.[41] O crescimento turístico levou ao aumento da prática de jogos e da prostituição no país.[41] A Quinta-Feira Negra, em 1929, levou ao colapso do preço do açúcar, agitação política e repressão. Estudantes protestantes, conhecidos como a Geração de 1930, recorreram à violência em oposição ao governo Machado, cada vez mais impopular. Uma greve geral (na qual o Partido Comunista se aliou a Machado), revoltas entre os trabalhadores açucareiros e uma revolta do exército forçaram Machado ao exílio em agosto de 1933. Ele foi substituído por Carlos Manuel de Céspedes y Quesada.[42][43]

    De 1934 a 1959, Fulgêncio Batista foi o dirigente de facto de Cuba, ocupando a presidência de 1940 a 1944 e de 1952 a 1959. A presidência de Batista impôs enormes regulações à economia, o que trouxe grandes problemas para a população.[44] O desemprego se tornava um problema na medida em que os jovens que entravam no mercado de trabalho não conseguiam encontrar uma função para exercer.[44] A classe média, cada vez mais insatisfeita com a queda no nível de qualidade de vida, se opôs cada vez mais a Batista.[44] Ainda durante essa época, Cuba se transformou numa espécie de "ilha dos prazeres" dos turistas americanos. Aproveitando o agradável clima tropical e a beleza das paisagens naturais, foi construída toda uma infraestrutura voltada para os visitantes estrangeiros. Nesse cenário, misturavam-se corrupção governamental, jogatina de cassinos, uso indiscriminado de drogas e incentivo à prostituição. À época, Cuba era o país da América Latina com o maior consumo per capita de carnes, vegetais, cereais, automóveis, telefones e rádios, apesar de todos estes bens estarem concentrados nas mãos de uma pequena elite e de investidores estrangeiros.[45]

    Revolução de 1933-1940
     
    A Pentarquia de 1933. Fulgencio Batista, que controlava as Forças Armadas, aparece na ponta direita da imagem

    Em setembro de 1933, a Revolta dos Sargentos, liderada por Fulgencio Batista, derrubou Céspedes.[46] Um comitê executivo de cinco membros (a Pentarquia de 1933) foi escolhido para chefiar um governo provisório. Ramón Grau San Martín foi então nomeado presidente provisório.[47] San Martín renunciou em 1934, deixando o caminho livre para Batista, que dominou a política cubana nos 25 anos seguintes, a princípio por meio de uma série de presidentes-fantoches.[46] O período de 1933 a 1937 foi uma época de conflitos sociais e políticos virtualmente incessantes. Em suma, durante este período, Cuba sofreu com estruturas políticas frágeis, refletidas no fato de ter visto três presidentes diferentes em dois anos (1935-1936) e nas políticas militaristas e repressivas encapadas por Fulgencio Batista, então como Chefe do Exército.[48]

    Uma nova constituição foi adotada em 1940, que engendrou ideias progressistas radicais, incluindo o direito ao trabalho e à saúde. Fulgencio Batista foi eleito presidente no mesmo ano, mantendo o cargo até 1944.[49] Seu governo realizou importantes reformas sociais, ao passo que vários membros do Partido Comunista ocuparam cargos sob sua administração.[50] As forças armadas cubanas não estiveram muito envolvidas no combate durante a Segunda Guerra Mundial, embora o presidente Batista tenha sugerido um ataque conjunto entre os norte-americanos e a América Latina à Espanha franquista, com o objetivo de derrubar o regime espanhol, tido como autoritário.[51] Cuba perdeu seis navios mercantes durante a guerra e a Marinha cubana foi responsável pelo naufrágio do submarino alemão U-176.[52]

    Batista aderiu às restrições da constituição de 1940, que impedia sua reeleição, e Ramon Grau San Martín foi eleito nas eleições de 1944.[49] O governo San Martín foi acusado de deslegitimar o sistema político cubano, em particular o Congresso e a Suprema Corte.[53] Carlos Prío Socarrás, um aliado de San Martín, tornou-se presidente em 1948.[49] Os dois governos comandados pelo Partido Auténtico trouxeram um influxo de investimentos, que alimentou um crescimento econômico, elevou os padrões de vida para todos os segmentos da sociedade e criou uma classe média na maioria das áreas urbanas.[54]

    Golpe de Estado de 1952
     
    Moradias em favelas (bohio) em Havana (1954), perto do estádio Latinoamericano.

    Após deixar a presidência em 1944, Fulgencio Batista morou na Flórida, retornando a Cuba para se candidatar à presidência em 1952. Enfrentando uma possível derrota eleitoral, Batista liderou um golpe militar que antecipou a eleição.[55] De volta ao poder e recebendo apoio financeiro, militar e logístico do governo dos Estados Unidos, Batista suspendeu a Constituição de 1940 e revogou a maioria das liberdades políticas, o que incluía o direito de greve.[56] Ele então se aliou aos proprietários de terras mais ricos que possuíam as maiores plantações de açúcar e presidiu uma economia estagnada que aumentava a desigualdade entre os cubanos ricos e os pobres, proibindo o Partido Comunista Cubano em 1952.[57] Depois do golpe, Cuba passou a ter as maiores taxas de consumo per capita, na América Latina, de carnes, vegetais, cereais, automóveis, telefones e rádios, embora cerca de um terço da população fosse considerada pobre e desfrutasse relativamente pouco desse consumo.[58]

    Em 1958, Cuba era um país relativamente avançado para os padrões latino-americanos. Ainda que o país apresentasse uma visível pobreza e precariedade no emprego, havia sinais de modernização que, em alguns casos, eram superiores aos de países ricos. Cuba possuía uma média de carros, por habitantes, que a colocava em sexto lugar no mundo no consumo deste bem, sendo superada apenas pelos Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Venezuela e Alemanha Ocidental. Em 1953, importava um número de veículos tratores superior ao do Brasil e México; possuía a maior quantidade de importação de aparelhos de televisão na América Latina (proporcional ao número de habitantes); ostentava o sexto lugar, em âmbito local, em número de jornais publicados; era o quarto país com mais emissoras de rádio e salas de cinema e detinha o terceiro lugar na captação de investimentos diretos dos Estados Unidos, com cerca de 861 milhões de dólares investidos no país em 1958. Ainda que assim fosse, a estrutura do sistema econômico era desigual, beneficiando apenas grupos da aristocracia rural, a burguesia da indústria turística e imobiliária e profissionais liberais.[59]

    Cuba adotava uma política de interferência nas relações sindicais, o que incluía a proibição de demissões e da mecanização. Entre 1933 e 1958, a nação ampliou enormemente as regulamentações econômicas, causando problemas econômicos e desemprego. A classe média, que era comparável à dos Estados Unidos, tornou-se cada vez mais insatisfeita com o desemprego e a perseguição política. Fulgencio Batista renunciou em dezembro de 1958, sob pressão dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que as forças revolucionárias lideradas por Fidel Castro estavam vencendo militarmente no interior do país.[60][61]

    Revolução e governo do partido comunista (1959-presente)
     Ver artigo principal: Revolução Cubana
     
    Che Guevara e Fidel Castro fotografados por Alberto Korda (1961).

    Na década de 1950, várias organizações, incluindo algumas que defendiam o levante armado, competiram pelo apoio público para promover mudanças políticas. Em 1956, Fidel Castro e cerca de 80 apoiadores desembarcaram do iate Granma, na tentativa de iniciar uma rebelião contra o governo Batista. Em 1958, o Movimento 26 de Julho, de Castro, emergiu como o principal grupo revolucionário. Os Estados Unidos apoiaram Castro sob a imposição de um embargo de armas em 1958 contra o governo de Batista. Batista tentou evitar o embargo norte-americano adquirindo armas da República Dominicana.[62]

    Em fins de 1958, os revolucionários haviam escapado de Serra Maestra e lançaram uma insurreição popular geral. Depois que os combatentes de Castro tomaram Santa Clara, Batista fugiu com a família para a República Dominicana, em janeiro de 1959. Posteriormente, veio a exilar-se na ilha portuguesa da Madeira, estabelecendo-se finalmente no Estoril, perto de Lisboa. As forças de Fidel Castro entraram na capital em 8 de janeiro de 1959. O liberal Manuel Urrutia Lleó tornou-se o presidente provisório.[63][64]

    Inicialmente, o governo dos Estados Unidos reagiu favoravelmente à revolução cubana.[65] Castro legalizou o Partido Comunista, promulgou a Lei de Reforma Agrária e expropriou milhares de hectares de terras agrícolas, incluindo aquelas de grandes proprietários de terras dos Estados Unidos. A partir de então, as relações entre o novo governo revolucionário e os norte-americanos começaram a se deteriorar. Em resposta, os Estados Unidos impuseram uma série de sanções entre 1960 e 1964, incluindo a proibição total do comércio entre os países e o congelamento de todos os ativos de propriedade de cubanos nos Estados Unidos.[66] Castro assinou um acordo comercial com o vice-primeiro-ministro soviético Anastas Mikoyan.[65]

     
    Revolucionários do Movimento 26 de Julho montados em cavalos em 1959.
     
    Desde 1959, Cuba considera a presença dos Estados Unidos na Baía de Guantánamo ilegal[67]

    Em março de 1960, o presidente estadunidense Dwight D. Eisenhower deu sua aprovação a um plano da Central Intelligence Agency (CIA) para armar e treinar um grupo de refugiados cubanos, visando derrubar o governo de Fidel Castro.[68] A invasão da Baía dos Porcos, como ficou conhecida, foi levada a cabo em 14 de abril de 1961, durante o mandato do presidente John F. Kennedy, quando cerca de 1.400 exilados cubanos desembarcaram na Baía dos Porcos. Tropas cubanas e milícias locais derrotaram a invasão, matando mais de 100 invasores e fazendo o restante prisioneiro.[69] Em janeiro de 1962, Cuba foi suspensa da Organização dos Estados Americanos (OEA) e, no mesmo ano, a OEA começou a impor sanções contra Cuba, de natureza semelhante às sanções americanas.[70] A crise dos mísseis cubanos (outubro de 1962), em plena Guerra Fria, quase desencadeou a Terceira Guerra Mundial.[71][72] Em 1963, Cuba estava se movendo em direção a um sistema comunista de pleno direito modelado na União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS).[73]

    A partir de então, Cuba passou a apoiar outras nações e movimentos com ideais socialistas e comunistas. Durante a Guerra das Areias, travada entre a Argélia e o Marrocos, o país apoiou militarmente os argelinos.[74] Em 1964, uma reunião de comunistas latino-americanos foi organizada em Havana, desencadeando uma guerra civil em Santo Domingo, capital dominicana, o que levou os Estados Unidos a invadir a República Dominicana em 1965. Por outro lado, Che Guevara - que havia se engajado em atividades de guerrilha na África - foi morto em 1967 enquanto tentava iniciar uma revolução na Bolívia. Durante a década de 1970, Fidel Castro enviou milhares de soldados à África em apoio às guerras apoiadas pelos soviéticos no continente, apoiando especialmente o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA).[75] Em 1975, Cuba efetivou uma das mais rápidas mobilizações militares da história, ao enviar cerca de 65 mil soldados e 400 tanques de fabricação soviética à Angola, em apoio ao MPLA. Seu apoio ao MPLA perdurou até 1988 quando, na batalha de Cuito Cuanavale, o MPLA derrotou a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) e as forças sul-africanas do apartheid.[76] A atuação cubana na África também se caracterizou por seu apoio à República Democrática Popular da Etiópia, sob liderança de Mengistu Haile Mariam, tendo sido proeminente em 1978, quando o país ajudou a derrotar uma invasão somali em território etíope.[77][78]

    A atuação e o poderio militar cubano também foi registrado em outras partes do mundo. No Oriente Médio, o país forneceu apoio bélico ao Iémen do Sul, que travava conflitos com o Iêmen do Norte, envolvendo-se também na Guerra do Yom Kippur entre Israel e uma coalizão de estados árabes, como Egito e Iraque. Na América Latina, Fidel Castro apoiou insurgências marxistas em Guatemala, El Salvador e Nicarágua. No Sudeste Asiático, o país apoiou deliberadamente o Vietnã do Norte contra o Vietnã do Sul, em um conflito que reuniu forças e colocou em lados opostos o Estados Unidos e a União Soviética, durante a Guerra do Vietnã.[79]

     
    Fidel Castro e Iuri Gagarin em junho de 1961
     
    Fidel Castro e membros do Politburo da Alemanha Oriental no Muro de Berlim com o Portão de Brandemburgo ao fundo em 1972

    O regime socialista cubano adotou como política de Estado tratativas de combate à desigualdade social, o que permitiu, hodiernamente, a eliminação do analfabetismo através da Campanha Nacional de Alfabetização em Cuba, a implementação de um sistema de saúde pública universal e a diminuição significativa das taxas de mortalidade infantil.[80] Ao longo dos anos da revolução, críticos do regime de Cuba passaram a sustentar afirmações envolvendo a possível violação de direitos humanos no país, como a existência das Unidades Militares de Ajuda à Produção que, a partir de 1965, guiava a campos de trabalhos forçados pessoas consideradas alheias à moral revolucionária. O historiador Abel Serra Madero estima que até 30 mil cubanos foram enviados a estes campos, onde predominavam delinquentes comuns, dissidentes políticos, religiosos e homossexuais.[81] Outro estudo, conduzido pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), enfoca que, a partir de 1971, pessoas homossexuais passaram a sofrer exonerações de cargos públicos ligados à área cultural, sob a justificativa de que não reuniam os parâmetros políticos e morais conscritos à revolução, especialmente após a realização do I Congresso de Educação e Cultura.[82]

     
    Fidel Castro se encontra com Võ Nguyên Giáp

    A OEA veio a suspender suas sanções contra Cuba em 1975, com a aprovação de 16 Estados membros. Os Estados Unidos, entretanto, mantiveram suas próprias sanções.[83] Em 1979, os norte-americanos se opuseram à presença de tropas de combate soviéticas em Cuba. Em 23 de outubro de 1983, as forças dos Estados Unidos invadiram a ilha caribenha de Granada, sob a justificativa de que a ilha estaria muito próxima politicamente de Cuba e da União Soviética após o golpe de Estado de Bernard Coard, além de relatos de ameaças ao território dos Estados Unidos.[79] Neste intervalo, os estadunidenses mataram quase duas dezenas de trabalhadores da construção civil de origem cubana, expulsando de Granada o restante da força de ajuda enviada por Cuba.[78][84]

    As tropas soviéticas começaram a se retirar de Cuba em setembro de 1991.[78] Com a dissolução da União Soviética, o governo revolucionário foi severamente testado e o país enfrentou uma crise econômica severa, em parte devido à retirada dos subsídios soviéticos. A crise econômica resultou em efeitos como a escassez de alimentos e combustível, ao passo que uma manifestação popular notável ocorreu em Havana em agosto de 1994.[85] Outro efeito da crise, que perdurou até 1995, foi a queda significativa do Produto interno bruto (PIB) cubano, cujo valor chegou a encolher 35%. Mais de cinco anos foram necessários para que o PIB do país atingisse os níveis anteriores à crise.[86][87]

    A década de 1990 também propiciou uma aproximação relevante entre Cuba e China, fator experimentado especialmente após a desintegração da União Soviética, que comprava 60% do açúcar e fornecia petróleo e manufaturas. Nos anos subsequentes, o país também aproximou-se da Venezuela e Bolívia, sob o governo de Hugo Chávez e Evo Morales, respectivamente, além de flexibilizar a economia, permitindo, dentro da estrutura socialista, a abertura para atividades capitalistas, como o turismo. Na década seguinte, em 2003, registrou-se a Primavera Negra, onde um grande número de dissidentes cubanos foram presos em nome do governo sob a acusação de que agiam como agentes do Estados Unidos. Posteriormente, os dissidentes foram liberados, com alguns passando a viver no exílio na Espanha.[88][89]

    Fidel Castro renunciou ao cargo de Presidente do Conselho de Estado em fevereiro de 2008, alegando motivos de saúde. Raúl Castro, de quem Fidel era irmão, foi declarado o novo presidente. Em 3 de junho de 2009, durante sua 39ª Assembleia Geral, a OEA adotou uma resolução objetivando retirar a suspensão de Cuba da organização.[90] Cuba, cuja suspensão se dava desde 1962, motivada pela adesão cubana ao marxismo-leninismo e alinhamento com o bloco comunista, pôde reintegrar-se á organização e de todas as instituições subordinadas à OEA, como a Comissão de Direitos Humanos.[91][92] Até o momento, Cuba não solicitou sua reincorporação, sendo considerada pela OEA um membro inativo.[93]

     
    Raúl Castro e o presidente estadunidense Barack Obama, em sua coletiva de imprensa conjunta em Havana, 21 de março de 2016

    Em janeiro de 2013, Cuba encerrou a exigência estabelecida em 1961, de que qualquer cidadão que desejasse viajar para o exterior fosse obrigado a obter uma licença governamental e uma carta-convite.[94] Em 1961, o governo cubano impôs amplas restrições às viagens para evitar a emigração em massa de pessoas após a revolução de 1959; aprovando vistos de saída apenas em raras ocasiões.[95] A partir de 2013, os requisitos foram simplificados, necessitando-se apenas de passaporte e documento oficial. No primeiro ano desta nova política, cerca de 180 mil naturais de Cuba deixaram o país e retornaram.[96] Em 2016, os Estados Unidos, sob o Governo Barack Obama, iniciou uma política de reaproximação com Cuba, com o restabelecimento da diplomacia entre as duas nações, a retirada de restrições a cidadãos americanos que desejam visitar o país e a flexibilização do embargo econômico, para permitir a importação, exportação e certo comércio limitado, mas as negociações não prosperaram.[97]

    Atualmente, Cuba é único país socialista do Ocidente e um dos poucos do mundo, ao lado da China, da Coreia do Norte, do Vietnã e do Laos. A nação aprovou uma nova constituição em 2019, por meio de um plebiscito nacional. A nova constituição mantém o Partido Comunista como o único partido político legítimo, alça o acesso à saúde e educação como direitos fundamentais, impõe limites aos mandatos presidenciais, consagra o direito à representação legal na prisão, reconhece a propriedade privada e fortalece os direitos das multinacionais que investem com o estado.[98] Em 2021, 250 mil cubanos, ou 2% da população, imigrou para os Estados Unidos devido à Pandemia de COVID-19. [99]

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