Contexto de Chile

Chile (pronunciado em português europeu: [ˈʃilɨ, ˈʃiɫ]; pronunciado em português brasileiro: [ˈʃili]; pronunciado em castelhano: [ˈtʃile]), oficialmente República do Chile (em castelhano: República de Chile?·info), é um país da América do Sul que ocupa uma longa e estreita faixa costeira encravada entre a cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico. Faz fronteira ao norte com o Peru, a nordeste com a Bolívia, a leste com a Argentina e a Passagem de Drake, a ponta mais meridional do país. O Pacífico forma toda a fronteira oeste do país, com um litoral que se estende por 6 435 km...Ler mais

Chile (pronunciado em português europeu: [ˈʃilɨ, ˈʃiɫ]; pronunciado em português brasileiro: [ˈʃili]; pronunciado em castelhano: [ˈtʃile]), oficialmente República do Chile (em castelhano: República de Chile?·info), é um país da América do Sul que ocupa uma longa e estreita faixa costeira encravada entre a cordilheira dos Andes e o Oceano Pacífico. Faz fronteira ao norte com o Peru, a nordeste com a Bolívia, a leste com a Argentina e a Passagem de Drake, a ponta mais meridional do país. O Pacífico forma toda a fronteira oeste do país, com um litoral que se estende por 6 435 km. Com quase 20 milhões de habitantes, o Chile compreende alguns territórios ultramarinos, como o Arquipélago Juan Fernández, as Ilhas Desventuradas, a ilha Sala y Gómez e a ilha de Páscoa, sendo que as duas últimas estão localizadas na Polinésia. O Chile reclama a soberania de 1 250 000 quilômetros quadrados de território na Antártida. É um dos dois únicos países da América do Sul que não têm uma fronteira comum com o Brasil, junto com o Equador.

O Chile possui um território incomum, com 4 300 quilômetros de comprimento e, em média, 175 km de largura, o que dá ao país um clima muito variado, indo do deserto mais seco do mundo — o Atacama — no norte do país, a um clima mediterrâneo no centro, até um clima alpino propenso à neve ao sul, com geleiras, fiordes e lagos. O deserto do norte chileno contém uma grande riqueza mineral, principalmente de cobre. Uma área relativamente pequena no centro chileno domina o país em termos de população e de recursos agrícolas. Esta área é o centro cultural, político e financeiro a partir do qual o Chile se expandiu no final do século XIX, quando integrou as regiões norte e sul em uma só nação. O sul do país é rico em florestas e pastagens e possui uma cadeia de montanhas, vulcões e lagos. A costa sul é um gigantesco labirinto de penínsulas compostas por fiordes, enseadas, canais e ilhas. A cordilheira dos Andes está localizada por toda a fronteira oriental chilena.

Os primeiros humanos provavelmente chegaram ao Chile por volta de 18 500 anos atrás. Antes da chegada dos europeus no século XVI, o norte do Chile estava sob o domínio inca, enquanto os índios Mapuches (também conhecidos como Araucanos pelos colonizadores espanhóis) habitavam o centro e o sul do território. Embora o Chile tenha declarado sua independência em 1817, a vitória decisiva contra o controle espanhol não foi alcançada até 1818. Na Guerra do Pacífico (1879–83), o país venceu a Bolívia e o Peru e conquistou as regiões do norte. O Chile, que até então parecia estar relativamente livre da instabilidade política e do surgimento de governos autoritários que atingiam o resto do continente sul-americano, suportou 17 anos de uma rígida ditadura militar (1973–1990), uma das mais sangrentas do século XX na América Latina, responsável pela morte de mais de três mil pessoas.

Atualmente, o Chile é um dos países mais estáveis e prósperos da América do Sul detendo, ainda, o melhor Índice de desenvolvimento humano dentro do contexto da América Latina. O país também possui bons níveis de qualidade de vida, estabilidade política, globalização, liberdade econômica e percepção de corrupção, além de índices comparativamente baixos de pobreza. Também é elevado no país o nível de liberdade de imprensa e de desenvolvimento democrático. Em maio de 2010, o Chile se tornou o primeiro país sul-americano a aderir à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), além de também ser um dos membros de várias outras organizações internacionais, como as Nações Unidas (ONU), a Organização dos Estados Americanos (OEA), a Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), a União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), a Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC), a Aliança do Pacífico (AP), o Parlamento Latino-americano e a Associação Latino-Americana de Integração (ALADI).

Mais sobre Chile

Informação básica
  • Nome nativo Chile
  • Código de chamada +56
  • Domínio da Internet .cl
  • Mains voltage 220V/50Hz
  • Democracy index 8.28
Population, Area & Driving side
  • População 19458000
  • Área 756102
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigo principal: História do Chile
    Era pré-colombiana

    Evidências sobre ferramentas compostas por pedras indicam que seres humanos frequentavam esporadicamente a área do vale de Monte Verde há cerca de 18,5 mil anos.[1] Cerca de 10 mil anos atrás, nativos americanos se estabeleceram em vales férteis e áreas costeiras do que é o Chile atual. Os locais de assentamento de habitação humana primitiva incluem Monte Verde, Cueva del Milodon e o tubo de lava de Pali Aike. Os incas prolongaram brevemente seu império ao que é o atual norte do Chile, porém, os mapuches (ou araucanos como eram conhecidos pelos espanhóis) resistiram com sucesso a muitas tentativas do Império Inca de subjugá-los, apesar de sua falta de organização estatal.[2] Eles lutaram contra o inca Tupac Yupanqui e seu exército. O resultado do sangrento confronto de três dias, conhecido como Batalha do Maule, foi delimitar a conquista dos territórios do Chile pelos incas no rio Maule.[3]

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     Ver artigo principal: História do Chile
    Era pré-colombiana

    Evidências sobre ferramentas compostas por pedras indicam que seres humanos frequentavam esporadicamente a área do vale de Monte Verde há cerca de 18,5 mil anos.[1] Cerca de 10 mil anos atrás, nativos americanos se estabeleceram em vales férteis e áreas costeiras do que é o Chile atual. Os locais de assentamento de habitação humana primitiva incluem Monte Verde, Cueva del Milodon e o tubo de lava de Pali Aike. Os incas prolongaram brevemente seu império ao que é o atual norte do Chile, porém, os mapuches (ou araucanos como eram conhecidos pelos espanhóis) resistiram com sucesso a muitas tentativas do Império Inca de subjugá-los, apesar de sua falta de organização estatal.[2] Eles lutaram contra o inca Tupac Yupanqui e seu exército. O resultado do sangrento confronto de três dias, conhecido como Batalha do Maule, foi delimitar a conquista dos territórios do Chile pelos incas no rio Maule.[3]

    Domínio espanhol
     Ver artigo principal: Colonização espanhola da América
     Lautaro, habitualmente considerado como o maior estrategista mapuche, segundo retrato idealizado por Pedro Subercaseaux

    Os primeiros europeus a chegarem na terra que é hoje o Chile pertenceram ao grupo liderado por Fernão de Magalhães, no ano de 1520, onde fica atualmente a cidade de Punta Arenas, na Patagônia. O grupo procurava o caminho para o Oceano Pacífico, batizado por ele próprio.[4]

    Posteriormente, Diego de Almagro realizou uma expedição até o vale de Coquimbo, onde hoje está a região central do país. Os habitantes originários dos vales centrais do Chile impediram o avanço da expedição até o sul, forçando-os a voltar à região que atualmente corresponde ao Peru.[5] No ano de 1540, Pedro de Valdivia liderou a expedição em direção aos territórios mais ao sul, atravessando os Andes, os vales do Atacama e Copiapó e fundando em 1541 a cidade de Santiago de Nueva Extremadura, atual capital chilena.[6][7]

    Os indígenas da região, que já haviam tido contato com Diego de Almagro, reagiram de forma hostil às investidas de Valdivia, mantendo a cidade de Santiago sitiada por quase três anos. Valdivia respondeu aos ataques indígenas enviando um grupo de espanhóis ao Peru, liderados por Alonso de Monroy, em busca de auxílio. O grupo foi atacado e morto por indígenas, mas Monroy e outro sobrevivente espanhol escaparam e chegaram à Cuzco.[6]

    Entre 1543 e 1545 dois navios com suprimentos e armas ancoraram no porto de Valparaíso, visando auxiliar na defesa de Santiago, fazendo com que Valdivia conseguisse estabelecer o domínio sob a região. Em paralelo, iniciou-se uma revolta no Peru, de modo que Valdivia se ofereceu a Pedro de La Gasca, então governador do Peru, para sustar a agitação coletiva. Sendo bem-sucedido na supressão da revolta, Valdivia foi nomeado governador e capitão geral do Chile, mas acabou sendo capturado e morto em uma emboscada feita pelo líder mapuche Lautaro.[6]

     Os generais José de San Martín (esquerda) e Bernardo O'Higgins (direita) cruzam os Andes em 1817

    Esta conjuntura deu início à Guerra de Arauco, que opôs as forças militares do Império Espanhol aos mapuches e seus aliados, como os huilliches, picunches, pehuenches e cuncos.[6][8] Apesar do significativo poderio militar, os espanhóis não conseguiram estabelecer controle sobre todos os territórios conquistados, ante a resistência indígena, que chegou a destruir sete cidades. Em 1641, os mapuches tiveram sua autonomia sob as terras ao sul do rio Biobío reconhecida no Parlamento de Quilín, numa área conhecida como La Frontera,[8] o que perdurou até a Guerra do Pacífico (1879–1883), quando o Chile — já independente — conquistou o território mapuche.[6]

    Ao todo, a Guerra de Arauco estendeu-se por mais de três séculos. Isto foi motivado pelas diferenças culturais existentes na região. Enquanto os mapuches, que viviam especialmente entre o rio Biobío e o rio Toltén, tinham relações hostis com os espanhóis, outros povos indígenas estabelecidos ao sul do rio Toltén detinham vínculos amistosos e de cooperação para com os colonizadores. Enquanto isto, a instabilidade era frequente na área fronteiriça do Biobío, de modo que a Espanha mantinha um grupo militar na região em caráter permanente.[6]

    A Capitania Geral do Chile, inicialmente chamada de "Nueva Extremadura"[8][9] e, em seguida, "Reino de Chile"[10] foi uma das posses mais meridionais do Império Espanhol. A capitania foi emancipada do Vice-Reino do Peru, devido à sua localização longe dos grandes centros de poder e rotas comerciais do império, além do conflito com os Mapuches. Sua economia era bem primária, voltada principalmente para a produção de couro, sebo e trigo.[11]

    Independência e século XIX
     Ver artigo principal: Independência do Chile

    No âmbito da operação conjunta hispano-americana, o processo de emancipação do Chile começou com o estabelecimento da Primeira Junta de Governo Nacional em 18 de setembro de 1810, após a prisão do rei Fernando VII na Espanha por Napoleão Bonaparte durante a Guerra Peninsular. Assim, começou o período da Patria Vieja, que perdurou até a Batalha de Rancagua quando as tropas do Exército Real do Chile reconquistaram o território, que havia sido acossado na Guerra de Zapa liderada por Manuel Rodriguez Erdoíza. As tropas da independência chilena, refugiadas na cidade de Mendoza, formaram junto com o Rio da Prata (atual Argentina) o Exército dos Andes, que libertou o Chile após a batalha de Chacabuco em 1817, dando lugar à Patria Nueva. A independência do Chile foi declarada por meio de um documento assinado em Concepción, sob o governo do Diretor Supremo Bernardo O'Higgins, o qual foi ratificado após a batalha de Maipú em 5 de abril de 1818, pelo Exército Unido de Libertação do Chile. Em seguida, o Chile enviou uma expedição auxiliar à Argentina e integrou-se à Expedição Libertadora do Peru.[12][13][14]

     Proclamação e juramento da Independência do Chile, de Pedro Subercaseaux (1945) A Batalha Naval de Iquique em 21 de maio de 1879. A vitória do Chile na Guerra do Pacífico permitiu sua expansão para novos territórios

    O'Higgins iniciou um período de reformas que provocou o descontentamento de grande parte da oligarquia, culminando na sua abdicação em 1823. Nesse mesmo ano, por meio de sua primeira Constituição, a escravidão foi abolida no país. Nos anos seguintes, uma série de processos buscou organizar a nova nação. Após vários julgamentos constitucionais e o triunfo conservador na Revolução de 1829, iniciou-se um período de estabilidade, com a chamada República Conservadora, cuja referência máxima era o ministro Diego Portales, que lançou as bases para a organização do país com a Constituição de 1833.[15][16][17]

    O Chile começou a expandir seu território e estabelecer suas fronteiras. Com a conquista de Chiloé e o Tratado de Tantauco, o arquipélago de Chiloé foi incorporado ao país em 1826. A economia teve um crescimento significativo devido à descoberta do minério de prata em Chañarcillo e ao comércio crescente no porto de Valparaíso, o que deu origem a um conflito com o Peru pela supremacia marítima no Pacífico Sul. A formação da Confederação Peruana-Boliviana foi encarada como uma ameaça à estabilidade do país, resultando na Guerra da Confederação, que terminou com a vitória do Exército Unido restaurador em 1839 e a dissolução da Confederação. Ao mesmo tempo, tentou-se consolidar a soberania no sul do Chile, intensificando a ocupação em La Araucanía e a colonização de Llanquihue com imigrantes alemães.[18] Com a fundação do Forte Bulnes, a região de Magalhães foi incorporada em 1843, enquanto as áreas de Antofagasta — então território boliviano — e Aysén começaram a ser povoadas. Entre 1865 e 1866, o Chile travou uma guerra contra a Espanha, junto a outras ex-colônias. Em 1871, um armistício foi alcançado e em 1883 o Tratado de Paz e Amizade foi assinado entre as duas nações.[19][20][18]

    Após trinta anos de governo conservador e com a chamada "questão sacristã", iniciou-se em 1861 um período de dominação do Partido Liberal, caracterizado pela riqueza econômica obtida com a mineração de nitrato na área de Antofagasta, o que gerou divergências fronteiriças com a Bolívia, país que reivindicava aquele território como seu. Embora eles tenham assinado tratados de limites fronteiriços em 1866 e 1874, as disputas não foram resolvidas. Em 1873, a Bolívia assinou um tratado de aliança defensiva com o Peru, fazendo com que o Chile declarasse guerra a ambos em 5 de abril de 1879, dando início formalmente à Guerra do Pacífico, a maior da história do país. Em 14 de fevereiro de 1879, foi realizada a ocupação chilena de Antofagasta, seguida de ações militares contra a Bolívia. A guerra findou apenas em 1884, com a vitória chilena, a assinatura do tratado de Ancón com o Peru e um pacto de trégua com a Bolívia. Após o conflito, o Chile sedimentou o domínio sobre o departamento do Litoral e sob as províncias de Tarapacá, Arica e Tacna, até então pertencentes ao território peruano. Ao mesmo tempo, o país promoveu a Ocupação de Araucanía entre 1861 e 1883, anexou a ilha de Rapa Nui em 1888 e sanou os entraves na delimitação de fronteira com a Argentina na Patagônia e na Puna atacamenha, em 1881 e em 1898, respectivamente.[21][22][23]

    O genocídio dos Selknam, povo indígena que vivia na Terra do Fogo, ocorreu no final do século XIX. A principal causa do seu extermínio foi a privatização das terras da Terra do Fogo em benefício das grandes propriedades.[24]

    Século XX  Vista do centro de Santiago, no final da década de 1920

    Em 1891, o conflito entre o Presidente José Manuel Balmaceda e o Congresso Nacional desencadeou uma guerra civil, onde os parlamentares triunfaram e estabeleceram a República Parlamentar. Apesar do bom momento econômico, o período foi caracterizado pela instabilidade política e pelo início do movimento proletário e da chamada “questão social”, causada por uma distribuição desigual da riqueza e por vários problemas que afetaram as classes populares.[25][26]

    Após anos de domínio da oligarquia, em 1920 foi eleito Arturo Alessandri, de perfil reformista e pouco mais favorável à classe trabalhadora, vindo a se tornar uma ponte temporária entre o "canalha de ouro" e a "ralé querida", como eram chamadas a elite e as massas populares, respectivamente. Alessandri entrou em crise com o Congresso, controlado pela oposição conservadora, de modo que o agravamento desta crise levou à renúncia de Alessandri em duas ocasiões. Apesar disso, ele conseguiu promulgar a Constituição de 1925, que deu origem à República Presidencialista.[27] Carlos Ibáñez del Campo foi eleito em 1927 com grande apoio popular, mas os impactos da Primeira Guerra Mundial, em que o país se declarou neutro, a má política econômica no uso dos recursos e a Grande Depressão acabaram com a riqueza gerada pela extração de nitrato, produzindo uma forte crise econômica. Em menos de três anos, o PIB diminuiu e o país foi considerado o mais afetado pela crise global. Ibáñez renunciou em 1931 e a instabilidade política aumentou após um golpe que levou à breve República Socialista do Chile, antes de Alessandri reassumir o poder e recuperar a economia, o que, porém, não amenizou a tensão entre os partidos políticos. A crise política também foi social, sendo que novos atores sociais exigiram modificações na forma de pensar o país.[28][29][30]

    Nesse cenário, Pedro Aguirre Cerda foi eleito presidente em 1938 em uma aliança contrária aos governos tradicionais da elite chilena, dando início ao período de governo do partido Radical. Seu mandato realizou diversas mudanças, principalmente na área econômica, promovendo a industrialização chilena mediante a Corporación de Fomento de la Producción (CORFO).[31] No período, também surgiu a Corporación de Reconstrucción, por conta do Terremoto de Chillán, o mais mortífero na história do país.[32] Além disso, o governo deu mais atenção aos problemas sociais e estabeleceu a reivindicação do Território Antártico Chileno.[33] Juan Antonio Ríos, que o sucedeu, enfrentou oposição e pressão dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial para declarar guerra ao Eixo e rompeu as relações diplomáticas com os estadunidenses em 1943. Em 1945, o Chile declarou guerra ao Japão e foi um dos 51 estados fundadores da ONU.[34] Depois de ser apoiado pelo Partido Comunista, o radical Gabriel González Videla foi eleito presidente em 1946. No entanto, no início da Guerra Fria, o alinhamento do país com as potências ocidentais levou à proibição do comunismo através da chamada "Lei Maldita" em 1948.[35][36]

     Salvador Allende

    Em 1952, Carlos Ibáñez del Campo foi novamente eleito presidente, precedido por um profundo descontentamento público com os partidos políticos e a participação, pela primeira vez, do voto feminino nas eleições presidenciais. O apoio popular se dispersou ao longo de seu mandato após dificuldades na implementação de um programa de governo de caráter nacional populista.[37] Em 1958, o independente de direita Jorge Alessandri foi eleito. Seu governo enfrentou o caos do terremoto de Valdivia em 1960 que, contudo, não impediu a realização da Copa do Mundo FIFA de 1962, além de ter sido marcado pelo início da reforma agrária, pela criação do Instituto de Desenvolvimento Agrícola chileno (INDAP) e pela aderência do Chile à ALALC (atual ALADI) e ao sistema político dos "três terços" — Composto pela direita, os democratas-cristãos e a Frente de Ação Popular de esquerda.[38][39][40]

    Temendo uma vitória da Frente de Ação Popular, a direita apoiou o democrata cristão Eduardo Frei Montalva, eleito em 1964. Embora ele tenha tentado realizar seu programa de governo denominado "Revolução em liberdade",[41] por meio da ampliação da reforma agrária[42][43] e estatização do cobre, a crescente tensão política produziu uma série de confrontos no final de seu mandato.[44][45]

    Com o apoio da Unidade Popular, Salvador Allende foi eleito em 1970. Seu governo teve uma política econômica errática e forte oposição do restante do espectro político e do governo norte-americano de Richard Nixon,[46] sendo o cobre nacionalizado em 1971. O governo enfrentou problemas econômicos externos, como a crise mundial de 1972–1973, o que fez o país entrar em uma crise financeira e a hiperinflação atingir cifras da ordem de 600 a 800%.[47][48]

     Bombardeio ao Palácio de La Moneda, durante o Golpe de Estado no Chile, em 11 de setembro de 1973

    Os confrontos de rua entre opositores e adeptos da Unidade Popular tornaram-se frequentes e atingiram níveis elevados de violência. Allende, que acreditava em uma revolução democrática, perdeu o apoio do Partido Socialista, que acreditava na legitimidade de um levante popular armado para manter o poder. Salvador Allende sofreu um golpe de estado e se suicidou após o atentado ao Palácio de La Moneda. Com o golpe, foi instituído o período da ditadura militar chilena, chefiada por Augusto Pinochet, comandante-chefe do Exército. Neste período, estabeleceu-se a repressão política contra a oposição e houve graves violações dos direitos humanos.[49][50] Na esfera econômica, Pinochet liderou uma reestruturação do Estado idealizada pelos chamados Chicago Boys, iniciando uma série de reformas neoliberais em 1975 que, após uma das piores quedas no PIB desde 1929, levou a um crescimento econômico com uma taxa média anual de 7,3% entre 1976 e 1981, produzindo o chamado "milagre do Chile".[51] Também no período ditatorial comandado por Pinochet, Chile e Argentina acabaram por se enfrentar pelo domínio das ilhas Picton, Nueva e Lennox em 1978, no Conflito de Beagle. A tensão entre as duas nações culminou na elaboração de um plano de invasão ao Chile pela Argentina, no que ficou conhecido como Operação Soberania, tendo sido necessária a mediação do então papa João Paulo II para que a Argentina viesse a desistir de suas pretensões.[52]

    Em 1980, o país realizou um referendo visando aprovar ou rejeitar uma nova constituição compilada pelo regime militar de Pinochet.[53] A nova constituição foi aprovada por 67,04% dos chilenos, mas o referendo foi contestado por várias organizações internacionais.[54] A crise econômica em 1982 gerou um crescimento negativo e aumentou o desemprego e a pobreza, resultando em uma série de protestos em 1983 contra o governo e seu modelo econômico. Em 1985, após a redução dos gastos sociais e a privatização da maioria das empresas estatais, o país conseguiu recuperar seu crescimento econômico, mas também ampliou a distribuição desigual de renda com níveis de pobreza em torno de 40%.[55]

    Redemocratização e era contemporânea

    No final da década de 1980, o processo de retorno à democracia foi marcado pelo plebiscito de 1988. Este plebiscito indagava se os chilenos consentiam com a permanência de Pinochet no poder até 11 de março de 1997, com a opção "Sim" referindo-se à concordância, enquanto a opção "Não" rejeitava as pretensões do então governante. A vitória da opção "Não", com 54,71% dos votos apurados, implicou na convocação de eleições democráticas conjuntas para o Executivo e Legislativo em 1989, com Augusto Pinochet deixando o cargo em 11 de março de 1990. Patricio Aylwin assumiu como o primeiro presidente do período conhecido como Transição.[56] Aylwin se tornou o primeiro de quatro presidentes da Concertación, a coalizão de centro-esquerda que se opôs a Pinochet no plebiscito e era composta por democratas-cristãos, radicais e socialistas. Depois de Aylwin, os próximos presidentes foram Eduardo Frei Ruiz-Tagle (1994–2000), Ricardo Lagos (2000–2006) e Michelle Bachelet que, em 2006, se tornou a primeira mulher a presidir o país em toda a sua história.[57][58][59]

     Manifestantes no centro de Santiago celebram a vitória do "Não" no plebiscito de 5 de outubro de 1988 Os cinco presidentes chilenos desde 1990

    Os governos da Concertación caracterizaram-se por restaurar o regime democrático, estabelecendo uma nova política nacional baseada na unidade e procurando restabelecer as relações com as Forças Armadas. Em 1990, o país criou a Comissão Valech, por intermédio do Decreto Supremo nº 355, para fins de apurar as violações de direitos humanos cometidas durante a ditadura. Estas violações foram oficialmente reconhecidas por meio do Relatório Rettig e da Comissão Valech.[60]

    Economicamente, a Transição foi caracterizada por um crescimento significativo e um fortalecimento da posição fiscal e financeira do país, com o Chile tornando-se o país mais desenvolvido da América Latina.[61] O modelo neoliberal foi mantido, embora as políticas econômicas voltadas para o gasto público social tenham sido promovidas e aprofundadas, salvaguardando a estabilidade macroeconômica e reduzindo significativamente a pobreza. Cerca de 23,5% da população deixou a linha da pobreza entre 1990 e 2009.[62] O país também promoveu sua reintegração nos mercados internacionais, assinando acordos de livre comércio com os principais parceiros comerciais, em especial com a União Europeia, o Brasil, os Estados Unidos e a China.[63][64][65][66]

    Em 2010, Sebastián Piñera se tornou o primeiro político de centro-direita a ser eleito presidente do país em um interstício de 52 anos.[67] Seu mandato caracterizou-se pela recuperação econômica após a crise financeira de 2008 e pela reconstrução das áreas afetadas pelo terremoto de 2010 na área central do país.[68][69] No entanto, enfrentou movimentos sociais significativos, especialmente de mobilizações de estudantes dos ensinos médio e superior e protestos regionais em Magalhães e Aysén, além das denúncias de manipulação de dados, principalmente no campo da caracterização da pobreza, da inflação e no censo de 2012, somados a casos de suposta corrupção de alguns de seus apoiadores após o fim de seu governo.[70][71]

    Michelle Bachelet foi eleita para um segundo mandato presidencial em 2013. Seu governo caracterizou-se pelo impulso de uma série de reformas, muitas voltadas para as demandas dos movimentos sociais surgidas nos anos anteriores. Entre as mais proeminentes estão as mudanças no sistema tributário, a descriminalização parcial do aborto, as reformas no sistema educacional e eleitoral e a implementação gradual da gratuidade em todo o sistema escolar, incluindo o ensino superior. Durante o segundo governo de Bachelet também ocorreu a aprovação do Acordo de União Civil em 2015 — concedendo reconhecimento expresso aos casais do mesmo sexo na legislação chilena[72] — e a criação de novas áreas de proteção marinha, passando de 4,3% para 42,4% de salvaguarda na área oceânica nacional.[73] Caracterizou-se, ainda, pela implementação do programa "Chile Reconoce", com viés humanitário, no qual a nacionalidade chilena foi estendida aos filhos de estrangeiros residentes no país, ainda que de forma irregular. Isto foi motivado pelo fato de que o país recebeu, nos últimos anos, uma onda migratória significativa, especialmente de venezuelanos e haitianos, sendo que o número de imigrantes ao Chile passou de 410 988 (2014) para 1 119 267 em 2017.[74] Casos de corrupção também foram registrados.[75]

     Protestos na praça Baquedano, em Santiago, durante as manifestações de 2019–2020

    Em 2018, Piñera assumiu seu segundo mandato presidencial, após vencer as eleições realizadas no ano anterior.[76] Sua segunda gestão foi responsável por promulgar a Lei de identidade de gênero, permitindo a alteração legal do nome e gênero das pessoas transgênero, além de uma notável aproximação com a Argentina e críticas ao regime político em vigor na Venezuela. Ao longo deste período, o Chile obteve uma vitória relevante sobre a Bolívia junto ao Tribunal Internacional de Justiça, onde os bolivianos postulavam a restauração do acesso do país ao Oceano Pacífico, o qual fora perdido pela Bolívia em 1883 em consequência da Guerra do Pacífico.[77] Com a sentença professada pelo Tribunal Internacional, não se impôs ao Chile a obrigação de negociar com a Bolívia uma saída para o mar.[78]

    A partir de 2019, o Chile tem sido marcado por manifestações massivas de cidadãos, inicialmente desencadeadas pelo aumento da tarifa do sistema de transporte público de Santiago, ganhando corpo mediante protestos, agitações e reivindicações civis. Os fatos fizeram com que o então ministro Andrés Chadwick invocasse a Lei de Segurança Interna do Estado contra os manifestantes, acompanhada da declaração de estado de emergência por Sebastián Piñera. A motivação das manifestações acabou por incorporar outras pautas sociais reivindicadas pelos chilenos, fazendo dos protestos os maiores que o país já viu desde a era Pinochet. Ao longo deste processo, o Chile viu serem registradas ocorrências de abusos e inobservâncias dos direitos humanos, além do cerceamento à liberdade de imprensa. A consequência mais notável das manifestações ocorridas foi a realização de um plebiscito nacional em outubro de 2020, no qual os chilenos aprovaram a elaboração de uma nova constituição por uma Assembleia constituinte, objetivando afastar a eficácia da norma constitucional ascendida na ditadura Pinochet. A compilação do novo texto constitucional do Chile segue em curso.[79][80]

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